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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 3. Enfermagem Médico-Cirúrgica
MUDANÇAS OCORRIDAS NA VIDA DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
Liliane Almeida Santos 1   (autor)   lilisis@ig.com.br
Mônica Figueirôa Santana 1   (autor)   wmfs@infonet.com.br
Narjara Santos da Silva 1   (autor)   ignarj@ig.com.br
Priscilla Alcântara dos Santos 1   (autor)   priscillaalcantara@ibest.com.br
Ubiratânia Cardoso Machado 1   (autor)   taniamachado18@bol.com.br
Hortência de Abreu Gonçalves 3   (co-orientador)   abreu.pesquisa@ibest.com.br
Iara Maria Oliveira Torres 2, 5   (colaborador)   enfermagem@unit.br
Maria da Pureza Ramos de Santa Rosa 4   (orientador)   purezaramos@hotmail.com
1. Graduanda da Área de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT
2. Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem , Universidade Tiradentes - UNIT
3. Profa. MSc. do Centro de Ciências do Homem e da Natureza, Universidade Tiradentes - UNIT
4. Profa. Esp. da Área de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT
5. Profa. MSc. da Área de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT
INTRODUÇÃO:
Pessoas com Insuficiência Renal Crônica (IRC) são aquelas que possuem um comprometimento dos rins que reduzem o seu funcionamento. Estes pacientes passam por tratamentos específicos, e um destes recursos é a hemodiálise, que consiste em filtrar o sangue com o auxílio de um dialisador, através do qual, são retiradas substâncias que, quando em excesso, causam prejuízos à saúde. Trata-se de uma pesquisa de relevância científica e social, que teve como objetivo averiguar as mudanças ocorridas na vida de pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico e de que maneira a enfermagem pode melhorar o bem-estar destes pacientes. Tratamento hemodialítico disponibiliza, necessariamente, doze horas semanais para as sessões. Devido ao tempo dedicado ao tratamento e a conseqüente debilidade física, ocorrem várias mudanças na vida dos mesmos. Dentre as mudanças, a mais necessária, é a realização de uma dieta, esta visa nutrir bem o paciente, evitando o excesso de potássio, sódio e água; a mais difícil de enfrentar é a dificuldade de continuar atividades realizadas pré-tratamento hemodialítico, tais como: praticar esportes e trabalhar. São relatadas fases de adaptação do tratamento, que vai de um período inicial de ¨lua de fel¨, no qual o paciente não se conforma, passa por um período de desencanto e, por fim, o período de adaptação em longo prazo, que ocorre quando as pessoas finalmente alcançam um nível de aceitação da doença e de suas limitações e para que isso ocorra é imprescindível o apoio da família.
METODOLOGIA:
O local escolhido para a realização da pesquisa foi o Hospital São Lucas, na cidade de Aracaju/SE. A pesquisa foi direcionada para o universo do setor de hemodiálise do referido hospital e a amostra foi o paciente com insuficiência renal crônica. Participaram deste estudo vinte e um pacientes com IRC em tratamento hemodialítico, dentre os quais quatorze eram homens e sete mulheres. A seleção foi feita com base no interesse em conhecer de que forma os pacientes com IRC se adaptavam às mudanças necessárias ao tratamento, e se possuíam o apoio da equipe de enfermagem e dos familiares. Os dados foram coletados através de observações do ambiente e de preenchimentos de formulários em sete encontros com os pacientes durante as sessões. Os métodos utilizados para a análise dos dados foram: comparativo, estatístico e hipotético-dedutivo. O roteiro elaborado para a entrevista continha perguntas de caráter qualitativo. Gráficos foram elaborados para uma melhor visualização e compreensão dos dados. Nestes encontros puderam ser constatados quantos pacientes possuíam o conhecimento da própria doença, quantos contavam com o apoio da família e em que fase eles se encontravam.
RESULTADOS:
Durante a coleta de dados foi observado um alto índice (90%) de pacientes com IRC possuíam o apoio da família durante todo o período de tratamento. Devido ao impacto inicial da doença, quase sempre há alteração familiar e é importantíssimo o apoio da família para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. A fase de recusa predomina sobre as demais, logo em seguida com uma maior conscientização da necessidade de tratamento, o paciente começa a entrar na fase de enfrentamento, e a cada dia ele vai superando os seus medos até chegar à fase de aceitação. Dos 21 pacientes, 15 declararam já estar nesta fase e sentiam-se um pouco mais conformados que os demais. Foi questionado também a estes pacientes sobre o conhecimento da doença e do seu tratamento. O não conhecimento da doença foi confirmado por 11 dos entrevistados. Isto está relacionado à classe social em que o paciente se encontra. Geralmente, aqueles com melhores condições sócio-econômicas tinham mais conhecimento e possibilidades de um melhor tratamento.
CONCLUSÕES:
No tratamento hemodialítico, os pacientes renais crônicos passam por diversas mudanças abdicando de algumas atividades, tais como: trabalhar, praticar esportes, entre outras. Também é necessária a realização de uma dieta prescrita pelo médico, onde diminui a ingestão de potássio, entre outros nutrientes prejudiciais ao bem-estar do paciente. Faz-se imprescindível o apoio da família com os pacientes, tanto na fase inicial (descoberta da doença), como na fase de enfrentamento. É de extrema importância que toda equipe de enfermagem (incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares) possibilite um maior entretenimento com atividades interativas (levando grupos teatrais, alfabetização e terapia ocupacional) para pacientes com IRC durante as sessões hemodialíticas, melhorando com isso o bem estar e a auto-estima dos pacientes durante o tratamento.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  mudanças de vida; tratamento hemodialítico; insuficiência renal crônica.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004