64ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 10. Geociências
A PAISAGEM COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DA FAIXA MARGINAL DE PROTEÇÃO DA LAGOA DO VIGÁRIO - CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ
Leidiana Alonso Alves 1
Daniele Tavares Ribeiro 2
Amanda Melo da Silva 3
Dayana Rodrigues Coutinho Vilaça 4
Ricardo Pacheco Terra 5
José Maria Ribeiro Miro 6
1. Graduanda em Licenciatura em Geografia - Bolsista CNPq - PIBIC - IFF
2. Professora de Geografia do Estado do Rio de Janeiro
3. Professora de Geografia do Estado do Rio de Janeiro
4. Professora de Geografia do Estado do Rio de Janeiro
5. Coordenador do Sala Verde Campos IFF
6. Prof/Orientador - IFF
INTRODUÇÃO:
Este trabalho está inserido num projeto maior intitulado “O novo mapa da ecorregião de São Thomé” desenvolvido no Sala Verde Campos/IFF. A área de estudo localiza-se no município de Campos dos Goytacazes/RJ, no baixo curso do rio Paraíba do Sul. Ela é considerada um corpo hídrico urbano, sua formação geológica e geomorfológica está associada ao antigo talvegue abandonado do rio.
Tendo como pressuposto que o uso inadequado da faixa marginal de proteção pode causar inúmeros impactos ambientais com prejuízo às questões sociais e econômicas tais como: assoreamento, problemas de saúde pública, mortandade de peixes e eutrofização. Por esses motivos, este trabalho tem como objetivo a avaliação paisagística da apropriação desordenada do espaço ao longo do tempo histórico, visando dessa maneira retratar o aumento da degradação do ambiente lagunar.
METODOLOGIA:
O método Campo Paisagem utiliza a premissa de que a paisagem enquanto recorte espacial é portador de signos, que transmitem mensagens intencionais, geralmente fáceis de serem decifradas. Nesse sentido, o trabalho utilizou imagens de satélites do Google Earth e de fotos antigas do espelho d’água da lagoa do Vigário, onde foi possível avaliar a ocupação desordenada nas suas margens no decorrer do século XX e início do século XXI. Além disso, fotos tiradas in loco possibilitaram a análise do estado atual de conservação de suas margens.
RESULTADOS:
A partir de imagens do final do século XX e atuais, percebe-se o aumento gradativo da ocupação das margens da lagoa, desenvolvimento de infra-estruturas urbanas, diminuição da mata ciliar, expansão de loteamentos, seccionamento e redução do seu espelho d’água. Deste modo, o ambiente estudado expressa as marcas de seu uso histórico.
CONCLUSÃO:
Destaca-se através da análise das imagens e mapas o aumento gradativo da ocupação e consequentemente a redução do espelho d’água da lagoa do Vigário, bem como, outros impactos antrópicos, tais como: poluição das águas e das margens e aumento das macrófitas aquáticas. Considerando os impactos listados o planejamento urbano ao longo das décadas foi inadequado, sendo importante mobilizar a comunidade local para a melhor gestão desse espaço.
Palavras-chave: Método de Campo - paisagem, Lagoa do Vigário, Mapeamento Geomorfológico.