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E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 3. Pastagem e Forragicultura
INFLUENCIA DE FONTES DE FÓSFORO SOBRE O ACÚMULO DE FORRAGEM E O DESEMPENHO ANIMAL PASTAGEM DE CAPIM MOMBAÇA (PANICUM MAXIMUM JACQ. CV. MOMBAÇA) NO PERÍODO DAS ÁGUAS
João Bosco Altoé Júnior 1   (colaborador)   jbaltoe@yahoo.com.br
Geovane Martins Barrim 1   (autor)   
Ulysses Cecato 1   (orientador)   ucecato@uem.br
Bruno de Jesus Andrade 1   (colaborador)   
Glauber M. Fakir 1   (colaborador)   
Carlos Henrique F. Pereira 1   (colaborador)   
Gustavo Francio Lopes 1   (colaborador)   
Marina de Nadai Bonin 1   (colaborador)   
1. Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá - UEM
INTRODUÇÃO:
Devido ao alto custo dos alimentos concentrados, o cultivo de plantas forrageiras assume importante papel na pecuária nacional, pois constitui o alimento mais barato e, quando fornecido em quantidades suficientes, oferece os nutrientes necessários para o bom desempenho animal. O desempenho animal sob pastejo, expresso em produção/animal, é condicionado por diferentes fatores, como: genética animal e sua história, consumo, valor nutritivo e eficiência na conversão da forragem. Dentre os fatores relacionados ao desempenho animal pode-se enumerar: os da pastagem, seu potencial genético, condições climáticas e seu manejo, considerados elementos integrantes de um sistema complexo e dinâmico que leva à obtenção do desempenho satisfatório (Gomide & Gomide, 2001). Vários aspectos ligados ao manejo e produção do pasto revelam que a fertilidade do solo é um dos fatores preponderantes e o fósforo é um dos nutrientes que mais limitam a produção das forrageiras e desempenha funções essenciais nos sistemas biológicos, participando das reações de armazenamento e transformação de energia. O objetivo deste foi avaliar as fontes de fósforo (Yoorin®, superfosfato simples + superfosfato triplo e uma testemunha) no acúmulo de forragem e no desempenho animal em pastagem do Capim Mombaça (Panicum maximum Jacq. Cv. Mombaça) no período das águas, sob pastejo.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido no Noroeste do Paraná, avaliando-se fontes de fósforo (Yoorin; Superfosfato Simples + Superfosfato Triplo e uma Testemunha, de novembro de 2002 a abril de 2003. A área constituiu-se de nove piquetes de 0,7 à 1ha. Foi aplicado o fósforo antes do plantio, 140 kg/ha de P'2'0'5', o nitrogênio e potássio (100 kg/ha do elemento), após o plantio, parcelado. Foram utilizados três animais testadores e mais os animais reguladores¸ sendo machos inteiros mestiços, manejados em lotação continua com carga variável. O acúmulo de massa seca e a taxa de acúmulo de massa seca/dia foram estimados entre a diferença do material colhido a cada 28 dias, do contido em gaiolas exclusoras e o da coleta de cinco amostras de forragem, ao acaso, em cada piquete. Para a avaliação do desempenho animal, foram usados novilhos cruzados, e pesados no início e cada 28 dias, com jejum de 12 horas no início e no fim do experimento. A carga animal (CA) foi obtida pelo soma dos pesos dos animais presentes no piquete, dividido pela área. CA média dividida pelo peso médio dos testadores forneceu o número de animais-dia/ha. O ganho médio diário (GMD), foi diferença dos testadores do peso inicial e final dividido pelo número de dias que os animais ficaram no pasto . O ganho de peso/ha (GPV) foi o produto GMD dos testadores pelo número de animais-dia/ha. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com três repetições.
RESULTADOS:
A taxa de acúmulo e o acúmulo de massa de forragem não apresentaram diferenças (P> 0,05) entre os tratamentos avaliados. Esses resultados encontrados, provavelmente podem ter sido influenciados por algum outro fator limitante, podendo ser considerado que a adubação fosfatada talvez não tenha sido o fator limitante de crescimento da forragem. Estes formam 202, 190, 203 e 237 e 28.255, 26.275, 28.615 e 23.350 kg/ha para a taxa e acúmulo de massa, respectivamente, nos tratamentos de com Yoorin, SFS+SFT e o testemunha. A taxa de produção de massa de forragem, independente, dos tratamentos pode ser considera boa, e se assemelha àquela encontrada por Cecato et al. (2001). Também o desempenho animal foi semelhante entre os tratamentos, entretanto apresentaram valores considerados bons, para um o capim Mombaça. O GMD foi de 0,89, 0,79 e 0,82 kg e 833, 801 e 645 kg/ha de peso vivo, respectivamente para com Yoorin, SFS+SFT e o testemunha. O testemunha foi similar no GMD aos demais porque a carga animal, embora numericamente, o GPV foi bem menor que os demais. O GMD e GPV podem ser considerados bons para esta espécie (Cecato, 2001) e dos resultados de Quinn et al. (1961) que com três doses de fósforo (0, 100 e 200 kg/ha) e 200 kg/ha de N, encontraram o GMD de 460, 490 e 490 gs, respectivamente, o aumento do fósforo proporcionou aumentos da CA e GPV por área.
CONCLUSÕES:
O uso da adubação fosfatada e das fontes de fósforo não influenciaram a taxa de acúmulo e acúmulo de massa de forragem e desempenho animal do capim Mombaça. Isto se deveu por ser o primeiro ano de utilização da área e a oferta de forragem foi mantida bem uniforme nos tratamentos com reflexos similares no valor nutritivo.
Instituição de fomento: FERTILIZANTES MITSUI S/A
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  CARGA ANIMAL; MASSA DE FORRAGEM; GANHO MÉDIO DIÁRIO.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004