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F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 2. Economia Doméstica
AS RELAÇÕES ENTRE FAMÍLIA E POLÍTICAS PÚBLICAS E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE O COTIDIANO
Karina Rodrigues Oliveira 1   (autor)   karinaecd@bol.com.br
Maria das Dores Saraiva de Loreto 1   (orientador)   mdoramail@ufv.br
Rita de Cássia Bhering Ramos. 1   (colaborador)   
Brehna de Souza Marota 1   (colaborador)   
Sheily da Silva Milagres 1   (colaborador)   
Ana Paula Nery Rosado 1   (colaborador)   
Jacinta Cristiana Barbosa 1   (colaborador)   
Kátia Milagres Rosado 1   (colaborador)   
Ingrid da Silva Macedo 1   (colaborador)   
Gourete da C. Souza 1   (colaborador)   
1. Depto. de Economia Doméstica, Universidade Federal de Viçosa-UFV
INTRODUÇÃO:
O final do século 20 e início do novo milênio correspondeu a uma época marcada por múltiplas e radicais transformações, associadas ao aprofundamento do processo de internacionalização, concentração e centralização do capital, materializado por acelerada revolução tecnológica, reestruturação produtiva, reorganização dos padrões de gestão e de trabalho.

Evidencia-se, nesse mundo sem fronteiras e de intensas modificações, rotulado como “globalização”, a adoção de estratégias técnico-financeiras, verticalização oligopólica e a telemática; cujo cenário, entretanto, transcende os fenômenos meramente econômicos, com manifestações políticas, sócio-econômicas, ecológicas e culturais. Conjugadas com esse fenômeno, de natureza irreversível, estão as políticas de estabilização, com efeitos sobre a conjuntura nacional, com novas formas de alocação dos recursos, padrões de produção, consumo e distribuição, que vão se legitimando, caracterizando novos estilos de vida, com repercussões sobre a realidade cotidiana das famílias brasileiras. Neste contexto, o presente trabalho objetivou analisar as interações entre as políticas públicas e a realidade cotidiana das famílias viçosenses, face aos objetivos e instrumentos das políticas de estabilização do Plano Real.
METODOLOGIA:
Dentro desta perspectiva, a presente pesquisa foi estruturada, baseando-se em uma abordagem teórica ecossistêmica e no levantamento de uma série de informações secundárias, através de entrevistas aleatórias objetivando uma visão mais clara dos conteúdos e contornos dos fenômenos econômicos, políticos e sociais, que se processam ao nível macro e condicionam os modos de ser e de viver das famílias.
RESULTADOS:
Dentro desta perspectiva, a presente pesquisa foi estruturada, baseando-se em uma abordagem teórica ecossistêmica e no levantamento de uma série de informações secundárias, através de entrevistas aleatórias objetivando uma visão mais clara dos conteúdos e contornos dos fenômenos econômicos, políticos e sociais, que se processam ao nível macro e condicionam os modos de ser e de viver das famílias.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que, em um cenário mundial complexo, interdependente, descontínuo, assimétrico e com crises, as políticas públicas brasileiras, associadas a programas neoliberais, fundamentados no contexto americano”, têm alcançado seu objetivo prioritário, que é a estabilidade de preços.

Contudo, a priorização deste objetivo, por meio de instrumentos restritivos de política econômica, tem sido feita às custas da desestabilização macroeconômica, desmantelamento de alguns setores produtivos e, basicamente, pelos esforços e desgastes perpassados pelas unidades familiares no seu cotidiano, tanto pela pouca efetividade das reformas públicas, como também pela perda da qualidade dos serviços sociais oferecidos. Tais efeitos têm repercutido negativamente, principalmente, sobre a qualidade de vida de pessoas/famílias, que têm vivenciado uma situação de não universalização da cidadania, quando o indivíduo passa a ser desprovido “do direito de ter direitos”, em sua vida cotidiana.
Palavras-chave:  família; políticas públicas; cotidiano.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004