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H. Artes, Letras e Lingüística - 2. Letras - 1. Língua Portuguesa
INTEGRAÇÃO SEMÂNTICA E LINGUAGEM COLOQUIAL NA MÜSICA POPULAR BRASILEIRA
Maria Antonia da Costa Lobo 1   (autor)   maclobo@terra.com.br
Celia Barros 2   (autor)   vbarros@osite.com.br
Fernanda Marconi da Costa 2   (autor)   
1. UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - UCB
2. CENTRO UNVERSITÁRIO DA CIDADE - UniverCidade
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho visa a mostrar que a preservação das tradições de um povo pode ser observada pela análise da história contextualizada desse mesmo povo.

Essa história vem, muitas vezes, expressa através da linguagem coloquial, que pode apresentar uma estruturação enunciativa fragmentária e truncada, em um processo de incompletude. Esse processo necessita, então, do preenchimento de lacunas, o que leva uma recorrência a dados contextuais e à situação da enunciação. É essa análise que a pesquisa em questão retrata.
METODOLOGIA:
Os procedimentos levados a cabo centraram-se na pesquisa de aspectos contextuais de manifestações culturais em textos da Música Popular Brasileira, verificando-se a aquisição de elementos lingüísticos que caíram no domínio popular. Esses elementos entram na constituição de enunciados efetivamente realizados por um sujeito enunciador em uma determinada situação com a intenção de produzir algum efeito sobre o outro.

A geração de tradições culturais tem influência lingüística, trazendo para o país uma diversificação benéfica, do ponto de vista cultural.
RESULTADOS:
No corpus analisado, verificou-se a estruturação de enunciados contendo mensagens que refletem a preservação de tradições culturais de um povo. Através dessas mensagens, a curiosidade popular é aguçada por significados contidos no léxico utilizado. As composições analisadas contêm uma linguagem coloquial, refletindo, muitas vezes, um cotidiano popular.

O significado lexical refletido proporciona uma variedade de entendimentos, uma consciência estrutural de sentimentos, indicando que muitas das informações passadas mostram ao receptor (o outro) o poder que tem uma palavra, notadamente quando o entendimento da mesma se interliga a um contexto. Ela define diferenças e pode estabelecer identidades.

Tudo isso passa antes pela leitura, instrumento auxiliar da captação de mensagens.

Considerando-se os princípios didáticos do modelo psicolingüístico de leitura, sabe-se que ler é muito mais do que simplesmente descodificar seqüências de letras, palavras, estruturas, períodos e parágrafos. Ler é interagir com a mensagem expressa e construir significados a partir dela.
CONCLUSÕES:
Os usuários de uma língua podem ser muito diferentes. Dispõem eles de conhecimento, crença e opiniões também diferentes, independentemente dos múltiplos papéis sociais.

Através da contextualização, é possível tirar de um enunciado conteúdos de um enunciado conteúdos que não constituem, a priori, o objeto verdadeiro da enunciação, mas que aparecem através dos conteúdos explícitos.

É importante ressaltar que a língua é uma atividade, um processo ininterrupto de construção que é materializado sob a forma de atos de fala ou de discurso.
Palavras-chave:  contextualização; MPB; linguagem.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004