64ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais |
CAPIM SANTO – POTENCIAL ANTIOXIDANTE E ANTIBACTERIANO. |
Thierry José Oliveira Sena 1 José Aparecido Silva Santo 1 Carla Tatiana dos Santos Pinheiro 1 Kelly Barbosa da Silva 1 Larissa Isabela Oliveira Souza 2 Aldenir Feitosa dos Santos 1,3 |
1. Depto. De Ciências Exatas e da Terra - UNEAL 2. Laboratório de Genética e Microbiologia Aplicada - UFAL 3. Profa. Dra. /Orientadora - Depto. De Ciências Exatas e da Terra - UNEAL |
INTRODUÇÃO: |
Na atualidade há um aumento significativo na utilização de plantas na medicina, isso devido às plantas possuírem uma gama variada e rica de princípios ativos no seu interior. Algumas plantas podem possuir dezenas de princípios ativos, o que explica porque certas plantas têm atuação em diversas doenças. Diversos estudos demonstram a importância do consumo de plantas que contenham substâncias com atividade antioxidante. As propriedades antioxidantes de muitas plantas têm se mostrado eficaz em retardar o processo de peroxidação lipídica em óleos e ácidos graxos. A ação antimicrobiana presente nos vegetais deve-se a capacidade de produzirem substâncias antimicrobianas, conhecidas como fintocidas ou substâncias semelhantes a antibióticos. Entretanto os vegetais utilizados como fitoterápicos populares não tiveram sua atividade antimicrobiana comprovada, para isso são necessários estudos que forneçam parâmetros confiáveis que comprovem o potencial antimicrobiano destes extratos. Um dos principais fatores que explicam esses estudos é a capacidade que os microrganismos adquiriram resistência aos antibióticos. O presente trabalho visa determinar a capacidade antioxidante e antibacteriana do extrato etanólico da folha do Capim Santo. |
METODOLOGIA: |
O extrato etanólico da folha do capim santo foi obtido pelo processo de maceração por 72 horas, seguido de rotaevaporação. Para determinação da atividade antioxidante (AAO%) pelo método DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) as amostras foram diluídas nas concentrações de 500, 250, 125, 50, 10 e 5μg/mL em triplicata, onde em 3 mL de cada amostra foi adicionada 0,1 mL de solução etanólica do DPPH 0,3µM e incubados por 30 minutos à temperatura ambiente ao abrigo da luz. A leitura da absorbância foi feita a 517nm no espectrofotômetro UV-VIS. A inibição da peroxidação lipídica foi determinada pelo método FTC (Tiocianato férrico) conforme metodologia já descrita na literatura e nas concentrações de 100, 75, 50, e 25μg/mL em triplicata, com leitura da absorbância a 500nm(espectrofotômetro UV-VIS). A avaliação antimicrobiana ocorreu pelo método de difusão de disco de papel em triplicata, utilizando os extratos etanólicos com concentrações de 100, 75, 50, e 25μg/mL, frente a 10 cepas de Staphylococcus aureus e 10 cepas de Escherichia coli. |
RESULTADOS: |
O maior percentual de atividade antioxidante foi obtido na concentração de 500 μg/mL-1 do extrato etanólico de 43,85 % e uma concentração efetiva 50( CE 50) de 0,73μg/mL a casca do cerne-amarelo (T. brasiliensis)obteve uma concentração efetiva 50(CE50) 0,82 μg/mL. O Capim Santo apresentou a quantidade de compostos fenólicos totais de 0,4305 µg de ácido gálico/g de amostra. A atividade antioxidante total teve seus valores médios para porcentagens de captura entre 84,92% e 105,21% quanto à atividade antibacteriana podemos observar que frente a Escherichia coli o resultado do CIM 50(µg/mL) foi de ≥75(µg/mL). Já frente Staphylococcus aureus o resultado do CIM50(µg/mL) foi de ≤ 25(µg/mL). |
CONCLUSÃO: |
A presente pesquisa permite concluir que o Capim Santo (Cymbopogon citratus), obteve um ótimo resultado antioxidante e antibacteriano devido à presença de flavonóides na sua composição química, além de apresentar uma boa quantidade de compostos fenólicos. |
Palavras-chave: Capim Santo, Antioxidante, Plantas Medicinais. |