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A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física
PROCESSO DE GESTÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BEBERIBE: UM ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA E SEUS IMPACTOS SOBRE O RIO BEBERIBE NO BAIRRO DE CAIXA DÁGUA EM OLINDA  PE.
Ana Vanessa Fernandes Barbosa 1   (autor)   
Felipe César N. de Castro 1   (autor)   felipecesar@msn.com
José Geraldo Pimentel Neto 1   (autor)   
Rogério Antonio de Araújo Santos 1   (autor)   
Thatiane Ferreira da Silva 1   (autor)   
Paulo Alves Silva Filho 1   (colaborador)   
Hernani Loebler Campos 2   (orientador)   
1. Graduandos do Dep. de C. Geográficas, Univ. Federal de Pernambuco-UFPE
2. Prof. Dr. do Dep. de C. Geográficas, Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
INTRODUÇÃO:
A gestão de um sistema tem por objetivo assegurar seu bom funcionamento e seu melhor rendimento, mas também sua perenidade e seu desenvolvimento. O gerenciamento de bacia é o resultado da adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento e intervenção da gestão ambiental, sistêmica e globalizada. O gerenciamento de recursos hídricos busca o equilíbrio entre a demanda e a oferta de água em uma bacia. O conceito de gestão hidrográfica envolve vários aspectos, destacando-se: atuação simultânea de diferentes instituições, sistemas de informações, tecnologia, recursos humanos especializados, legislação, planejamento, participação pública, comunicação, educação, obras de engenharia etc. Esta pesquisa tem como objetivo diagnosticar os impactos ambientais resultantes da distribuição geográfica da população na bacia hidrográfica do Rio Beberibe no bairro de Caixa DÁgua em Olinda-PE que pertence ao primeiro grupo de bacias hidrográficas litorâneas (GL-1), localizado na porção norte do estado de Pernambuco. É objetivo deste trabalho propor, também, algumas diretrizes de gestão de bacia hidrográfica tendo em vista a melhoria dos recursos hídricos e conseqüente qualidade de vida da população do bairro em questão.
METODOLOGIA:
Na pesquisa em tela adotou-se uma abordagem sistêmica/ecológica através da interação com os diferentes seguimentos do estudo da geografia física, o que permitiu uma apreensão da dinâmica ambiental da bacia do Beberibe. Em um primeiro momento, buscou-se caracterizar o universo ambiental da bacia, de forma integrada ao meio físico. Para tanto, foram trabalhados aspectos climatológico, vegetativo, geológico, geomorfológico, topográfico, hidrográfico e pedológico, sendo utilizados cartas na escala 1:25000 e fotografias aéreas nas escalas 1:30000 elaboradas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), ortofotocartas na escala de 1:10000 e fotografias aéreas elaboradas pela Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (FIDEM). No contexto climático foram utilizados gráficos ombrotérmicos e climogramas com as respectivas classificações de Gaussen e Koppen. Além disso, foi utilizado o acervo da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA); Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH). Por fim, o elemento populacional foi trabalhado através dos censos (1980, 1991, 2000) e o anuário estatístico populacional elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
RESULTADOS:
A partir da analise realizada foi constatado, do ponto de vista da distribuição geográfica populacional, uma ocupação irregular e desordenada ao longo do canal fluvial. Este fato causa sérios problemas de natureza ambiental ao longo do trajeto em que o rio percorre o bairro de Caixa dágua, tais como: a substituição da mata ciliar por construções habitacionais, o despejo de esgoto in natura, inviabilizando a utilização do rio para o abastecimento DÁgua na Região Metropolitana do Recife.
CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO Torna-se visível diante do diagnostico apresentado, que há necessidade de uma interação entre os órgãos institucionais que de forma direta ou indireta trabalham com o universo da bacia no que se refere à elaboração de um conjunto de ações que venham a corresponder a um gerenciamento pautado na mitigação dos prejuízos ambientais.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Gestão de Bacia; População Ribeirinha; Impactos Ambientais.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004