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Notícias 

 
03.07.2007

As doenças infecciosas que se apresentam com lesões cutâneas e que possuem uma concentração maior de casos nas áreas tropicais do planeta são estudadas pela dermatologia tropical. Entre estas doenças estão a hanseníase, a leishmaniose e as micoses profundas, que serão abordadas durante a 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá entre 8 e 13 de julho, em Belém, no simpósio coordenado pelo médico dermatologista e professor da UFPA Claudio Guedes Salgado, com a participação da médica dermatologista e professora da UFPA, Marília Brasil Xavier, juntamente com o médico patologista pela USP Carlos Eduardo Pereira Corbett.

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, possui uma história natural de evolução para incapacidade física e, por esta razão, carrega um estigma milenar que persiste até os dias de hoje. “Anualmente são diagnosticados quase 500 mil casos novos em todo o mundo, e o Brasil contribui com cerca de 10% deste número”, diz Salgado. Mais da metade dos casos brasileiros estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo que o Estado do Pará contribui com mais de 4 mil casos novos a cada ano, a segunda maior casuística nacional, perdendo apenas para o Mato Grosso.

A leishmaniose, explica o coordenador do simpósio, é transmitida pela picada de insetos contaminados com os parasitas que causam a doença e pode atingir as vísceras, as mucosas e a pele. A leishmaniose cutânea está distribuída por toda a América Latina e é causada por 14 diferentes espécies de Leishmania, agrupadas em dois subgêneros: Leishmania e Viannia. Segundo o pesquisador, “estima-se aproximadamente que haja 1 a 1,5 milhões de casos e 350 milhões de pessoas sob risco de serem contaminadas a cada ano, com 90% dos casos concentrados em sete países, incluindo o Brasil, onde a incidência aumentou de 21.800 casos em 1998 para 60.000 casos em 2003, a maioria na Região Norte”.

Já as micoses profundas agrupam diferentes doenças fúngicas que atingem, em especial, as camadas mais profundas da pele, diz Salgado. “Duas destas doenças, cromoblastomicose e lobomicose possuem alta prevalência na Região Amazônica e merecem destaque no debate”. A cromoblastomicose é causada por fungos negros que produzem lesões verrucosas na pele, sendo que no Brasil predomina a espécie Fonsecaea pedrosoi, encontrada no meio ambiente – plantas e restos orgânicos – de onde é inoculada na pele dos pacientes que persistem com a doença por muitos anos, em razão de falhas no diagnóstico e dificuldades no tratamento. A lobomicose é encontrada quase que exclusivamente na Região Amazônica, e caracteriza-se por lesões nodulares na pele, causadas pelo fungo Lacazia loboi, que ainda não foi cultivado em laboratório. A doença é crônica e ainda não há uma droga específica para o seu tratamento.

O que é a reunião anual da SBPC

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência reúne representantes de todas as áreas da ciência brasileira desde 1948, quando foi fundada em São Paulo com o objetivo de defender o avanço científico e tecnológico do país e o seu desenvolvimento educacional e cultural. A reunião anual é a oportunidade dessa comunidade se manifestar sobre questões fundamentais para a independência e desenvolvimento econômico nacionais. Todos os anos, ela é realizada em diferentes pontos do país, com o objetivo de ampliar o debate para todos os Estados, com a participação de 83 sociedades e associações científicas.

Milhares de pessoas, incluindo cientistas, professores, estudantes e outros interessados participam desses encontros que desempenham duas funções importantes. A primeira é servir de ponto de encontro e unidade dos cientistas do país, tratando tanto de temas estritamente acadêmicos como dos problemas mais gerais que afetam a atividade científica. O segundo é mais geral, ou seja, discutir as grandes questões sociais, econômicas, políticas e tecnológicas que afetam o país como um todo.

A primeira reunião da SBPC, realizada em outubro de 1949, realizado em Campinas, interior de São Paulo, reuniu 104 participantes. Este ano são esperados aproximadamente 15 mil participantes.

*O credenciamento de imprensa poderá ser feito pelo site da Reunião Anual da Universidade Federal do Pará (http://www.sbpc.ufpa.br).

SBPC - Assessoria de Imprensa
Maristela Garmes
Tel. 11 3259 2766
www.sbpcnet.org.br




 

 
 
 

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