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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
EFEITOS DE UM PROGRAMA EDUCACIONAL SOBRE POSTURA SENTADA PARA ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO LONGITUDINAL
André Rocha Zapater 1   (autor)   andrezapa@yahoo.com.br
Duani Moraes Silveira 2   (autor)   -
Alberto de Vitta 3   (orientador)   afdevitta@yahoo.com.br
Carlos Roberto Padovani 4   (co-orientador)   
1. Pós-Graduando do Depto de Desenho Industrial, Fac. de Arquitetura, Artes e Comunicação - UNESP/Bauru
2. Fisioterapeuta - USC/Bauru
3. Prof. Dr. do Curso de Fisioterapia e do Mestrado em Saúde Coletiva - USC/Bauru
4. Prof. Titular do Instituto de Bioestatística - UNESP/Botucatu
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: No Brasil, de acordo com o Censo escolar 2000, 35.717.948 matrículas foram efetivadas no ensino fundamental, 8.192.948, no ensino médio, e 3.140.830, na educação de jovens e adultos. Esse público é um aliado importante para a concretização de ações de promoção da saúde voltadas para o fortalecimento das capacidades dos indivíduos, para a tomada de decisões favoráveis à sua saúde e à comunidade e para a consolidação de uma política intersetorial voltada para a qualidade de vida. Sendo assim, criar momentos de debates sobre fatores desfavoráveis à saúde presentes nas realidades dos alunos e das comunidades escolares é fundamental para a construção de uma nova cultura de saúde. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia de um programa de educação sobre o conhecimento relacionado à postura sentada de estudantes da 1ª série do ensino fundamental, de uma escola estadual, particular e municipal, da cidade de Bauru, em quatro momentos de avaliação (pré-teste, pós-teste, seis meses e dose meses após o término do programa educacional).
METODOLOGIA:
METODOLOGIA: Para tal 53 alunos, 22 da escola municipal, 13 da particular e 18 da estadual, foram avaliados (pré-teste) sobre os conhecimentos relativos às posturas sentadas, e em seguida aplicado um programa de educação sobre o tema, composto de aulas expositivas, técnicas de demonstração e feed-back, além de um programa de reforço durante as aulas regulares pelas professoras. Foram realizadas reavaliações dos conhecimentos após uma semana (pós-teste), seis e doze meses do término do programa. Para a análise das medidas descritivas das freqüências de erros segundo respectivos momentos de avaliação e tipo de escola, utilizou-se a técnica não-paramétrica da análise de medidas repetidas, considerando três grupos de estudo e quatro momentos de avaliação, complementada com os respectivos testes de comparações múltiplas.
RESULTADOS:
RESULTADOS: Como resultados observou-se que: 1) Analisando-se a comparação dos grupos fixando o momento de avaliação (representado estatisticamente pela letra minúscula), observa-se que no momento 1, ocorreu diferença estatisticamente significante, revelando que a escola municipal apresentou a menor freqüência de erros (Md = 5,5), em relação a particular (Md = 8) e a estadual (Md = 8). Nos momentos 2 e 3 de avaliação, não houveram diferenças significativas entre as escolas. No momento 4 ocorreu diferença estatisticamente significante, mostrando que a escola estadual apresentou maior números de erros (Md= 7) em relação a particular (Md= 6) e municipal (Md= 5); 2) Na comparação dos respectivos momentos de avaliação, dentro de cada escola, verificou-se que a escola municipal apresentou diferença estatisticamente significante, obtendo uma melhora de suas medidas do momento 1 (Md= 5,5) para os momentos 2 (Md= 4) e 3 (Md= 4) e, apresentando um leve aumento da freqüência de erros no momento 4 (Md= 5). Na escola particular ocorreu diferença estatisticamente significante, na direção de uma diminuição no número de erros nos momentos 2 (Md= 4), 3 (Md= 5) e 4 (Md= 6), em comparação com o momento 1 (Md= 8). A escola estadual apresentou diferença estatisticamente significante, mas na direção de aumento no número de erros, principalmente, do momento 3 (Md= 3) para o momento 4 (Md= 7).
CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES: Conclui-se que, principalmente, nas escolas municipal e particular, houve diminuição do número de erros do momento 1 para o 2 e, após seis e doze meses houve manutenção dos conhecimentos dos escolares a respeito da postura sentada, em todas as escolas. Considerando esses pontos, pode-se afirmar que o programa de ensino proposto favorece a aprendizagem de conteúdos relacionados à postura sentada. No entanto, não é possível afirmar se tais conhecimentos estão sendo aplicados pelos alunos nas suas situações escolares e diárias, ou seja, se mudaram seus hábitos posturais.
Instituição de fomento: FAPESP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Postura sentada; Programa educacional; Escolares.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004