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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE QUÍMICA: O PONTO DE VISTA DOS PROFESSORES DAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE CUIABA-MT SOBRE CONHECIMENTO DE CONTEÚDO
Mauricéa Nunes 1, 2, 5   (autor)   mauricea@terra.com.br
Natalina Laura de Araújo 3, 5   (autor)   
Elizângela Barbosa Pavan 4, 5   (autor)   
1. Pesquisadora do Departamento de Química - ICET- UFMT
2. Profa. Dra. do Programa de Mestrado em Educa;áo - IE - UFMT
3. Pós-graduanda do Programa de Mestrado em Educação- IE - UFMT
4. Bolsista PIBIC - Licenciatura Plena em Química - Depto. Química-ICET- UFMT
5. GPECIN - Grupo de Pesquisa em Educa;áo em Ciëncias Naturais - ICET- UFMT
INTRODUÇÃO:
Atualmente, evidencia-se mais fortemente as discussões relacionadas ao ensino de Química, que é talvez, resultado do crescente número de pesquisadores na área e do aumento significativo de publicações. Estas, juntos com as reformas desencadeadas pelo MEC a partir da década de noventa, tem suscitado discussões sobre a formação do professor nos cursos de Licenciatura. Discutir a formação do professor de Química faz parte desta pesquisa, pois consideramos que não há discussão sobre ensino, que não passe pela discussão da formação docente. A formação docente é construída da formação inicial e continuada e exige domínio de uma série de conhecimentos como, conhecimentos de conteúdo, conhecimentos didáticos-pedagógicos, conhecimentos experienciais, dentre outros. Dentro deste contexto, neste trabalho nos propomos a discutir um destes conhecimentos - o conhecimento de conteúdo - específico de cada campo de atuação, pois, segundo Freire(1996), ninguém ensina o que não sabe. Para tanto, procuramos conhecer se os(as) professores(as) de Química do ensino médio, das escolas públicas estaduais de Cuiabá -MT, consideravam suficientes - para serem bons professores - os conhecimentos de conteúdo, adquiridos durante o seu curso de graduação.
METODOLOGIA:
Esta pesquisa, com enfoque qualitativo interpretativo, foi desenvolvida por meio de questionário com perguntas abertas, no período compreendido entre agosto a dezembro de 2003. A análise dos relatos escritos, resultados da aplicação deste questionário, foi realizada levando-se em consideração a definição e os desdobramentos teóricos destes conhecimentos, segundo as proposições e discussões de vários autores, dentre eles, Tardif(2000), Maldaner(2000), Carvalho e Gil-Pérez(1993) e outros.
RESULTADOS:
A partir dos relatos escritos pôde-se evidenciar que a maioria dos professores pesquisados, aproximadamente 80%, responderam que possuem, em parte, conhecimentos de conteúdos necessários para serem bons professores de Química. As justificativas para estas afirmações foram relacionadas à velocidade das mudanças e a necessidade da formação contínua para a atualização destes conhecimentos. Os 20% restantes responderam que seus conhecimentos de conteúdo, são suficientes, para que sejam bons professores de Química. Mas, mesmo assim, estes também reafirmaram a necessidade de estarem em constante atualização.
CONCLUSÕES:
Os resultados da pesquisa indicaram que estes professores possuem ponto de vista muito semelhantes e que concebem a formação docente de maneira crítica. Enfocam a necessidade de formação contínua e isto se constitui numa reflexão positiva. A identidade profissional é uma ação dinâmica, em constante construção, e é na formação continuada que o professor poderá alimentar o seu conjunto de conhecimentos. No caso dos professores de Química, isto é ainda mais significativo, pois que a Química requer um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se renovam e se transformam a cada dia.
Instituição de fomento: UFMT/CNPq(bolsa PIBIC)
Palavras-chave:  Ensino de Química; Formação de professores; Conhecimentos de conteúdo.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004