64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
A LUDICIDADE EM SALA DE AULA NO PIBID-BIOLOGIA / UFRR
ELIANE DOS SANTOS SIMAS 1
1. Universidade Federal de Roraima-UFRR, bolsista PIBID
INTRODUÇÃO:
Na história da educação brasileira o ensino tem sido marcado pela simples transmissão dos conhecimentos, caracterizado por um ensino teórico e enciclopédico. Isto provavelmente se deva ao fato das escolas, em sua grande maioria, disporem somente dos recursos pedagógicos básicos, tais como quadro, giz e livro didático. Para esta situação mudar, é necessário que o professor deixe de ser um mero transmissor de conhecimento e utilize diversas ferramentas e estratégias de ensino. No ensino médio, principalmente na disciplina de Biologia, muitos conceitos são trabalhados de forma abstrata e por mera transmissão, o que se torna difícil em razão de conteúdos complexos serem tratados de forma abstrata, pois o aluno começa a desinteressar-se pela disciplina. Hoje, o lúdico é uma abordagem inovadora e capaz de promover mudanças na sala de aula. Neste contexto, o presente trabalho relatada a experiência de uma bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Universidade Federal de Roraima (PIBID/UFRR), na perspectiva das oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador, que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem, um dos objetivos do PIBID/UFRR
METODOLOGIA:
Durante dois anos (2008-2010) atuei como bolsista de iniciação à docência na Escola Estadual Presidente Tancredo Neves e no segundo semestre de 2011, na Escola Estadual Ana Libória, ambas no município de Boa Vista/Roraima. Visando proporcionar atividades diferenciadas daquelas tradicionais, como o uso do livro didático, material mais comumente utilizado nas aulas observadas, foram utilizados diversos jogos didáticos do acervo Laboratório de Ensino de Biologia (LabenBio-UFRR) e outros elaborados em parceria com o PIBID-Biologia. Os jogos foram aplicados durante esse dois anos em turmas dos 10, 20 e 30 ano do ensino médio na escola Tancredo Neves, totalizando dez turmas e nos últimos seis meses em seis turmas do 10 ano do ensino médio da escola Ana Libória. Os jogos, com os temas diversidade da vida, vírus e doenças endêmicas, genética e evolução, foram empregados após cada conteúdo ter sido trabalhado em sala aula pelas professoras supervisoras, sendo as turmas divididas em grupos. Contudo, foi necessário sensibilizar as professoras para o emprego de atividades lúdicas, buscando aulas mais atraentes.
RESULTADOS:
Após a experiência, nas duas escolas, pode-se verificar inicialmente que os alunos não apresentavam muito interesse pelas aulas de Biologia, pois a consideravam cheia de nomes, ciclos e tabelas a serem decorados, enfim, uma disciplina “chata”. Com relação aos professores, a sensibilização foi eficiente, pois os jogos didáticos puderam ser um elemento freqüente nas aulas. Assim, os jogos auxiliaram o professor, bem como a compreensão dos alunos acerca daqueles conteúdos complexos, de forma dinâmica, atrativa e lúdica. Os alunos sentiram-se motivados e o interesse pelas aulas de biologia tornou-se crescente. Através dos jogos os alunos puderam aprender de forma divertida e prazerosa. Sabe-se que o lúdico desperta o lado individual e o social, onde o aluno tem outro olhar, ou seja, a construção de sua identidade pessoal e coletiva. Antes de tudo, o lúdico é visto como um momento, quando o aluno está jogando se entrega, fica atento, deixa fluir os sentimentos de competição de forma positiva e o melhor de tudo, há interação com seus colegas e com o professor.
CONCLUSÃO:
A possibilidade do uso de jogos didáticos nas aulas de biologia levou as supervisoras a refletir sobre a ludicidade em sala de aula e a adotar atividades complementares ao livro didático. O uso dos jogos contribuiu de maneira significativa no despertar o interesse dos alunos pelas aulas de biologia.
Palavras-chave: Jogo, Didático, ensino-aprendizagem.