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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia
DESIGUALDADES EM MATO GROSSO: ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS ÍNDICES - O IDH E O ÍNDICE SÓCIO SANITÁRIO.
Rafaela Moreira Soares 1   (autor)   rafinhams@terra.com.br
Beatriz Fenner Costa 2   (autor)   beatrizfennercosta@bol.com.br
Cláudia Parente Cherin 3   (autor)   claudinhapc@bol.com.br
João Henrique G. Scatena 4   (autor)   jscatena@terra.com.br
1. Graduanda da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
2. Graduanda da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
3. Graduanda da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
4. Prof. Dr. do Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
INTRODUÇÃO:
Na busca de padronização de terminologia, a Epidemiologia tem utilizado o termo Índice para aqueles indicadores compostos, construídos por meio de escala de pontos ou pela somatória de seus componentes. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um deles, congregando Renda, Escolaridade e Expectativa de Vida. Em 1998, para classificar os municípios de Mato Grosso e na impossibilidade de utilização do IDH, foi elaborado o Índice Sócio Sanitário (ISS), composto por seis indicadores: Percentual de Pobreza, Baixa Instrução, Contrapartida Financeira para a Saúde e Coberturas Vacinal, de Pré-Natal e do SINASC, os quais eram somados após sua transformação em uma escala de 0 a 100.
Com a realização desse trabalho buscamos analisar a evolução desse Índice de 1996 a 2002 investigando a melhoria nos serviços de saúde e em qual (quais) dos seis índices houve mudanças significativas, bem como comparar o ISS de 2002 com o IDH do ano 2000 dos municípios.
METODOLOGIA:
Foram estudados 16 municípios do Estado de Mato Grosso, de distintos portes e localizações, cujos Índices foram calculados a partir de dados do IBGE, DATASUS, SIOPS, SINASC e SI-PNI. O IDH desses municípios foi obtido no site www.undp.org.br .
RESULTADOS:
Comparando-se o Índice Sócio-Sanitário de 1996 com o de 2002 observou-se uma expressiva melhora, principalmente em detrimento da redução do Percentual de Pobreza e de Baixa Instrução. A amplitude do Índice reduziu-se de 64,2 para 44,9 revelando uma diminuição das desigualdades entre os municípios. Os seis indicadores que compõem o Índice tiveram seus limites inferiores elevados, refletindo uma melhoria global de nível sócio sanitário. Comparando-se o ISS com o IDH observou-se forte correlação positiva (r = 0,92). A reta que representa essa associação é expressa por Y = 53,25 + 0,37 X, indicando que a cada unidade que se eleva do ISS, aumenta-se 0,37 no IDH (x 100).
CONCLUSÕES:
O Índice adotado mostrou-se bastante satisfatório para a classificação dos municípios e principalmente para a identificação de desigualdades. Ao apresentar forte correlação positiva com o IDH ele se sobressai como uma alternativa para os municípios, talvez com algumas vantagens, ao incorporar indicadores de política sanitária e de serviços de saúde.
Instituição de fomento: Universidade Federal de Mato Grosso
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Índice Sócio Sanitário; IDH; Desigualdades.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004