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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 14. Ensino Superior
AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO EM PESQUISA SEGUNDO ALUNOS DE UM CURSO DE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE
Mariane Marques de Souza Santos 1   (autor)   marianefj@yahoo.com.br
Gutiere Cardoso de Lima 1   (autor)   gutiere83@hotmail.com
Ivna Ariane Silva Santos 1   (autor)   ivnariane@hotmail.com
Tatiana Cardoso Andrade 1   (autor)   tatiana-cardoso@bol.com.br
Maria Benedita Lima Pardo 1   (orientador)   pardomb@infonet.com.br
1. Departamento de Psicologia, Universidade Federal de Sergipe- UFS
INTRODUÇÃO:
A pesquisa científica, função universitária que merece especial atenção no presente trabalho, é um patrimônio cultural, social e econômico muito importante enquanto produtora de conhecimentos que geram as principais mudanças que ocorrem no mundo moderno, propiciando cada vez mais o seu desenvolvimento. Considerando que, parte do contingente de profissionais formados pela Universidade segue a carreira de pesquisador, encaminhando-se para cursos de pós-graduação no nível de Mestrado e, posteriormente, doutorado, faz-se necessário, então, que os cursos de graduação forneçam uma base adequada para a formação científica do aluno. Por outro lado, a avaliação de como esta formação está se desenvolvendo no decorrer do próprio curso de pós-graduação é de grande relevância para o seu aperfeiçoamento. A presente pesquisa teve por objetivo analisar como alunos do curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Sergipe avaliavam sua formação em pesquisa, considerando a experiência que tiveram na graduação e no próprio curso de mestrado.
METODOLOGIA:
Foi aplicado um questionário a 13 alunos do Curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Sergipe, correspondendo a 81,75% dos alunos regularmente matriculados neste curso, nos anos de 2001 e 2002. Os dados foram analisados da seguinte forma: para as questões fechadas foram tabuladas as freqüências das respostas para cada categoria prevista e calculada sua porcentagem de ocorrência. As respostas às questões abertas foram submetidas a análise de conteúdo e agrupadas em categorias por similaridade, e também calculou-se a freqüência e a porcentagem de ocorrência dessas categorias. Na questão em que os mestrandos avaliavam o domínio que tinham sobre cada uma das etapas de realização da pesquisa, a análise de dados foi realizada do seguinte modo: atribuiram-se pesos decrescentes aos conceitos “excelente”, “muito bom”, “bom”, “regular” e “ruim”, que poderiam ser escolhidos como resposta a cada uma das etapas de pesquisa analisadas, dividindo-se o resultado obtido pelo número de etapas que o mestrando teve oportunidade de participar. Desse modo, obteve-se um resultado quantitativo que representava a localização do participante numa escala cuja pontuação máxima era 10.
RESULTADOS:
Os resultados indicaram que a maioria dos participantes (61,54%) tiveram algum tipo de experiência em pesquisa na graduação. Além disso, pôde-se perceber que a experiência em pesquisa na graduação parece ter contribuído significativamente para o desempenho das tarefas na pós-graduação, já que 87,5% dos mestrandos consideraram tal experiência relevante. Os 5 participantes que ingressaram mais cedo no mestrado (38,46%), após 1 ou 2 anos de formados, tiveram bolsa de Iniciação Científica durante a graduação. Além disso, dos 3 mestrandos que tinham bolsa, dois deles haviam tido bolsa de Iniciação Científica na graduação. Vale ressaltar ainda que a maioria dos respondentes avaliou positivamente seu domínio sobre as etapas de realização da pesquisa, o que pode ser verificado através da média geral de pontos – 7,7 – obtida em tal questão. Os participantes também apresentaram sugestões visando a melhoria de sua formação no mestrado. Dentre elas destacaram-se as relacionadas aos recursos materiais (56,25%), ao processo de ensino-aprendizagem (18,75%) e a mudanças no próprio curso (18,75%).
CONCLUSÕES:
Diante dos resultados obtidos, pôde-se constatar que a maioria dos alunos, uma vez que possuíram experiência em pesquisa na graduação, consideraram a mesma relevante como apoio ao trabalho de mestrado. Segundo esses mestrandos, as principais contribuições dessa experiência diziam respeito à aprendizagem relacionada às etapas de realização da pesquisa. Ainda que a maioria dos participantes tenham avaliado o domínio sobre cada uma das etapas de realização da pesquisa como “muito bom”, houveram sugestões relacionadas a melhorias a serem introduzidas no processo de ensino-aprendizagem visando a relação professor-aluno. Os resultados apresentados por este grupo revelaram que há espaço para o aumento da abrangência da formação em pesquisa na graduação e para o aperfeiçoamento da mesma no curso de pós-graduação. A sistematização e divulgação dessas informações pretendem fornecer subsídios para a Coordenação de Curso e para as políticas de pós-graduação da Universidade.
Instituição de fomento: FAP/SE
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Pesquisa; Graduação; Pós-graduação.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004