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C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 2. Ecologia Aquática
INFLUÊNCIA DOS FATORES AMBIENTAIS SOBRE A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE PEIXES EM RIACHOS DE CABECEIRA NA BACIA DO RIO PARAGUAI-MS
Lidiani Queli Lubas Ximenes 1   (autor)   lqueli@hotmail.com
Karina Keyla Tondato 1   (colaborador)   ktondato@bol.com.br
Sabrina Bigatão Valério 1   (colaborador)   sabrinabigatao@hotmail.com
Thiago Rota Alves Felipe 1   (colaborador)   thiagofelipe@uems.br
Yzel Rondon Súarez 1   (orientador)   yzel@uems.br
1. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
INTRODUÇÃO:
O conhecimento dos padrões de diversidade de espécies nas comunidades é um dos principais objetivos da ecologia de comunidades. Apesar do glamour do Pantanal, poucos estudos sobre a organização das suas comunidades de peixes foram realizados e estes se concentram nas regiões de planície. O presente trabalho tem como objetivo analisar dados preliminares sobre a influência dos fatores ambientais sobre a diversidade de espécies de peixes em riachos de cabeceira em várias sub-bacias do rio Paraguai.
METODOLOGIA:
Os peixes foram coletados com tela de isca (80x120cm) e esforço padronizado em 20 lances por local em 10 riachos no mês de janeiro de 2004. Os dados de riqueza de espécies e número de indivíduos foram correlacionados com os dados ambientais através de correlação de Pearson.
RESULTADOS:
Constatamos que as variáveis melhor correlacionadas com a riqueza de espécies foram: Largura do riacho (r=0,809), Velocidade da corrente (r=0,511) e Altitude (r=-0,475). Para o número de indivíduos coletados, constatamos que os fatores ambientais mais importantes foram: Altitude (r=0,782), seguida de Largura do riacho (r=-0,735) e Velocidade da corrente (r=-0,569).
CONCLUSÕES:
Nossos resultados sugerem que as características hidrológicas dos riachos são mais importantes que as características químicas e físicas da água. A influência positiva da Largura dos riachos sugere que riachos maiores apresentam maior diversidade de micro-habitats disponíveis, permitindo a coexistência de um maior número de espécies. A correlação positiva entre a riqueza e a velocidade da corrente contraria vários estudos realizados em comunidades de peixes em ambientes lóticos, sendo que em nosso estudo pode ser explicado pela correlação positiva entre a Largura do riacho e a velocidade da corrente, bem como pela baixa velocidade média da água nos riachos estudados (=0,325 m/s). A correlação negativa com a altitude permite sugerir que a eficiência na taxa de dispersão influencia a ocorrência das espécies nos riachos estudados. A correlação positiva do Número de indivíduos com a Altitude sugere que nestes locais, devido à menor riqueza, ocorra o aumento da abundância das espécies melhor adaptadas a estes locais. A influência negativa da Largura dos riachos e da Velocidade da corrente sobre o número de indivíduos provavelmente é resultado da baixa profundidade dos locais coletados (média = 0,34m).
Instituição de fomento: FUNDECT (Processo 489/02)
Palavras-chave:  Ecologia de Peixes; Riachos; Pantanal.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004