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A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 10. Geociências
COMPORTAMENTO DA RADIAÇÃO UV-B: VARIAÇÕES DIÁRIAS, MENSAIS E SAZONAIS, PARA CAMPO GRANDE - MS
Yara de Souza Tadano 1   (autor)   Graduanda / yaratadano@hotmail.com
Hamilton Germano Pavão 1   (orientador)   Prof. Dr. / pavao@newton.dfi.ufms.br
1. Depto. de Física, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
INTRODUÇÃO:
A radiação Ultravioleta é a radiação correspondente à banda do invisível e é dividida em três faixas espectrais, radiação UV-A , de 320 a 400nm, UV-B de 280 a 320nm e UV-C de 100 a 280nm.
A radiação UV-B é a de maior efeito sobre a população humana, sendo então, importante estudar o seu comportamento ao incidir na superfície terrestre a fim de alertar a população dos riscos causados por ela.
Para a maior compreensão da população, a comunidade científica definiu um parâmetro, chamado índice Ultravioleta (IUV), que pode ser usado como indicador para a exposição a esta radiação.
A exposição a este tipo de radiação pode ser benéfica, ajudando a melhorar a sensação de bem estar físico e mental, estimular a circulação sanguínea periférica, elevar a capacidade de formação da hemoglobina, prevenir e curar o raquitismo, melhorar o tratamento da psoríase (doença de pele) e de certas infecções cutâneas e estimular a produção de melanina; porém dependendo do tempo e freqüência de exposição e a intensidade da radiação, pode se ter efeitos prejudiciais à saúde dos organismos. No homem, por exemplo, pode causar fotoqueralites, fotoconjuntivites, debilitação do sistema imunológico, cataratas e câncer de pele.
Este trabalho apresenta um estudo do comportamento da radiação solar Ultravioleta B na superfície da Terra utilizando um Biômetro (UV- Biometer) modelo 501 instalado no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na cidade de Campo Grande - MS.
METODOLOGIA:
Foram determinados os índices da radiação solar UV-B, utilizando-se os dados do Biômetro (UV - Biometer) modelo 501, com os quais se pôde estudar as variações diárias, mensais e sazonais da radiação UV-B.
O princípio de detecção do Biômetro funciona da seguinte forma: a radiação UV-B, que passa por um filtro, excita o fósforo dentro do detector. A luz visível emitida pelo fósforo é detectada pelo diodo GaAs, (Arseneto de Gálio); a corrente produzida pelo diodo GaAs é então amplificada e convertida para freqüência dentro do detector, sendo que a temperatura do detector também é convertida em freqüência. A freqüência significativa do detector é transmitida para o gravador (data logger) que decodifica e processa os valores da radiação UV-B e a temperatura.
Através do comportamento diário, é possível se verificar os horários do dia em que a radiação UV-B é mais intensa. É possível perceber a diferença entre os índices de radiação Ultravioleta que incide na superfície Terrestre em dias claros e chuvosos através da análise dos gráficos que indicam as variações mensais, bem como através da comparação entre dois gráficos que mostram a variação diária. Também se pode verificar a influência das nuvens e da queimada através das variações diárias.
A variação sazonal mostra a diferença na radiação incidente na superfície da Terra para as diferentes estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno, sendo que no verão a incidência de radiação é maior do que nas outras estações.
RESULTADOS:
Através dos dados obtidos pelo Biômetro no campus da UFMS em Campo Grande, pode se verificar que a dose de radiação UV-B possui valores máximos em torno do meio dia local de aproximadamente 4 MED nos meses de verão e 1,8 MED nos meses de inverno e valores mínimos ao amanhecer e ao entardecer de aproximadamente 1 MED nos meses de invernos e 0,5 MED nos meses de inverno. Ao meio dia local, a atenuação feita pela atmosfera é da ordem de 90% menor em relação ao nascer do sol, o que está diretamente relacionada com a espessura óptica.
CONCLUSÕES:
Através das análises dos gráficos que mostram as variações diárias, verifica-se que ao meio dia local a radiação Ultravioleta incidente na superfície da Terra possui o seu valor máximo. Os gráficos que mostram as variações diárias mostram que há uma grande variação no índice de radiação Ultravioleta que chega na superfície Terrestre, mostrando que em dias de céu claro a radiação é mais intensa do que em dias nublados ou chuvosos.
É possível verificar, através do gráfico da variação sazonal, que os meses de verão são aqueles em que a radiação é mais intensa, sendo assim, a mais perigosa do ano. Os meses de inverno mostram o menor índice de radiação do ano.
Instituição de fomento: UFMS
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Ultravioleta; Radiação UV-B; Biômetro.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004