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G. Ciências Humanas - 9. Sociologia - 6. Sociologia Urbana
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DA POPULAÇÃO URBANA DE TOLEDO
Paulo Roberto Azevedo 1   (autor)   azevedo@unioeste.br
César de Oliveira 2   (autor)   ademirriedi@uol.com.br
Sandra Cristiana Kleinschmitt 3   (autor)   liz@unioeste.br
Marcelo Adriano Wathier 4   (autor)   marcelowathier@hotmail.com
Noeli Salete Fornari Borges de Carvalho 3   (autor)   noelybc@uol.com.br
Eduardo Lindomar Bregolato 2   (autor)   
1. Prof. Dr., do curso de C. Sociais, Univ. Est. do Oeste do Paraná - UNIOESTE
2. Graduando do curso de C. Sociais, Univ. Est. do Oeste do Paraná - UNIOESTE
3. Graduanda do curso de C. Sociais, Univ. Est. do Oeste do Paraná - UNIOESTE
4. Graduando do curso de C. Econ., Univ. Est. do Oeste do Paraná - UNIOESTE
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho é um levantamento de dados efetuado numa amostra populacional aproximativa composta por 400 domicílios situados na cidade de Toledo, este trabalho foi extraído a partir de uma pesquisa encomendada pela Associação Comercial e Industrial de Toledo (ACIT) que tinha por objetivo traçar o perfil do consumidor toledano. Após a realização da pesquisa, os dados foram lançados em um banco de dados onde foi feito o cruzamento entre diversas variáveis com o objetivo de traçar o perfil social e econômico da população toledana, dando ênfase ao grau de escolaridade em diversas escalas de idade nos possibilitando verificar como se comporta a população quanto ao ensino, inclusive as idades onde há maior índice de abandono. Foram também analisadas a faixa etária e renda, onde foi possível verificar a relação renda/idade, e a faixa etária com o tipo de ocupação.
O presente trabalho é relevante, pois nos possibilita verificar os principais fatos que levam certas faixas sociais à não conseguirem inserção no mercado de trabalho ou a não terem acesso a uma melhor renda. Identifica também, em que faixa escolar existe maior índice de abandono, possibilitando uma visão crítica sobre a questão social da cidade.
METODOLOGIA:
As entrevistas foram realizadas durante os meses de outubro e novembro de 2003 pela equipe de pesquisadores do Laboratório de Informações Sociais (LIS) do curso de Ciências Sociais vinculado ao Núcleo de Documentação e Pesquisa da UNIOESTE.
Sendo a unidade de amostra o domicílio, a amostragem moldurada foi aproximativa e computada na ordem de 400 unidades de observação, selecionadas com igual probabilidade de participação (método MIPSE). O recorte amostral foi posteriormente estratificado entre conglomerados residenciais (bairros) especificados pelo IBGE no senso 2000 e a quantificação das unidades de análise definidas proporcionalmente pelo tamanho do conglomerado.
A identificação das unidades de análise deu-se em duas fases: uma sistemática e outra aleatória. Num primeiro momento, sobre o mapa municipal, enumerou-se em seqüências de dez unidades os quarteirões por bairros, sabendo-se o número de unidades residenciais por bairro, a quantificação da amostra foi definida por representação proporcional. Obtendo-se o número de unidades de análise (residências), estas foram vinculadas aos quarteirões pré-selecionados.
A caracterização por classe foi definida a partir da posse de um ou mais equipamentos ou empregados no domicílio, seguindo critérios definidos pela Associação Brasileira de Anunciantes e pela Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado, In fogaça 2000.
RESULTADOS:
A média por domicílios atingiu 3,48 indivíduos, o que demonstra uma composição familiar pouco numerosa, com faixa etária média de 30 anos, sendo uma população predominantemente jovem.
No quesito escolaridade os dados demonstram que: 99% das crianças entre 7 e 10 anos estão entre o básico e o intermediário, de 5ª a 8ª séries. Entre as crianças na faixa etária de 11 e 14 anos, 87% distribuem-se entre 5ª e 8ª séries e ensino básico completo, porém o grau de atraso escolar apresenta-se na ordem de 7%. O atraso é acrescido no decorrer do avanço escolar, demonstrando que 27% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda permanecem entre 5ª e 8ª séries. A situação fica mais agravada quando 20% da população entre 18 e 24 anos provavelmente permanecem entre o ensino básico e 5ª a 8ª séries completo, mais de 19% destes jovens ainda não concluíram o ensino médio. Com respeito à faixa etária entre 25 e 34 anos, 55% da população neste intervalo não concluiu o ensino médio.
O trabalho infantil é pouco proeminente, embora não erradicado. A ocupação intensifica-se a partir dos 18 anos, atingindo o auge entre 25 a 35 anos, os jovens de 18 a 24 anos são os que recebem os menores salários, as faixas de renda multiplicam-se entre 25 e 34 anos atingindo o patamar mais elevado na fase adulta, entre os 44 e 45 anos de idade.A maior diversificação do trabalho ocorre entre os 25 e 34 anos. O aumento do trabalho por “conta própria” pode ser um indicativo do crescimento da informalidade do trabalho.
CONCLUSÕES:
Como já mencionado, a unidade de analise para fins desta pesquisa foi o domicilio, não obstante foram levantadas um conjunto de informações de caráter individual aos membros residentes nos domicílios contemplados pela amostragem.
A princípio pode-se concluir que Toledo é uma cidade jovem, com população jovem, com idade economicamente ativa, composta predominantemente por famílias com pequeno número de filhos. Com renda média basicamente situada entre um a cinco salários mínimos, distribuídos em sua maioria entre as classes C e D.
A nível escolar, até quatorze anos de idade a população é muito bem atendida, quase em sua totalidade. O trabalho infantil é pouco explorado. É entre os jovens a partir dos quinze anos de idade que a educação passa a sofrer um estrangulamento. Nesta fase ocorre um considerável índice de abandono escolar, sendo nítida uma cisão entre os jovens que seguem para a universidade e outros que desistem durante ou após concluírem o ensino médio.
Instituição de fomento: Fundação Universitária de Toledo
Palavras-chave:  Toledo; População; Dados sócio-econômicos.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004