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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Eliana Trevisan 1, 2   (autor)   MSc . / trevisan@icablenet.com.br
1. Professora do Curso de Fisioterapia, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
2. Fisioterapeuta do Setor de Neurologia Infantil da Associação Santa Catarina de Reabilitação - ASCR
INTRODUÇÃO:
) No presente estudo, temos como tema Dados epidemiológicos de crianças com paralisia cerebral, pautados pelo objetivo de construir o perfil clinico-epidemiológico e sócio-demográfico das crianças atendidas na Associação Santa Catarina de Reabilitação. Estes dados nos mostraram a realidade local, o que tem importância fundamental para a proposição de ações de saúde.
METODOLOGIA:
) A população de estudo foi constituída pelo conjunto de crianças portadoras de paralisia cerebral (PC) e que não apresentam comprometimento mental, que freqüentaram ou freqüentam a Associação Santa Catarina de Reabilitação (ASCR) e que foram admitidas na Instituição no período compreendido entre 1992 e 1997, bem como crianças residentes na Grande Florianópolis, que foram avaliadas pela equipe multiprofissional. Definiu-se este período porque os prontuários anteriores a esta época foram destruídos devido a uma inundação ocorrida em 1992, na Instituição. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo e comparativo das crianças portadoras de Paralisia Cerebral (PC) no período de janeiro de 1992 a dezembro de 1997, residentes na Grande Florianópolis, abrangendo características quantitativas. Como fonte de dados foram utilizados prontuários disponíveis na Associação Santa Catarina de Reabilitação, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e situada em Florianópolis.
RESULTADOS:
A Associação Santa Catarina de Reabilitação apresentou, para o período estudado noventa e sete prontuários, dos quais foram retirados dados de natureza quantitativa e obteve-se como resultado a predominância de PC associada à deficiência física numa proporção de 88%. A localização da seqüela motora se apresentou com 39% para diparesia, 32% para hemiparesia e 29% para quadriparesia, sendo considerado um grau leve para 71% e severo para 29%. As características sócio-demográficas se expressaram em 46% da população estudada oriundas de Florianópolis, 31% para os municípios que compõem a Grande Florianópolis e 23% às demais localidades. A renda familiar predominante foi de até 3 salários-mínimo sendo que 26% não apresentavam este dado em prontuário que tanto pode ser por falha no preenchimento como por omissão da informação no momento da avaliação. As famílias, em sua maioria, são compostas por 4 membros e encontramos 57% das crianças com PC freqüentando a Rede Regular de Ensino.
CONCLUSÕES:
Concluímos, portanto, que como centro de referência para a assistência das pessoas com paralisia cerebral, os dados que mostraram que a Associação Santa Catarina de Reabilitação atende na sua maioria a população da Grande Florianópolis (77%), sendo os 23% restantes distribuídos por outros municípios do Estado de Santa Catarina; pela análise da renda familiar, que se pode observar que 47% dos pesquisados encontram-se na faixa de até 3 salários-mínimos; que as famílias compostas por quatro membros, predominam por cerca de 48% na população em estudo; as crianças, apesar de todas as dificuldades encontradas, estão freqüentando, em sua maioria, (57%), a rede regular de ensino, o que significa o resultado do trabalho conjunto entre saúde e educação isto significa que esta parcela da população apresenta características específicas de sua lesão numa variação das proporções para cada item quanto às características clínico-epidemiológicas e no que tange as características sócio-demográficas os dados estão dentro da média da população em geral.
Palavras-chave:  Paralisia cerebral; epidemiologia; rede regular de ensino.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004