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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
(IN)CONSISTÊNCIA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA CONSTRUÇÃO DE INDICADORES DE MALÁRIA.
Fernanda Marcio 1   (autor)   fernandamarcio@bol.com.br
Lídia Pitaluga Pereira 1   (autor)   lidpitper@zipmail.com
Noemi Dreyer Galvão 2   (autor)   sino@terra.com.br
Edna Massae Yokoo 1   (autor)   eyokoo@terra.com.br
Marina Atanaka dos Santos 1   (autor)   slc@terra.com.br
1. Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
2. Pós-graduação do Instituto de Saúde Coletiva - UFMT e SES/MT
INTRODUÇÃO:
Malária em Mato Grosso (MT) é uma doença endêmica. Em 1998, 75,11% do total dos casos de malária em MT estavam concentrados em 20 municípios do Estado. Estes municípios foram selecionados para o Plano de Intensificação de Controle da Malária na Amazônica Legal (PIACM) em 2000. As informações sobre malária estão em diversos sistemas de informação (SI) do SUS, contribuindo para construção de indicadores e tomada de decisão para ações de controle. Os objetivos do presente trabalho foram verificar os registros de morbimortalidade de malária nos diferentes SI, as (in)consistências existentes e avaliar o comportamento dos indicadores.
METODOLOGIA:
Utilizaram-se dados secundários por residência do SISMAL, SINAN, SIH e SIM do período de 1998 a 2002 dos municípios do PIACM/MT. O registro de casos, óbitos e internações nos SI e suas (in)consistência foram manipulados no Tab Win e Excel.
RESULTADOS:
Nos 5 anos estudados, de acordo com o SISMAL, houve uma redução de 25,9% no IPA e 86,4 % dos casos de falciparum. No SIH, verificou-se uma redução de 31,6% das internações e o CM por Malária (SIM), que em 1998 era de 2,7 por 100.000, em 2002 foi de zero. Observou-se que mesmo com um SI oficial de malária (SISMAL), 45 % dos municípios prioritários notificaram no SINAN e nenhum destes coincidem com os casos registrados no SISMAL. Em relação ao SIH, destaca-se o município de Vila Bela de S. Trindade que no ano de 2001 registrou no SISMAL 15 casos e no mesmo ano internou 38 pacientes com malária (SIH). No período estudado, há uma relação de 17 casos de malária por cada internação e 104 internações por cada óbito. De 1998 a 2002, verificou-se que 91,8% dos registros de internação e 30% dos óbitos devidos à malária são não especificadas (NE).
CONCLUSÕES:
Constata-se que os modelos vigentes de SIs não facilitam a construção dos indicadores epidemiológicos para o controle da endemia, devido à maioria das informações coletadas em cada um serem diferentes, e principalmente pela inconsistência dos registros do SISMAL em relação aos outros SIs que têm alguma informação em comum.
Instituição de fomento: CNPq- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Trabalho de Iniciação Científica
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Sistema de informação; Indicadores; Malária.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004