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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
ESTRATÉGIAS NO ENSINO REGULAR COM ALUNOS DE VISÃO SUBNORMAL
Sonia Maria Toyoshima Lima 1   ()   toyolima@wnet.com.br
Vera Felicidade Dias 2   ()   -----
Edison Duarte 3   ()   edison@fef.unicamp.br
1. Profª Mestre do Departamento de Educação Física, UEM, Doutoranda na UNICAMP
2. Profª Especialista em Educação Especial do Departamento de Educação Física, UEM
3. Profº Dr. do Departamento de Estudos de Atividade Física Adaptada, UNICAMP
INTRODUÇÃO:
Introdução: Os problemas oftalmológicos podem ser evitados ou minorados com uma educação preventiva. Kikuta (2000), comenta que aproximadamente 20% das crianças em idade escolar, apresentam dificuldades visuais com, erros de refração, conjuntivite, estrabismo, ambliopia, seqüela de acidente ocular, malformação congênita. E, que em cada mil alunos do ensino fundamental, cem são portadores de erros de refração, necessitando de correção (hipermetropia, astigmatismo e miopia) e aproximadamente 5% deles, apresentam redução de acuidade visual, isto é, menos de 50% da visão normal. Desta forma, os aspectos educativos, juntamente com o envolvimento da escola (professor, alunos, funcionários, família e comunidade em geral), tornam-se indispensáveis para que se tenha uma saúde visual. Constatamos que em Maringá há várias escolas que possui alunos com visão subnormal em turmas do ensino regular, e ao considerarmos importante o saber sobre as práticas pedagógicas, objetivamos em nossa pesquisa, identificar e descrever as estratégias que os professores utilizam em sala, quando possui alunos com deficiência visual, mais especificamente com visão subnormal.
METODOLOGIA:
Metodologia: A pesquisa se caracterizou como do tipo descritiva com pesquisa de opinião, apresentado por Cervo & Bervian (1996), como aquela que procura saber atitudes e ponto-de-vista que as pessoas têm a respeito de algum assunto. Utilizamos para o atendimento do objetivo proposto, uma entrevista aberta, com cinco professoras do sexo feminino, que possuíam em sua sala alunos com visão subnormal, na cidade de Maringá-Paraná. A faixa etária do grupo amostral foi de 37 a 58 anos de idade, sendo todas especialistas em seu nível de escolaridade e trabalhando de 3 meses a 14 anos no ensino. O objetivo da entrevista foi para que as professoras nos relatasse as estratégias mais utilizadas na turma do ensino regular com alunos de visão subnomal. Efetuamos também, um acompanhamento com observações em sala, durante um período de seis meses (dois meses para cada professora) e, finalmente para melhor atendermos o objetivo da pesquisa, fomos em busca da identificação clínica de cada aluno com visão subnormal.
RESULTADOS:
Resultados: Constatamos que as professoras tinham em suas turmas, alunos que possuíam coriorretinite justa macular atrófica; coriorretinite atrófica e coriorretinite cicatricial em ambos os olhos com atrofia óptica, com idade entre 11 a 18 anos, de ambos os sexos, sendo que todos freqüentavam tanto o ensino regular, quanto o Centro de Apoio às pessoas com deficiência visual em períodos diferentes. Através da pesquisa, verificamos a importância dos professores ter antecipadamente, o devido conhecimento sobre as patologias e os resquícios visuais de cada aluno. As informações prévias, constitui-se de subsídios para a utilização de melhores estratégias no ensino. Mantoan (1997), comenta que o educador é o agente fundamental para integrar o educando ao ambiente escolar. Identificamos que as estratégias mais utilizadas pelas professoras foram: utilização de lentes para auxílio óptico, como a lupa; adaptação de materiais como: ampliação de letras no papel e quadro, exploração de diferentes ambientes e materiais com diversificação de tamanhos e texturas; adequação nas condições de iluminação conforme características e imperfeições visuais; utilização de atividades e materiais pedagógicos variados e diversificação nas atividades, quanto a utilização dos sentidos sensório-motor.
CONCLUSÕES:
Conclusões: Ao término da pesquisa, identificamos que, as professoras possuem muitas dificuldades para estar desenvolvendo propostas metodológicas com turmas incluídas, nesse caso, com visão subnormal, principalmente porque elas receberam as crianças sem as informações necessárias sobre as patologias e as habilidades visuais de cada aluno. Apesar dessas dificuldades, todas procuraram de alguma forma estar montando suas estratégias para o melhor atendimento de ensino aos alunos e a turma como um todo, pois as mesmas foram em busca do conhecimento para conseguir acompanhar o desenvolvimento social, emocional e motor do seu educando. Verificamos também, que as professoras tiveram de fazer reuniões, palestras e festas para que a comunidade tanto escolar, quanto da comunidade de bairro, conhecesse um pouco sobre a diversidade humana. Identificamos que com as diferentes estratégias utilizadas, os alunos aprenderam gradativamente a olhar e colorir objetos; a fazer construções e/ou montar quebra-cabeças; a organizar-se entre si, e com os outros interagindo-se em grupo; possibilitaram aos alunos que a aprendizagem em suas aulas, em sua grande maioria, partisse do concreto para o abstrato. E por fim, constatamos que as professoras permitiram à todos os alunos da sala, uma aprendizagem conjunta com interpretações e construções para a busca de novos significados no ensino.
Instituição de fomento: Cnpq
Palavras-chave:  Deficiência Visual; Inclusão; Estratégia de Ensino.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004