64ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 4. Ecologia
BIOPIRATARIA: TRÁFICO DA BIODIVERSIDADE NA REGIÃO TOCANTINA
Kelly Viana Brito 1
Adaci Batista Campos 2
1. ALUNA DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO - IFMA CAMPUS IMPERATRIZ
2. PROFA. DRA./ ORIENTADORA - DEPTO DE ENSINO SUPERIOR - IFMA CAMPUS IMPERATRIZ
INTRODUÇÃO:
A prática ilegal de exploração, manipulação, exportação e comercialização de recursos biológicos de um país a outro é chamada Biopirataria. Tal prática, além de causar prejuízos ao ecossistema de origem, pode bloquear o monitoramento de suas espécies bem como o reconhecimento desses pelas matérias-primas por ele fornecidas. Conscientes da necessidade de conhecer o problema e a realidade dessa prática em nossa Região é que propomos esta pesquisa para obter informações permitindo assim uma análise crítica para subsidiar pesquisas e propostas de alternativas de combate a essa prática.
METODOLOGIA:
Durante os primeiros meses, o trabalho foi voltado para a preparação de um arcabouço teórico procurando focar em artigos, analisando as informações para que enxergássemos através de outros pesquisadores e ter isso como base para fundamentar o projeto. Buscamos agendar uma entrevista junto ao IBAMA-Imperatriz e para isso foi elaborado um questionário aplicado à analista Ambiental Kênia Valadares. Através da entrevista foi possível obter importantes informações a respeito das fiscalizações, como é feito o trabalho de resgate, tratamento e destinação da fauna, regiões de maior incidência, punição aplicada aos biopiratas e conhecer mais a fundo o trabalho do CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres).
RESULTADOS:
Através de entrevista feita com a Analista Ambiental do IBAMA – Imperatriz, Kênia Valadares, foi verificado que na região não há constatação de casos de biopirataria, pois a maioria é de tráfico de animais silvestres, tendo como principal rota a rodovia Belém-Brasília que situa-se no sul do Maranhão, uma região de fronteira entre os estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Piauí. A partir de então, foi possível verificar na cultura popular, além do comércio ilegal, ocorre tradição de se criar animais silvestres como se domésticos fossem, de forma inapropriada, retirando-se espécimes silvestres de seu ambiente natural sem conhecimento e conferindo a eles uma condição de vida diferente do estado nativo. Os animais, na maioria das vezes, são encontrados com o bico quebrado no caso das aves, olhos furados e alguns espécimes são transportados pelos traficantes dentro de garrafas térmicas ou tubos de PVC, para facilitar o transporte e não levantar suspeitas nas barreiras de fiscalização. A comercialização ilegal é feita a zoológicos, feiras livres e criadouros irregulares localizados na maioria das vezes na região sudeste, sul e centro-oeste do Brasil.
CONCLUSÃO:
Foi verificado que na região não há constatação de casos de biopirataria, pois a maioria é de tráfico de animais silvestres, tendo como principal rota a rodovia Belém-Brasília (BR-010). O tráfico de animais pode causar as espécies danos como impossibilidade de voltar a natureza, traumas, diminuição da capacidade reprodutiva, mudanças em hábitos alimentares, incapacidade de se reincorporar a dinâmica selvagem, além de causar prejuízos ao ecossistema de origem e a possibilidade de bloquear o monitoramento de suas espécies.
Palavras-chave: Biopirataria, Biodiversidade, Contrabando.