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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
SEMANA DO MEIO AMBIENTE: CONHECER PARA PRESERVAR
Solange Alves Oliveira 1   (orientador)   solange@ulbra-to.br
Camila Moreira Barreto Gomes 1   (autor)   camilambg@ulbra-to.br
Rosely Pereira de Sousa 1   (autor)   sousarosely@ulbra-to.br
Lucilândia Maria Bezerra 1   (orientador)   lmbezerra@bol.com.br
Maria Luíza Moreira Lima 1   (autor)   malumole@ulbra-to.br
Elba Araújo de Miranda 1   (autor)   terraquarium@ulbra-to.br
Lívia Maira Orlandi Laureto 1   (autor)   lialaureto@ulbra-to.br
Meriele Cristina Costa Rodrigues 1   (autor)   meriele@ulbra-to.br
Karoliny da Silva Batista 1   (autor)   karol@ulbra-to.br
Roberta Abreu Oliveira 1   (autor)   caodeguardareal@bol.com.br
1. Centro Universitário Luterano de Palmas
INTRODUÇÃO:
Na primeira semana de junho é comemorada a Semana do Meio Ambiente. Tal evento, normalmente, restringe-se a atividades isoladas, esquecidas na semana seguinte. No ano de 2003 os alunos de Biologia se propuseram a fazer um evento diferente, com duração de dois meses (entre de 04/05/03 a 30/06/03), atendendo um número maior de visitantes, colaborando com a Educação Ambiental bem como divulgando a profissão do Biólogo e o curso de Biologia do CEULP/ULBRA. As atividades ocorreram no TERRAQUARIUM, onde o público alvo é constituído por alunos das escolas de rede pública e particular de Palmas e Região. O TERRAQUARIUM – Centro de Convivência e Educação Ambiental – Museu de História Natural, realiza, ao longo do ano, exposições temporárias sobre temas relevantes. O visitante faz agendamento prévio, sendo recepcionado pela professora responsável pelo projeto e por monitores, acadêmicos da instituição. A visita dura em torno de 1h30min.
METODOLOGIA:
A visitação foi dividida em 3 momentos: no primeiro, o visitante conheceu a sala de exposição onde estavam focados dois extremos relativos a exploração do ambiente: de um lado as “armadilhas” que o homem cria (poluição, derrubadas, queimadas, dentre outras) e que destroem a nossa própria espécie e, de outro lado, os benefícios (educação, tecnologia, cultura, arte, dentre outros) que o homem pode oferecer. No segundo momento os alunos conheceram, na parte externa do Terraquarium, as áreas de atuação do biólogo, passando por oito estações diferentes: Estudos e Investigações da Biodiversidade e dos Ecossistemas, Educação, Gestão Ambiental, Saúde, Tecnologia / Biotecnologia / Ecotecnologia, Curadoria / Gerenciamento / Administração, Biologia Econômica, Biologia Forense. No terceiro momento, percorreram a trilha das orquídeas tendo a oportunidade de ver de perto representantes da flora e fauna do cerrado. Os acadêmicos do curso de Biologia estiveram envolvidos em todo processo desde a montagem da exposição, monitoramento das visitas e aplicação de questionários para avaliação do processo.
RESULTADOS:
Foram recebidas, durante esse período 48 escolas sendo 18 da rede pública e 30 da rede particular. Dessas 45 são de Palmas e 3 do interior do Estado. No total foram 1452 estudantes, acompanhados por 94 professores. Dos alunos visitantes 22,92% eram da Educação infantil, 16,67% da Educação fundamental 1ª fase e 60,42% da Educação fundamental 2ª fase. O grau de satisfação com a visita foi expresso através das seguintes manifestações dos alunos: 46,67% julgaram importante os conhecimentos repassados com relação a preservação (contribuir para a melhoria do ambiente); 26,67% foram sensibilizados com relação a importância de não maltratar animais e plantas; 13,33% aprenderam que deixar os animais em liberdade seria o mais justo; 6,67% julgam que o aprendizado mais importante foi com relação ao respeito aos animais e 6,67% constataram que o ser humano de fato está caindo em suas próprias “armadilhas”. Já os professores e acompanhantes julgaram de maior importância os conhecimentos relacionados com: contato direto com a natureza que facilita a aproximação teoria/prática e a possibilidade de conscientização com relação ao ambiente (37,50%); conhecimento da biodiversidade regional em seu habitat (25,00%), enriquecer o trabalho iniciado em sala de aula (18,75%) e Integração e valorização do bioma local (18,75%).
CONCLUSÕES:
Apesar dos objetivos traçados estarem relacionados tanto ao atendimento de um número maior de visitantes, a Educação Ambiental bem como a divulgação da profissão do Biólogo e do curso de Biologia do CEULP/ULBRA as opiniões emitidas referem-se, em sua maioria, às questões ambientais propriamente ditas. É interessante ressaltar que em exposições anteriores e com visitantes diferentes as opiniões não divergiam muito das atuais. Isto nos leva a crer que na realidade o que o TERRAQUARIUM apresenta como maior atrativo são seus representantes da fauna e flora e não as exposições temporárias em si. Podemos analisar esse resultado sob dois aspectos diferentes: em primeiro lugar que o ambiente é suficiente para provocar um forte sentimento relacionado a preservação que prevalece sobre qualquer outro sentimento e, por outro lado, que as exposições temporárias não tem sido foco de muita atenção, pois não foram citadas em nenhuma situação, o que sugere a necessidade de repensarmos essa forma de expressão visual. Outra questão refere-se a possibilidade de divulgação do curso de Biologia do CEULP/ULBRA. Possivelmente esse objetivo não foi alcançado pelo fato da clientela ser muito jovem e com baixo grau de escolaridade (no máximo 8ª série) e por não estarem preocupados, nesse momento, com a questão das profissões.
Palavras-chave:  Educação ambiental; Exposições temporárias; Semana do meio Ambiente.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004