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F. Ciências Sociais Aplicadas - 9. Comunicação - 8. Comunicação
Aspectos Afro-Religiosos da Cultura Popular Maranhense: Apresentações de Tambor de Mina em Locais Públicos
Gerson Carlos Pereira Lindoso 1   (autor)   glindoso@uol.com.br
Sergio Figueiredo Ferretti 2   (orientador)   ferretti@elo.com.br
1. Departamento de Comunicação Social, Universidade Federal do Maranhão-UFMA
2. Departamento de Sociologia e Antropologia, Universidade Federal do Maranhão-UFMA
INTRODUÇÃO:
As manifestações populares e folclóricas do Maranhão são numerosas e diversificadas, explicitando variados tipos de brincadeiras e grupos culturais organizados, a partir de um calendário festivo rico e bastante movimentado ao longo de todo ano. Uma das peculiaridades importantes da cultura popular maranhense a ser observada são as apresentações públicas de Tambor de Mina, religião afro própria do Maranhão(Ferretti, M. 1985), em locais dessacralizados(ruas, avenidas, praças, centros culturais, etc.). No decorrer da pesquisa teve-se como meta primordial elencar as principais formas de visibilidade e divulgação das religiões afro-maranhenses, através de acontecimentos fora do ambiente sagrado(guma real) ou varanda , local onde se dança o Tambor de Mina no Terreiro”(Ferretti, S. 1996).
METODOLOGIA:
O desenvolvimento de todo trabalho de pesquisa esteve estruturado nos seguinte métodos investigativos: Pesquisa bibliográfica em obras especializadas sobre Comunicação Popular, Cultura, Antropologia e também matérias de jornais do arquivo público da Biblioteca Central de São Luís; Observação-Participante nas procissões, seminários, festas ligadas aos toques de Tambor de Mina externas aos terreiros e Entrevistas com babalorixás maranhenses
RESULTADOS:
A festa de Iemanjá nas praias de São Luís(desde os anos 60), Procissão de Ogum(anos70), Procissão dos Umbandistas(Aniversário de São Luís) e Mineiros(Governo do Estado), além de todos os eventos da cultura popular pontificados pelo ecoar dos tambores afro-maranhenses são oportunidades ideais de Comunicação Popular e interação com a sociedade local no combate ao preconceito e etnocentrismo às religiões de matriz africana no Brasil. O exemplo típico de festa dessa categoria, foram as homenagens a uma entidade encantada chamada Princesa INA no Porto do Itaqui em São Luís na década de 70, liderada pelos falecidos babalorixás José Cupertino(Umbanda) e Jorge Itaci de Oliveira(Mina).
CONCLUSÕES:
Mesmo em meio a desaprovação dessa prática(tocar Mina fora dos terreiros) pelas casas afro-religiosas mais tradicionais(Casa das Minas e Casa de Nagô), devido a uma possível “folclorização da religião” essas apresentações públicas, que tiveram o babalorixá Jorge como um dos maiores incentivadores, são ferramentas básicas para a união, visibilidade da religião e luta contra a discriminação afro-religiosa.
Instituição de fomento: PIBIC/CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Procissões; Religiões Afro-Brasileiras; Apresentações públicas.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004