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G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. Filosofia
UM NOVO MOVIMENTO NA ATIVIDADE DO PENSAR PARA A PRODUÇÃO DE CONCEITOS: UMA PROPOSTA NIETZSCHEANA
Anderson Bogéa da Silva 1   (autor)   marduk00@bol.com.br
Flávio Luis da Costa Freitas 1   (autor)   
Jeanilson Gomes de Jesus 1   (autor)   
Lucidélia da C. Cantanhêde da Silva 1   (autor)   
Ranieri Trancoso França 1   (autor)   
Susan Lucena Rodrigues 1   (autor)   
Maria Cristina Bunn 2   (orientador)    macbunn@terra.com.br
1. Departamento de Filosofia, Universidade Federal do Maranhão - UFMA
2. Depto. de Sociologia e Antropologia, Universidade Federal do Maranhão - UFMA
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem por objetivo apresentar um modelo de elaboração de conceitos, a partir do primeiro momento do pensamento nietzscheano, em particular nos seguintes textos: “O Nascimento da Tragédia” (1872); “Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-moral” (1873); e “Da Utilidade e Desvantagem da História para a Vida” (1874). A justificativa desta investigação consiste na busca por um outro movimento na atividade do pensar, em relação à tradição filosófica da Idade Moderna. Desta forma, enfocamos a crítica nietzscheana à tradição, partindo de categorias como: “descontinuidade” e “esquecimento”. A ação do esquecimento na construção de conceitos demonstra a contingência do nexo de causalidade no pensamento. E, por conseguinte a “descontinuidade” atua enquanto elemento possibilitador do processo criativo.
METODOLOGIA:
Tivemos como ponto de partida a leitura e discussão dos textos “O Nascimento da Tragédia”; “Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-moral”; e “Da Utilidade e Desvantagem da Historia para a Vida”, dos quais foram extraídas as categorias: “sensibilidade”, “movimento”, “esquecimento”, “descontinuidade”, usadas na construção do problema aqui exposto. Na leitura do texto “O Nascimento da Tragédia” apreendemos a importância da sensibilidade na produção de conceitos. No texto “Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-moral”, Nietzsche argumenta acerca da impossibilidade da universalização dos conceitos através da linguagem. Já no último dos três textos, trabalhamos categorias como “esquecimento” e “descontinuidade”, sendo a segunda decorrente da primeira, em função da quebra da noção de necessidade, característico ao conceito na Idade Moderna. Assim, utilizando-as no processo de rompimento com o modelo conceitual da tradição.
RESULTADOS:
A partir da primeira fase da filosofia nietzscheana foi possível encontrar um modelo conceitual distinto da tradição da Idade Média. A noção de conceito nietzscheana pode ser caracterizada pelos seguintes componentes: “esquecimento”, “descontinuidade”, “sensibilidade” e “movimento”. Destarte, estes quatro elementos são constituintes do pensamento do autor.
CONCLUSÕES:
Nossa investigação teve como ponto de apoio a elaboração de um modelo conceitual distinto daquele consolidado pela Idade média. O conceito na Idade Média pode ser definido como universal, sistemático e apodídico. Ao passo que, a proposta nietzscheana tem como propriedades as características já mencionadas. Nesse sentido, os resultados apresentados alcançaram o fim proposto.
Palavras-chave:  Esquecimento; Descontinuidade; Produção de conceitos.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004