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F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 11. Economia
ECONOMIA DO CONHECIMENTO E POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SERGIPE
César Ricardo Siqueira Bolaño 1   (orientador)   bolano@ufs.br
Luiz Marcos de Oliveira Silva 2   (autor)   lmarcos@email.com
Marcos Vinícius Nascimento Gonzalez Castañeda 3   (autor)   marcos@eptic.com.br
Hugo de Carvalho Pimentel 4   (colaborador)   hugo@hugo.zzn.com
1. Prof. Dr. do Departamento de Economia/UFS
2. Economista, mestrando em Economia Social e do Trabalho/UNICAMP
3. Economista, Bolsista CNPq /UFS
4. Graduando em Ciências Biológicas e Bolsista CNPq/UFS
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho é um documento preliminar elaborado a partir dos primeiros resultados de uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe. A proposta inicial é de analisar os elos constitutivos da chamada “Economia do Conhecimento” em Sergipe, identificando as atividades que envolvem Pesquisa e Desenvolvimento nas atividades produtivas consideradas prioritárias e as principais instituições de pesquisa, de ensino superior e os institutos de tecnologia existentes no Estado.
METODOLOGIA:
Entre as diversas classificações das cadeias produtivas prioritárias para o Estado de Sergipe, pode-se destacar como mais importantes as do Ministério da Ciência e Tecnologia, a do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior e a do Fórum Empresarial (SEBRAE-SE). Cada uma delas definiu um conjunto de Cadeias Produtivas prioritárias para o Estado, no que se refere ao conteúdo tecnológico, capacidade de geração de emprego e renda e arrecadação de impostos. Em um esforço local de pesquisa, a Prefeitura Municipal de Aracaju e o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia empreenderam, juntamente com técnicos reconhecidos, professores da Universidade Federal de Sergipe e Universidade Tiradentes, um grande levantamento sobre a discussão teórica em torno das cadeias produtivas e a situação das cadeias mais importantes da capital sergipana. O presente trabalho, que se propõe a analisar os elos da cadeia do conhecimento associados à estrutura produtiva do Estado de Sergipe, para efeito de análise, considerará as seguintes cadeias produtivas sergipanas: Comércio; Tecnologias da Informação e da Comunicação; Educação; Biotecnologias; Agroindústria; Saúde; Petróleo e Gás; Turismo; Têxtil-confecção; Construção Civil.
RESULTADOS:
Pôde-se identificar, na estrutura de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Sergipe, importantes instituições de pesquisa, de ensino superior e técnico, além de institutos de tecnologia. As instituições mais importantes, em breve serão analisadas de forma individual, no que se refere ao papel que desempenham na geração de inovações e formação de mão de obra qualificada. Merece destaque no processo de aparecimento de empresas intensivas em conhecimento o surgimento do “Sergipe ParqTec”, parque tecnológico de Sergipe, criado pelo Governo Estadual no final do ano de 2003. Os parques tecnológicos, de acordo com idealizadores do projeto, têm como missão agregar valor à produção, estimular o desenvolvimento de produtos e processos inovadores, gerar emprego e renda, dotar a região de infra-estrutura de serviços tecnológicos, além de ajudar a desenvolver a tecnologia local e nacional.
CONCLUSÕES:
A partir dos primeiros resultados da pesquisa, pode-se concluir que o entendimento, mais particularizado, da cadeia do conhecimento é fundamental para uma correta articulação entre o setor público, os diferentes setores econômicos e as Universidades e outras instituições de ensino e pesquisa. Trata-se de algo mais complexo e fundamental que a identificação de uma “cadeia da educação”, pois a articulação de cada uma das cadeias produtivas identificadas como prioritárias, depende da relação particular que, na “Economia do Conhecimento”, se estabelece com as instituições de ensino e pesquisa, de que não se pode prescindir na estruturação das pretendidas redes de inovação. Esse é o elemento central do arranjo institucional mais amplo necessário para o desenvolvimento sustentável. Isso significa que é preciso não apenas considerar as universidades e outras instituições do gênero na matriz institucional que deverá ser proposta aos diferentes agentes relevantes pela liderança política responsável pela articulação geral do projeto, mas também detectar, no interior da cadeia do conhecimento, os pontos fortes, as limitações e os gargalos, que facilitam ou dificultam a sua articulação com as demais cadeias produtivas aqui estudadas.
Instituição de fomento: FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SERGIPE (FAP/SE)
Palavras-chave:  Economia do Conhecimento; Cadeias Produtivas; Políticas de C,T&I.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004