| | F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 7. Economia Regional e Urbana | | | RELAÇÃO ENTRE EXPORTAÇÕES E PIB NO ESTADO DE ALAGOAS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS: COMO AS EXPORTAÇÕES TÊM INFLUENCIADO O CRESCIMENTO DO PIB ALAGOANO? | | | Agnaldo Gomes da Silva 1 (orientador) aagnaldogomes@uol.com.br | | Diogo Alves do Nascimento 2 (autor) diogo_econ@yahoo.com.br | | Lívia Catão Barbosa 3 (autor) liviacataofeehily@bol.com.br | | Marileide da Silva Roza 4 (autor) econimari@bol.com.br |
| | 1. Profº. Dr. do Deptº. de Economia, CCSA - Universidade Federal de Alagoas / UFAL | | 2. Acadêmico do Deptº. de Economia – Universidade Federal de Alagoas / UFAL | | 3. Acadêmica do Deptº. de Economia – Universidade Federal de Alagoas / UFAL | | 4. Acadêmica do Deptº. de Economia – Universidade Federal de Alagoas / UFAL |
| | INTRODUÇÃO:
A teoria macroeconômica apresenta a base teórica da influência das exportações e das importações no crescimento das economias. O modelo keynesiano básico de determinação da renda mostra que as exportações tendem a elevar o PIB pelo multiplicador dos gastos vezes o volume exportado, significando uma injeção de recursos na economia; já as importações tendem a reduzir o produto basicamente, pelo mesmo motivo. Já no modelo mais completo (sistema IS-LM), as funções exportações e importações podem ser expressas basicamente, da seguinte forma: X = f(Y*,θ); M = f(Y, θ), onde X = Exportações; M = Importações, Y* e Y = rendas(PIB) externa e interna, respectivamente, e θ = Taxa de câmbio real. Ainda assim, as implicações das exportações e das importações no PIB teriam os efeitos esperados descritos acima. A literatura avançou muito sobre os efeitos dessas variáveis no crescimento das economias. Já na década de 30 Harrod, com muita propriedade, apresentou o multiplicador do comércio exterior. Posteriormente, Kaldor e Thirlwall, principalmente este último, afirmaram que o crescimento das economias está diretamente relacionado ao seu volume de exportações e que, a comparação das elasticidades-renda das exportações e das importações são de fundamental importância para isso. Este trabalho busca comprovar estas afirmações para a economia alagoana, analisando, para isso, o comportamento das exportações e importações em relação ao crescimento do PIB. | | METODOLOGIA:
A análise está sendo feita com base em dados de exportações, importações e PIB. O cerne da análise é a comparação entre a evolução das exportações alagoanas – não apenas em termos de quantitativo físico ou financeiro, como também, em termos de mudança de pauta, com a evolução do PIB de Alagoas, de forma a tentar identificar e quantificar o peso que o comércio exterior tem sobre o crescimento do produto. O trabalho se utiliza das séries para o PIB, exportações e importações alagoanas em dólares, no período 1980-2002, cujas fontes são SECEX, IBGE, MDIC e SUDENE, para o PIB; Boletins do Banco Central do Brasil, SECEX e SUDENE, empresas exportadores, cais de porto de Maceió e demais órgãos representativos dos setores exportadores e importadores, para as exportações de Alagoas. Dado que as séries estão em dólares correntes, utiliza-se como índice para torná-las reais, WPI(Whole-Sale Price Index) americano. | | RESULTADOS:
Dentro do contexto apresentado, chegamos aos primeiros resultados do trabalho de pesquisa que vem sendo realizado para se verificar como o PIB de Alagoas esteve influenciado por seu comércio exterior nos últimos anos, ou mais precisamente, nas duas últimas décadas. De um modo geral observou-se que o PIB alagoano ficou oscilando entre a terceira e a quarta posição no PIB do Nordeste a partir de 1980, ao mesmo tempo em que suas exportações apresentaram fraco desempenho, com taxa de variação geométrica anual negativa de aproximadamente 1,6%, enquanto as importações cresceram aproximadamente 3% ao longo do período. Isso mostra uma tendência a um déficit comercial, assim como que Alagoas mantém uma dependência maior das importações do que das exportações. Outro estado que também apresenta estas características é Pernambuco, com taxas de variação geométricas semelhantes à alagoana, mas com taxa de crescimento do produto inferior a de Alagoas. O Maranhão é o estado que apresentou as maiores taxas de variação geométrica das exportações e importações, 20,3% e 17% respectivamente, apresentando também a melhor taxa de variação do PIB. | | CONCLUSÕES:
Apesar dos resultados ainda serem preliminares, parece mostrar uma tendência forte no sentido de que o desempenho do PIB está fortemente influenciado pelas exportações, principalmente em economias com um peso forte no setor exportador. Só para se ter uma idéia, quando se fez a comparação com os demais estados da região, os resultados, de um modo geral, as economias que apresentaram os piores desempenho do PIB também apresentaram fraco desempenho em seu comércio exterior. O trabalho está avançando. Obviamente que muitas outras considerações precisam ser feitas, porém, tal fato já serve como indicador de que as economias não devem perder “o bonde” da abertura, ou seja, da globalização, como meio de perseguir caminhos mais “concretos” de crescimento econômico. | | | | | Trabalho de Iniciação Científica | | | Palavras-chave: Crescimento; Exportações, Importações e PIB; Economia Alagoana. |
|
Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |