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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA COLETA SELETIVA NA ESCOLA MUNICIPAL LAFAYTE CAVALCANTI EM CAMPINA GRANDE / PB
Ana Nívea Batista Aurino 1   (autor)   ananivea@yahoo.com.br
Ângela Carolina de Medeiros 1   (colaborador)   
Daniele Araújo de Sousa 1   (colaborador)   
Josileide Marques Benício Franco 1   (colaborador)   
Monica Maria Pereira da Silva 2   (orientador)   monicaea@terra.com.br
1. Graduanda do Depto de farmácia e Biologia, Universidade Estadual da Paraíba/UEPB
2. Profa. Mestre do Depto. de farmácia e Biologia, Universidade Estadual da Paraíba/UEPB
INTRODUÇÃO:
O sistema econômico vigente, decorrente do paradigma cartesiano e da visão antropocêntrica dominadora tem gerado diversos problemas ambientais, os quais comprometem a capacidade de suporte e a continuidade de vida do planeta. E revelam a percepção inadequada em relação aos recursos ambientais e falta de Educação Ambiental. A Escola Municipal Lafayete Cavalcanti em Campina Grande/PB desde de 1998 vem sendo objeto de estudo na área de Educação Ambiental e percepção ambiental, passando por várias mudanças, inclusive na prática pedagógica. Dentre as mudanças destaca-se implantação da coleta seletiva. Até o momento da implantação da coleta seletiva, 100% dos seus resíduos gerados eram destinados ao lixão, sem seleção prévia. Com a implantação, os resíduos passaram a ser selecionados em coletores de cores diferentes: azul para o resíduo seco (papel, papelão e plástico), marrom para o resíduo orgânico e cinza para os resíduos considerados imprestáveis. Entretanto, análises mostraram que o modelo utilizado para seleção dos materiais - separação de Seco e Molhado -, apesar de ser a forma mais fácil e de baixo custo de separar os resíduos, é menos eficaz. Assim, ela requer estratégias de implementação, no sentido de viabilizar a coleta seletiva e consolidar a inserção ambiental no currículo escolar. Logo, o presente trabalho teve por objetivo delinear estratégias necessárias a implementação da coleta seletiva na Escola Municipal Lafayete Cavalcanti, em Campina Grande/PB.
METODOLOGIA:
Este trabalho retrata uma pesquisa participante realizada no período de agosto de 2003 a marco de 2004 na Escola Municipal Lafayete Cavalcanti, no município de Campina Grande/PB. A escola escolhida para a realização deste trabalho conta com uma estrutura formada por dez salas de aula, cantina, sala de vídeo, secretaria, sala de professores, banheiros, jardim e ampla área de recreação, funcionando nos turnos manhã e tarde. Os dados foram coletados através MEDICC - Modelo Dinâmico de Construção e Reconstrução do conhecimento voltado para o meio ambiente, a qual propõe um conjunto de estratégias metodológicas que permite a realização de Educação Ambiental através de atividades lúdicas, participativas, criativas e dinâmicas, no processo de sensibilização foi envolvida toda comunidade escolar. Para implantação da coleta seletiva utilizou-se o modelo de seleção de resíduos secos e molhados, sendo disponibilizados 33 coletores plásticos nas cores azul, para os resíduos secos (papel, papelão e plástico), marrom para os resíduos molhados (orgânicos) e cinza para os resíduos não recicláveis. A reestruturação ocorrerá com o acréscimo de coletores pequenos de cor preta para a madeira nas salas de aula e na cantina e de dois coletores de cor vermelha para os resíduos plásticos no pátio da escola. A reestruturação originará novo modelo de coleta seletiva, uma vez que o modelo adotado não cumpriu os objetivos propostos.
RESULTADOS:
Os dados revelaram que a implementação da coleta seletiva na escola exige estratégias como: processo contínuo e permanente da Educação Ambiental junto aos educandos e educandas, educadores e educadoras, funcionários e funcionárias, pais e mães; avaliação do modelo de coleta seletiva; participação e envolvimento da comunidade escolar; reestruturação do modelo de coleta seletiva; destinação adequada dos resíduos selecionados; coletores adequados à realidade local e reciclagem e caracterização de resíduos gerados, para observar se houve redução. O processo de sensibilização deve correr distante do ensino tradicional, podendo acontecer através de músicas, jogos, brincadeiras, oficinas, desenhos, peças teatrais, danças, mutirão, passeata, concurso de redação, logotipo, desenhos, construção de maquetes. Os resíduos orgânicos selecionados estão sendo encaminhados ao processo de compostagem e o adubo será utilizado na horta escolar. A compostagem e a horta escolar aconteceram de início em sala de aula e os dados foram investigados pelos educandos e educandas nas várias áreas de conhecimento. Parte dos resíduos de papel foi utilizada em oficinas de reutilização e reciclagem, posteriormente acontecerão outras oficinas. Para a implementação da coleta seletiva foram acrescentados 11 coletores pequenos de cor preta - para a madeira - nas salas de aula e na cantina e dois coletores médios de cor vermelha - para os resíduos plásticos - no pátio da escola.
CONCLUSÕES:
Para que a coleta seletiva dos resíduos sólidos atinja os seus fins faz-se necessária avaliação constante do modelo adotado e a sensibilização e envolvimento da comunidade escolar. Todavia, Educação Ambiental deve anteceder, transcorrer e suceder a implantação e implementação. Dessa forma, será possível reduzir, reciclar, reutilizar e repensar as atitudes que degradam ao meio ambiente. Quando a coleta seletiva é responsabilidade de todos os componentes da escola, ela pode se estender para a comunidade.
Instituição de fomento: PIBIC/CNPq/UEPB
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Educação Ambiental; Resíduos Sólidos; Coleta Seletiva.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004