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F. Ciências Sociais Aplicadas - 5. Arquitetura e Urbanismo - 4. Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo
O EFEITO LUMÍNICO PRODUZIDO PELA UTILIZAÇÃO DE PÉRGULAS EM AMBIENTES ESCOLARES
Juliana Oliveira Batista 1   (autor)   juobatista@yahoo.com.br
Joyce Abreu Fontan 1   (autor)   joyceabreu@hotmail.com
Christhina Maria Cândido 1   (autor)   chrismcandido@yahoo.com
Lívia Melo de Lima 1   (autor)   livia_0302@yahoo.com.br
Leonardo Salazar Bittencourt 1   (orientador)   lsb@ctec.ufal.br
1. Depto. De Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Alagoas – UFAL
INTRODUÇÃO:
O crescente aumento no consumo de energia elétrica no país sugere a adoção de medidas visando a redução do desperdício desse recurso. No âmbito das edificações, bons projetos caracterizam-se pela utilização de tecnologias construtivas mais eficientes, bem como pelo aproveitamento da ventilação e iluminação naturais. Desse modo, torna-se possível a manutenção do conforto e produtividade dos usuários de forma adequada, minimizando-se a dependência de equipamentos mecânicos de refrigeração e sistemas artificiais de iluminação, economizando-se energia elétrica. Porém, a maioria dos edifícios não é energeticamente eficiente. No caso das edificações escolares típicas de Maceió – AL, o emprego da iluminação unilateral proporciona uma reduzida uniformidade luminosa, prejudicando o conforto visual dos discentes. A presente pesquisa avalia o uso de pérgulas em ambientes escolares como recurso capaz de incrementar as condições de iluminação natural no interior de salas de aula. A utilização de dispositivos de proteção solar, tais quais as pérgulas, beneficiam o desempenho energético das edificações, pois proporcionam ambientes sombreados, evitando com isso ganhos térmicos indesejáveis.
METODOLOGIA:
A metodologia foi baseada na avaliação dos fatores de luz diurna obtidos em pontos específicos de uma grelha de cálculo localizada no interior das salas de aula do modelo adotado. Como ferramenta foi utilizado o programa Lumen Micro v. 2000. Foram realizadas simulações de um modelo computacional composto por salas com orientações opostas (leste e oeste). As salas possuíam pé direito de 3m e suas dimensões eram de 6m x 9m. O pergulado foi localizado numa das extremidades da sala, ocupando uma área de 6m x 3m. A grelha de cálculo foi posicionada a 0,70 m do chão (plano das carteiras escolares). Os parâmetros avaliados foram os seguintes: variação da altura das lâminas do pergulado (10, 15 e 20 cm); condição de céu (nublado e parcialmente nublado); horário (9h, 12h e 15h) e período do ano (solstícios e equinócios). As refletividades internas das salas foram fixadas em 0,8 para teto e paredes e 0,5 para o piso. As pérgulas receberam pintura branca (refletividade = 0,8).
RESULTADOS:
Sob condição de céu nublado, os fatores de luz diurna obtidos na porção central das salas de aula foram de 7,5%, em média. Já sob condição de céu parcialmente nublado, observou-se a penetração da radiação direta em algumas situações. Nesses casos, os fatores de luz diurna no centro da sala foram bastante elevados: 30%, em média. Nas demais situações, na ausência de insolação direta, os fatores de luz diurna variaram entre 6% e 10% na porção central da sala. A variação da altura das lâminas produziu diferenças pouco significativas nos fatores de luz diurna, tanto sob condição de céu parcialmente nublado quanto sob condição de céu nublado.
CONCLUSÕES:
A utilização de pérgulas em salas de aula proporcionou valores de iluminância média bastante significativos no interior desses ambientes. No entanto, a ocorrência de penetração da insolação direta em algumas situações, sob condição de céu parcialmente nublado, requer adaptações no modelo de pérgulas adotado. Desse modo, torna-se possível o incremento da iluminação interior, proporcionado pelo aporte de luz natural introduzido através do pergulado, sem prejudicar o conforto visual dos discentes.
Instituição de fomento: PIBIC/ CNPQ e PET/ARQ/UFAL – MEC/ SESU
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  ambientes escolares; pérgulas; fatores de luz diurna.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004