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D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 10. Odontologia
DOENÇAS BUCAIS DE MARINGÁ E REGIÃO NO PERÍODO DE 2000 A 2003: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO.
Marlice Azoia Lukiantchuki 1   (autor)   marlice_luk@hotmail.com
Miriam Hidalgo 1   (colaborador)   mmhidalgo@uem.br
Danieli Sofia Fernandes 1   (colaborador)   sofiaodonto@bol.com.br
Danilo Maeda Reino0 1   (colaborador)   danilomr2005@yahoo.com.br
Bianca Luz Salazar 1   (colaborador)   biasalazar@hotmail.com
Maurício Jociel Grzesiuk 1   (colaborador)   maumga@yahoo.com.br
1. Depto. de ciências da saúde, Universidade Estadual de Maringá-UEM
INTRODUÇÃO:
As diversas lesões que podem acometer o complexo maxilo-facial, muitas vezes, produzem quadros clínicos pouco específicos, apesar de apresentarem etiologia e patogenicidade distintas, e compreendem um universo de conhecimento onde nem todos profissionais de saúde se sentem habilitados. Para se estabelecer o diagnóstico final, mostra-se necessário o exame microscópico dessas lesões, possibilitando o reconhecimento e a classificação correta destas patologias. Esta distinção pode ter conseqüências profundas sobre o paciente, quando o tratamento for instituído. Conhecendo-se a incidência de doenças, um direcionamento de trabalhos preventivos nos programas de saúde bucal pode ser feito mais adequadamente, levando com isso a quedas nos índices de incidência de certas lesões na população em geral.
METODOLOGIA:
O nosso trabalho teve como objetivo realizar um estudo do tipo corte transversal, analisando no período de maio de 2000 a setembro de 2003, os 622 casos de lesões submetidas a exame microscópico, atendidas clínica odontológica da Universidade Estadual de Maringá e em consultórios particulares urbanos e de regiões adjacentes de Maringá.
O processamento das peças cirúrgicas contou com o auxílio do laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Universitário de Maringá, o qual realiza o procedimento histotécnico de rotina.
Para a obtenção de dados como o grupo de lesões mais frequentes, gênero e idades dos pacientes, foram analisados os prontuários, arquivados no Serviço de Patologia Bucal do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
RESULTADOS:
Os resultados deste estudo demonstraram que as hiperplasias reacionais formavam o grupo de lesões mais freqüentemente encontrado, obtendo o percentual de 44,7% de todas as lesões, totalizando 278 casos. As lesões periapicais e odontogênicas constituíram o segundo grupo mais comum, com 18,48%, enquanto que as doenças de glândulas salivares corresponderam a 11,1% do total de diagnósticos e as neoplasias benignas a 5,3%. As neoplasias malignas, deve-se destacar, representaram no período 4,82% das lesões encontradas, uma incidência alta para a gravidade deste quadro, mostrando a necessidade do clínico estar atento para as formas precoces da lesão. A maioria dos pacientes atendidos foi do gênero feminino (61,58%). A faixa etária predominante foi a correspondente aos 30-60 anos (50,3%), sendo que os extremos variaram de 3 meses a 87 anos.
CONCLUSÕES:
Os dados obtidos oferecem uma base importante para se estimar a situação atual e podem fornecer uma valiosa fonte de informações necessárias ao planejamento de programas estratégicos de promoção de saúde bucal.
O grupo de lesões bucais mais frequentes encontrado, que pode ser observado nesse estudo, tem origem extrínseca, sendo determinado por fatores ambientais, e pode ser desta forma evitado ou previnido.
Através de programas estratégicos voltados a determinadas condições bucais cria-se a possibilidade de previnir a maioria das lesões bucais que podem e devem ser assim tratadas, buscando-se as quedas nos índices de incidência das lesões bucais.
Palavras-chave:  lesões; bucais; epidemiológico.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004