64ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
FÍSICA EXPERIMENTAL EM SALA DE AULA COM A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE BAIXO CUSTO: ÁREA CINEMÁTICA.
Lucas Mateus dos Santos 1
Francisco Marciano Rufino 2
Ejakson José de Sousa Vasconcelos 3
Henrique do Nascimento Camelo 4
1. Graduando em Física – IFCE/Acaraú.
2. Graduando em Física – IFCE/Acaraú.
3. Graduando em Física – IFCE/Acaraú.
4. Prof. Msc./Orientador – Física – IFCE/Acaraú.
INTRODUÇÃO:
Ao longo dos tempos, tornou-se perceptível uma enorme deficiência no ensino de Física do ensino médio. Juntamente com isso, houve a necessidade de utilizar técnicas que viabilizem o conhecimento de maneira conveniente. Portanto, sugerimos neste trabalho alguns métodos simples e práticos que são embasados em teorias e que podem promover avanços significantes para o ensino-aprendizagem de Cinemática no ensino médio. Assim, a compreensão por parte dos alunos será facilitada em virtude das demonstrações, evidenciando conceitos importantes, estimulando-os ao aprendizado contínuo, pois o simples ato do professor em sala de aula de demonstrar na prática as equações que explicam fenômenos do nosso cotidiano pode tornar o estudo menos complexo e mais agradável. Após comprovações exatas, os alunos terão a sensibilidade de interpretar certos fenômenos naturais aplicando conhecimentos físicos e interessando-se cada vez mais em aprender os conceitos ministrados em sala de aula.
METODOLOGIA:
As experiências foram desenvolvidas com materiais rudimentares e de fácil aquisição, como esfera, cronômetro e trena, com o intuito de comprovar experimentalmente preceitos científicos pré-estabelecidos. Realizamos três práticas usando cronômetro para a medição do intervalo de tempo: a) o desprendimento da esfera na altura de uma mesa; b) o desprendimento da esfera na altura de uma pessoa; c) o arremesso da esfera até a altura do teto. Em seguida, com a média dos valores de tempo de várias tentativas e usando o valor da aceleração da gravidade atribuímos na equação horária do Movimento Uniformemente Variado, encontramos valores de alturas referentes a cada prática bem próximos dos reais medidos com a trena. Portanto, o nosso objetivo é mostrar que para aprender Cinemática não é necessário dispor de laboratórios sofisticados, basta observações a fenômenos naturais, elaboração de experimentos, persistir nas tentativas buscando a precisão e o uso de materiais que cabem até no “bolso”. Com aulas desse tipo envolve os alunos como assistentes de descobertas, o que é melhor para eles.
RESULTADOS:
De acordo com nossos experimentos chegamos a resultados bem próximos dos reais. No desprendimento da esfera na altura de uma mesa obtivemos um índice de 95% de acertos, no desprendimento da esfera na altura de uma pessoa obtivemos um índice de 83% de acertos, e no arremesso da esfera até a altura do teto obtivemos um índice de 94% de acertos, resultados que facilitaram bastante o entendimento dos conceitos envolvidos. Resultados como esses, incentivam a pratica de tais experimentos, tornando o ato de lecionar cada vez mais compreensível, prático e agradável tanto para docente como para discentes no dia a dia em sala de aula.
CONCLUSÃO:
Os resultados apresentados mostram que é possível lecionar aulas praticas com experimentos simples, e com objetos de baixo - custo. Devido aos professores se prenderem muito a parte teórica da Física, deixando a Física Experimental de lado, as aulas tem se tornado mais complexas e estressantes, dificultando o aprendizado por parte dos alunos. Nossa meta com esse trabalho é mostrar métodos de como dar aulas mais interessantes e práticas. Experimentar e descobrir é um dos motivos mais importantes de se estudar Física. Sair da rotina de teorias e tentar inserir a pratica ao ensino de Cinemática é um dos objetivos destes experimentos.
Palavras-chave: Ensino de Física, Cinemática, Física experimental.