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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
ANÁLISE COMPARATIVA DO GANHO DE FLEXIBILIDADE DOS MÚSCULOS ÍSQUIOS-TIBIAIS ENTRE HOMENS E MULHERES SAUDÁVEIS
Túlio Oliveira de Souza 1   (orientador)   tulio@dep.ufscar.br
Zenewton André da Silva Gama 1   (autor)   zenewtongama@hotmail.com
Alexandre Vinícyus Ribeiro Dantas 1   (autor)   alexandrevinicyus@hotmail.com
Carlos Alexandre de Souza Medeiros 1   (autor)   casmedeiros@bol.com.br
Débora Carla Mateus de Oliveira Sousa 1   (autor)   -
Edja Bonifácio do Nascimento e Silva 1   (autor)   -
Saionara Maria Aires da Câmara 1   (autor)   -
1. Depto. de Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
INTRODUÇÃO:
O ciclo hormonal da mulher e outros fatores intrínsecos relacionados ao sexo podem influenciar na flexibilidade muscular (CHAVES et al. 2002). A relação entre os efeitos do alongamento muscular em cada sexo, entretanto, não é bem conhecida. Desta forma, a proposta deste estudo foi o de comparar o ganho de flexibilidade dos músculos ísquios-tibiais entre homens e mulheres. Objetivou-se também investigar os ganhos imediatos (logo após o alongamento) de Amplitude Articular de Movimento (AAM) e os ganhos tardios (depois das dez intervenções). Ainda se propôs verificar qual grupo atingia mais rapidamente um ganho significativo de flexibilidade muscular.
METODOLOGIA:
Dezessete sujeitos, jovens, não atletas e destituídos de patologias ósteo-musculares, vasomotoras e cardíacas, foram distribuídos quanto ao sexo em dois grupos. Os grupos masculino (N=8; 18-23 anos) e feminino (N=9; 18-26 anos), que apresentavam a mesma amplitude de extensão do joelho antes do experimento (p=0,83), foram submetidos à manobras de alongamento. A intervenção foi realizada dez vezes, uma vez por dia com um intervalo de dois dias entre a quinta e sexta sessão. A técnica utilizada foi a de sustentar-relaxar precedida por 5 minutos de aquecimento em bicicleta estacionária. As medições eram realizadas todo dia imediatamente antes e depois do alongamento. Utilizou-se uma prancha acoplada a um sistema de goniometria para análise do ângulo de extensão do joelho, com o quadril estabilizado em 90º com a superfície (FARIA & QUEIROZ, 2001). A manobra de alongamento foi previamente treinada e realizada por dois pesquisadores em rodízio. A medição foi realizada apenas por um terceiro pesquisador para evitar variação inter-examinador.
RESULTADOS:
Para a análise estatística os dados foram submetidos ao teste t de student. O grupo dos homens apresentou um ganho médio de 11º (p<0,05) e o das mulheres 16,2º (p<0,01) relativo a um aumento significativo da AAM após 10 intervenções. Quando foi comparado o ganho de AAM nos dois grupos percebeu-se uma igualdade (p=0,12). Em relação ao ganho imediatamente após a manobra de alongamento o grupo dos homens teve uma média de 5,3º e as mulheres de 5,6º. O grupo dos homens atingiu um ganho significativo de AAM na oitava sessão (p<0,05) e o das mulheres na terceira sessão (p<0,05).
CONCLUSÕES:
Pode-se concluir que homens e mulheres têm um ganho significativo de flexibilidade dos ísquios-tibiais em 10 sessões de alongamento. Observa-se também que nesse período, os homens obtêm um ganho de flexibilidade muscular semelhante ao das mulheres em dez sessões de alongamento. O ganho de AAM imediatamente após o alongamento também é igual. Porém, a velocidade em que ambos os grupos ganham flexibilidade diferem, pois as mulheres tiveram um ganho significativo na terceira sessão e os homens na oitava sessão.
Palavras-chave:  Flexibilidade; Fisioterapia; Ísquios-Tibiais.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004