IMPRIMIRVOLTAR
B. Engenharias - 1. Engenharia - 9. Engenharia Mecânica
A INFLUÊNCIA DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS DE TEMPERA E REVENIDO NA DUREZA DO AÇO SAE 1020 EM DIFERENTES TIPOS DE RESFRIAMENTOS.
Louise da Costa Sanches 1   (autor)   louiselouize@aol.com
Nelson Belo Mendonça 1   (autor)   nesbelo@hotmail.com
Alexsandro de Melo Chaves 1   (colaborador)   alexsandromelo@bol.com.br
Álan Souza da Silva 1   (colaborador)   alansafo@click21.com.br
Marcelo de Almeida Cruz 1   (colaborador)   malcpara@hotmail.com
Alderi Pantoja Fernandes 1   (colaborador)   alderimecanic@pop.com.br
Fábio Luis Castro Marinho 1   (colaborador)   marinhomec@click21.com.br
Thiago da Silva Barrozo 1   (colaborador)   thbar@ig.com.br
Arildomá Lobato Peixoto 2   (co-orientador)   arildoma@bol.com.br
Jose Maria do Vale Quaresma 3   (orientador)   jmdovale@ufpa.br
1. Graduando do Departamento de Engenharia Mecânica - UFPA
2. Pós-Graduando do Departamento de Engenharia Mecânica - UFPA
3. Prof. Dr. do Departamento de Engenharia Mecânica - UFPA
INTRODUÇÃO:
O tratamento térmico consiste em um conjunto de operações de aquecimento e resfriamento a que podem ser submetidos os materiais ferrosos, sob condições controladas (temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de resfriamento) com o objetivo de alterar as suas propriedades ou lhes conferir características determinadas. Os ensaios de dureza se designam em uma série de procedimentos normatizados que tem por objetivo conhecer ou comprovar as características e propriedades dos materiais fabricados, dentre essas características estão: resistência mecânica, o efeito do tratamento térmico ou mecânico em um metal e permite avaliar a resistência do material ao desgaste. Os ensaios são realizados sistematicamente para controlar a qualidade de produtos. Este trabalho irá se concentrar em estudar tratamentos térmicos de têmpera e revenido.
METODOLOGIA:
Utilizou-se neste experimento, para a metalografia dos corpos de prova, lixas de número 100, 200, 300, 400, 600 e 1200, o polimento foi com Alumina 0,3 μm em uma politriz (modelo PRAZIS APL-4), finalizando com um ataque em Nital 1%, as imagens reveladas neste ataque foram micrografadas em um microscópio com analisador de imagem (modelo LEICA) para as análises metalográficas. Para averiguar a dureza do material e por conseqüência o tipo de material em questão, antes dos tratamentos térmicos, além das comparações bibliográficas das imagens micrografadas foi utilizada em conjunto o teste de dureza, onde foi usado o Durômetro em Rockewll C com penetrador de diamante de 2,5 mm de diâmetro. O forno para os tratamentos térmicos foi aquecido, inicialmente, até a temperatura de 890°C, em seguida, os corpos de prova foram colocados no interior do mesmo pelo período de 61 minutos, logo após, ao serem retirados do mesmo, foram separados em grupos e cada um desses foi depositado em um determinado fluido de resfriamento: óleo queimado, água e salmoura, respectivamente, a fim de obter diferentes tipos de tempera. Os corpos de prova temperados voltaram ao forno e aquecidas até 300º C e permaneceram nesta temperatura por 30 min para então retirá-los e os colocar em temperatura ambiente a fim de se conseguir um resfriamento lento, um tratamento térmico do tipo revenido.
RESULTADOS:
Entre os benefícios esperados, observou-se que o aço SAE 1020, que possui uma dureza baixa equivalente a 38,16 HR comparados a outros tipos de aços carbono, reagiu de forma positiva após a tempera, com aumento da dureza, comprovado pelas análises metalográficas que mostraram refinamento dos grãos, porém a sua fragilidade aumentou. Pode ser observada também uma diferença de dureza entre as peças que foram resfriadas em fluidos diferentes, sendo que a dureza da peça resfriada em salmoura é maior que, a dureza da peça resfriada em água que é maior que, a dureza da peça resfriada em óleo. Já no pós revenido a dureza do material em questão diminui, mostrado nas análises metalográficas que verificaram a formação de grãos grosseiros. E também foi possível observar que o comportamento das durezas, entre os diferentes tipos de resfriamento, se manteve na mesma ordem que a mostrada para o pós tempera, ou seja, a dureza da peça resfriada em salmoura é maior que, a dureza da peça resfriada em água que é maior que, a dureza da peça resfriada em óleo .
CONCLUSÕES:
A partir dos resultados obtidos nas condições realizadas neste trabalho comprovou-se que o aço em questão é um aço SAE 1020 com valor de dureza baixo, característico dessa classe. E com a realização da tempera, a dureza deste aço teve uma variação significativa, pois houve a formação da estrutura martensítica e como foram utilizados fluidos de resfriamento diferentes, esta estrutura se apresentou em maior proporção no material temperado no fluido de maior coeficiente de transferência de calor e em menor proporção no que foi temperado no fluido de menor coeficiente de transferência de calor. Logo após, com a realização do revenido, foi verificado que a dureza deste material diminuiu devido ao alívio de tensões.
Instituição de fomento: UFPA
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Aço SAE 1020; Tratamentos Térmicos; Metalografia.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004