IMPRIMIRVOLTAR
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação
DEMOCRACIA: DISSENSOS E CONSENSOS NA CONSTRUÇÃO DA CULTURA DEMOCRÁTICA
ODORICO FERREIRA CARDOSO NETO 1   (autor)   odoricoedeise@uol.com.br
1. FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG
INTRODUÇÃO:
Ocupei-me no desenvolvimento da pesquisa em apresentar uma discussão cujo primeiro objetivo foi compreender o sentido da democracia, tendo como pressuposto a análise da sociedade em vista de suas possibilidades democráticas. Um segundo objetivo foi compartilhar a necessidade de se compreender a democracia, os processos de democratização do mundo contemporâneo e a necessidade do homem de desvencilhar-se da razão subjetiva que sufoca sua criatividade, sua lucidez e o deixa se vencer pela falta de estranhamento com a barbárie.
METODOLOGIA:
Trata-se de uma abordagem qualitativa, que utilizou o procedimento metodológico de revisão bibliográfica. O objeto de estudo foi delimitado a uma investigação que se baseou na compreensão de que a democracia só acontece, só se estrutura e só se solidifica como realidade social inseparável de uma “totalidade dinâmica, ou seja, como uma unidade de complexidade e processualidade” (Lukács, 1979, p.36).
RESULTADOS:
Um novo desenho democrático para a educação e para a escola está a caminho, baseado na autonomia individual e coletiva. O caminho trilhado deve ser da descoberta, da razão e da história criativa, arquitetada na diversidade, na pluralidade, na contradição, na excelência do diálogo lapidado na agorá do dissenso e conquistada no cultivo da reflexão. Reflexão composta como crítica, contestação, autonomia e liberdade. Assumir a educação e a escola, sob a ótica da democracia, é propor-se pensar a sociedade e o seu processo de formação por meio de uma atitude radical, evocada pela possibilidade real de participação.
CONCLUSÕES:
O tempo do homem moderno deveria ser medido por sua capacidade de associar, opinar e dedicar-se às questões políticas ligadas, umbilicalmente, à sua decisão de autoformar-se e auto-instruir-se como cidadão consciente de suas responsabilidades e possibilidades. A combinação da democracia direta com a representação é radicalmente estimulada pela luta entre o novo e o velho. O primeiro representado pela revolução científico-tecnológica – legitimadora de decisões públicas de caráter estratégico. O segundo representado pelo Estado patrimonial e clientelista que luta pela manutenção do “estado das coisas”, não dando chance para que se possa achar o caminho no labirinto da ignorância, do individualismo e na falta de perspectiva para se produzir uma outra realidade geradora de um futuro de liberdade e igualdade.
Palavras-chave:  democracia; autonomia; educação.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004