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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 12. Psicologia
PSICÓLOGO PESQUISADOR: PERSPECTIVAS E TRANSFORMAÇÕES NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM PSICOLOGIA
Bianca Salatino 1   (autor)   petpsico@pucrs.br
Fernanda Cesa 1   (autor)   fecesa@terra.com.br
Helena da Rosa 1   (autor)   helenadarosa@bol.com.br
Luciana Fossi 1   (autor)   lubfossi@hotmail.com
Patrícia Rutsatz 1   (autor)   patriciarutsatz@hotmail.com
Roberta Monteiro 1   (autor)   rmonteiro@pucrs.br
Helena Scarparo 1   (orientador)   hbks@terra.com.br
1. Programa de Educação Tutorial - PET, Faculdade de Psicologia - PUCRS
INTRODUÇÃO:
Para compreender a diversidade com que a Psicologia se apresenta hoje, é indispensável recuperar sua história. Essa está ligada às exigências de conhecimento da humanidade em cada momento e à necessidade permanente de compreensão de si mesma (Bock et al, 1999). No século XIX, a Psicologia pode ser compreendida a partir de duas grandes tendências: uma de cunho filosófico e outra inspirada nos pressupostos da física e da biologia daquela época. No século XX, questionamentos e problematizações quanto a esses pressupostos passaram a provocar intensos processos epistemológicos, nos quais a incerteza, a desordem, a contradição e a pluralidade puderam ser percebidas como parte fundamental da produção de conhecimentos científicos. Desse modo, as questões relativas aos critérios de cientificidade têm povoado intensamente os debates científicos, denotando multiplicidade de posicionamentos e, consequentemente, de escolhas teóricas e metodológicas, o que justifica a relevância do presente estudo.
METODOLOGIA:
Em função do estudo da trajetória de produção de conhecimento em Psicologia, consideramos relevante saber o que pensam alguns pesquisadores do Rio Grande do Sul sobre essa temática. Foram entrevistados cinco pesquisadores vinculados à academia, identificados com linhas teóricas e áreas de pesquisa diferentes. Para coleta e análise de dados empíricos utilizamos a metodologia da entrevista narrativa. Trata-se de um método de cunho qualitativo que consiste em recolher o relato dos participantes sobre o tema abordado do modo específico como é percebido pelo entrevistado. A partir da análise do material coletado, elegemos categorias de análise as quais serviram de base para as discussões e associações com publicações sobre o tema.
RESULTADOS:
Os participantes do presente estudo foram unânimes em afirmar que toda a pesquisa está sujeita a influências relativas ao contexto social, cultural e político no qual é engenbrada. Na esfera da produção de conhecimentos através de entrevistas, o conhecimento que o entrevistado tem do senso comum está subordinado a um envolvimento afetivo e emotivo que permanece preso a propriedades individuais do fenômeno, predeterminadas pelos interesses, crenças, convicções pessoais e expectativas presentes no sujeito Portanto, toda pesquisa tem a intencionalidade de uma nova produção de conhecimento, possibilitando a compreensão e transformação da realidade. Portanto, tanto o investigador quanto as vicissitudes atreladas a pesquisa, fazem parte de um contexto histórico-sociológico e ideológico, com paradigmas já estruturados que permeiam a construção do conhecimento.
CONCLUSÕES:
Para compreender o processo de construção do conhecimento é fundamental levarmos em conta os paradigmas articulados ao contexto histórico e social no qual se constrói determinado saber científico. A interferência desse contexto é inerente ao processo de construção do conhecimento e a idéia de neutralidade rompe-se na medida da compreensão deste processo. Assim torna-se relevante considerar os paradigmas, tanto os que são referentes ao contexto social em questão quanto os que são oriundos do próprio sujeito, para atingir de forma mais ampla o objetivo desse estudo.
Instituição de fomento: SESu/MEC
Palavras-chave:  Neutralidade; Paradigma; Metodologia.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004