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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE PROFESSORES ANTE O PARADIGMA DA INCLUSÃO
Adreana Dulcina Platt 1   (autor)   adplatt1@hotmail.com
Olinda Maria Noronha 1   (orientador)   wanda@unicamp.br
1. Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
INTRODUÇÃO:
Na intenção de esclarecer se a formação universitária de professores do ensino fundamental - séries iniciais possibilita o estudo dos princípios fundantes para a otimização dos encaminhamentos processuais do emergente paradigma da inclusão educacional, realizamos esta pesquisa junto a três instituições de ensino superior no Estado de Santa Catarina cotejando suas concepções curriculares com os parâmetros nacionais e internacionais quanto aos direitos dos indivíduos incluídos no sistema escolar, que são as referências para a condução das políticas sociais afirmativas
METODOLOGIA:
Foram selecionadas três universidades do Estado de Santa Catarina e avaliados seus currículos e ementas disciplinares através do cotejamento, reflexão e análise desses junto a documentos de organizações públicas nacionais e internacionais que esclarecem os direitos básicos da condução social e política das ações afirmativas da inclusão educacional. O período recortado da análise desses currículos foi os anos de 97 e 98. As três instituições de ensino superior analisadas possibilitaram o acesso aos documentos, assim como os órgãos públicos e privados que conduzem as políticas e ações de inclusão sócio-educacional.
RESULTADOS:
Conforme atestado pela análise curricular, as instituições pesquisadas ainda se concentravam na discussão da inclusão educacional de forma insipiente e a formação de docentes para as séries iniciais ainda se da de forma técnico-instrumental quanto à temática. A pesquisa revelou ainda que este aspecto (técnico-instrumental) se exacerba na análise curricular da instituição de cunho privado, o que não ocorre nas instituições públicas. As universidades públicas, no entanto, apenas focaram a inclusão escolar aos alunos que são seriamente comprometidos nos órgãos do sentido ou em deficiência mental - nenhum outro debate sobre inclusão é referendado em seus currículos ou ementas.
CONCLUSÕES:
A pesquisa apontou que ao fim dos anos 90 ainda era possível encontrar instituições de ensino superior no Estado de Santa Catarina que, mesmo com todo o debate das políticas de inclusão educacional fomentadas no Brasil e no mundo - que propunham a revisão das ações pedagógicas para evitar a exclusão dos indivíduos no sistema escolar-, ainda estavam aquém da materialização formativa que contemplasse satisfatoriamente docentes para atuarem nas séries iniciais do ensino fundamental.
Palavras-chave:  Inclusão; Universidade; Formação de professores.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004