IMPRIMIR VOLTAR D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem Regimento Interno: avanços e desafios de um grupo Natália Maria Freitas e Silva Maia 1   (autor)   falecomnatalia@yahoo.com.br Antonia Liana Rodrigues de Almeida 1   (autor)   lianalune@yahoo.com.br Edna Maria Dantas Guerra 1   (orientador)   j.cardoso@uol.com.br 1. Depto. de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará - UECE INTRODUÇÃO: O Programa Especial de Treinamento (PET) é um programa tutorial vinculado à Secretaria de Ensino Superior (SESU/MEC), destinado a alunos que demonstrem potencial e habilidades destacadas em cursos de graduação, tendo sua organização e funcionamento regidos pelo Manual de Orientações Básicas (MOB). Atualmente, a Universidade Estadual do Ceará conta com cinco grupos PET e, dentre estes, destacamos o PET do curso de Enfermagem, pela sua iniciativa de construção de um regimento interno (RI). A elaboração deste documento, ocorrida em 1998, se deveu à necessidade de se estabelecer uma regulamentação mais detalhada de procedimentos, a partir das linhas gerais traçadas pelo MOB vigente no período, quando o PET estava vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES). Várias mudanças ocorreram desde então, tais como a incorporação do Programa pela SESU e a reorganização do MOB em 2002, o que motivou os petianos e a atual tutora do PET de Enfermagem a reformularem seu regimento, visando atender às novas demandas e, também, às especificidades do grupo. Diante disso, surgiu o interesse em conhecer a experiência de reformulação e implementação do RI pelo PET, como forma de identificar as dificuldades enfrentadas nesse processo e conhecer o significado do RI para os petianos. Este estudo é relevante na medida em que contribui para divulgar e consolidar iniciativas que buscam construir instrumentos eficientes de organização de grupos. METODOLOGIA: O estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa na análise dos dados. A pesquisa foi realizada na Universidade Estadual do Ceará, tendo como população do estudo os integrantes do Programa Especial de Treinamento (PET) do Curso de Enfermagem. O referido grupo é composto por doze bolsistas, quatro voluntários e a tutora. A amostra foi formada por doze petianos, 8 (oito) bolsistas e 4 (quatro) voluntários, que aceitaram participar do estudo. A coleta de dados foi realiza no mês de Fevereiro de 2004, durante uma das reuniões semanais do grupo, após a explicação por parte das autoras sobre a importância da pesquisa e o procedimento de coleta de dados. Solicitou-se a colaboração dos petianos, que foi atendida prontamente pelos presentes. O instrumento utilizado foi um questionário, contendo perguntas abertas, com o objetivo de conhecer a experiência de reformulação e implementação do Regimento Interno (RI) pelo PET. Para organização e análise dos dados buscou-se aferir a convergência entre os discursos com o intuito de reunir idéias afins, que favoreceram a compreensão do objeto aqui discutido. A convergência dos discursos orientou a formação de categorias que foram confrontadas com a literatura sobre a organização de grupos. RESULTADOS: Em relação à necessidade do Regimento Interno (RI) para o PET, a maioria dos participantes (75%), acredita que ele precisa de normas que objetivem a organização de suas atividades com o estabelecimento de direitos e deveres de cada petiano, promovendo dinamismo em suas funções. Quanto à eficiência da contribuição do RI para a organização do grupo, 50% dos respondentes posicionam-se afirmativamente, pois consideram que ele orienta a divisão do trabalho e funciona como mecanismo de solução de impasses. Cerca de 34% dos pesquisados, crê que o RI induz o cumprimento das atividades do Programa através da conscientização, como mostra a colocação: “Fez com que o grupo ficasse mais ciente das tarefas a serem cumpridas”. Um participante diz que o regimento trouxe subsídios para avaliar a integração dos membros do grupo. Ao questionarmos sobre as dificuldades enfrentadas, a maioria (80%) dos alunos refere que as diferentes opiniões dificultaram a conclusão da reformulação do RI. As definições do RI expostas pelo grupo convergem para a seguinte colocação: é um documento claro, conciso e estruturado, composto por normas e regras que direcionam o desenvolvimento do trabalho em grupo oficializando os direitos e deveres dos componentes e contribuindo para a organização e funcionalidade do PET. Em relação à experiência de reformular e implementar o RI, os petianos citam a melhoria da convivência em grupo e o aprendizado da superação das dificuldades em discutir e aprovar o RI. CONCLUSÕES: O grupo PET/Enfermagem/UECE acredita na necessidade de um Regimento Interno (RI) para manter-se organizado e funcionante quanto ao cumprimento de seus objetivos. As dificuldades enfrentadas em sua reformulação também confirmam sua necessidade e constituíram fonte de discussões que geraram momentos de reflexão e aprendizado acerca do trabalho em grupo. Enfim, a reformulação do RI é uma conquista do grupo que atingiu o objetivo de normatizar suas ações através de um processo democrático, contribuindo para a contextualização do grupo à história atual dos PET’s. O PET/Enfermagem demonstrou interesse em buscar conhecimento nas ciências da Administração e do Direito para refazer o RI de acordo com sua definição, composição e objetivo. Instituição de fomento: Programa Especial de Treinamento - PET Trabalho de Iniciação Científica Palavras-chave:  Regimento; Grupo; Organização. Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004