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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
SAÚDE MENTAL NO PSF: AÇÕES INSATISFATÓRIAS
Ingrid Bezerra Costa 1   (autor)   ingridbezerra@bol.com.br
Ana Patricia Pereira Morais 1   (orientador)   moraisana@uol.com.br
Maria Salete Bessa Jorge 1   (co-orientador)   
Jakeline Aires Forte 1   (colaborador)   
Amanda Silva Rodrigues 1   (colaborador)   
1. Universidade Estadual do Ceará
INTRODUÇÃO:
Com a instauração processo de Reforma Sanitária no Brasil é perceptível o desenvolvimento de políticas de saúde visando à assistência integral à saúde da população. Algumas mudanças no perfil epidemiológico do país revelam a intensa inovação de ações na Atenção Básica que repercutiram em várias áreas. Na área de saúde mental ocorreram transformações conceituais e operacionais, reorientando-se o modelo historicamente centrado na referência hospitalar por um novo modelo de atenção descentralizado e de base comunitária. Incorporar ações de saúde mental na Atenção Básica através de Programas como de Saúde da Família/PSF e Agentes Comunitários de saúde/PACS, contribuirá para solidificar o novo modelo, oferecendo melhor cobertura assistencial aos agravos mentais e maior potencial de reabilitação psicossocial à população.
METODOLOGIA:
O presente trabalho constitui-se de resultados preliminares da pesquisa "Saúde Mental no PSF: ações e impactos na promoção da saúde dos clientes", desenvolvida pelo grupo de pesquisa Saúde Mental, Família e Práticas de Saúde da UECE. Neste estudo procurou-se identificar e avaliar a organização dos serviços de saúde no PSF em sua interface com a saúde mental. Passados oito anos da implantação do PSF no país, necessita-se por esse motivo de estudos que avalie o processo. Acredita-se que o PSF e a Saúde Mental têm apresentado novas formas de cuidado ao processo de adoecer humano, produzindo novas tecnologias e respostas. Indaga-se o quanto estas novas formas de cuidar estariam possibilitando efetivas ações que promovam a saúde mental? Trata-se de um estudo avaliativo, descritivo, com interpretação de dados quantitativos e qualitativos, a partir da estatística descritiva e de inferência, e a técnica de análise de conteúdo. Amostra composta de equipes do PSF de cinco municípios localizados no estado do Ceará, consta de 1549 usuários, sendo análise preliminar feita com 910 usuários , 78 profissionais de equipe e 17 gerentes de unidade. Foram utilizados formulários com perguntas abertas e fechadas, entrevistas semi-estruturadas, observação direta e diário de campo.
RESULTADOS:
Na ótica da organização dos serviços de saúde o estudo identificou nas ações do PSF carência de recursos infra e supra-estruturais para desenvolver ações de saúde mental, 29,5% dos profissionais desconhecem as ações de saúde mental desenvolvidas pelas equipes, apenas 0,8% dos profissionais fazem encaminhamento para serviços substitutivos tipo CAPS, existem poucas e confusas práticas de educação consideraram insatisfatória para saúde, os usuários desconhecem a estratégia e a lógica do programa e a qualidade dos serviços do PSF em relação à saúde mental.
CONCLUSÕES:
E ainda, conclui-se que a gerência atua de forma desarticulada com o campo da saúde mental, demonstra falhas de intersetorialidade que comprometem a qualidade dos serviços do Programa Saúde da Família – PSF.
Instituição de fomento: ministério da saúde e FUNCAP
Palavras-chave:  Saúde Mental; Atenção Básica; Intersetorialidade.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004