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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
ESTRUTURA FÍSICA, CONDIÇÕES PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES ATUANTES NOS ESTABELECIMENTOS QUE OFERECEM HIDROGINÁSTICA NA CIDADE DE CAMPO
GRANDE/MS
Sandra Maria Lovatto 1   (autor)   sandralovatto@bol.com.br
Claudia Aparecida Stefane 1   (orientador)   claustefane@hotmail.com
Daniely Lopes Silva 1   (autor)   -
Edson Paes da Silva 1   (autor)   edson-paes@hotmail.com
Renato Rodrigues Caetano 1   (autor)   renatocaetano2003@ig.com.br
Sidinéia Ajala 1   (autor)   -
Igor Lucas Gomes dos Santos 1   (autor)   igorlucas@hotmail.com
Juliana de Figueiredo Metzker 1   (autor)   jubronzeada@bol.com.br
Luzineth Alves do Espírito Santo 1   (autor)   luzineth.alves@zipmail.com.br
1. Centro de Ciências Humanas e Sociais - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS
INTRODUÇÃO:
Sabendo que a prática da hidroginástica aumentou significativamente nos últimos anos e que as academias que oferecem tal atividade física são procuradas por pessoas com finalidades distintas como, por exemplo melhorar a forma física, a qualidade de vida ou simplesmente uma forma de lazer. Diante deste contexto, esta pesquisa teve por objetivos caracterizar a estrutura física e organizacional das instituições (academias, clubes e escolas) que ofereciam hidroginástica, identificar o investimento na formação continuada dos professores como também as preocupações pedagógicas dos professores e dos estabelecimentos como o planejamento e a realização de reuniões de modo sistematizado na cidade de Campo Grande/MS.
METODOLOGIA:
Este estudo fez parte de um projeto maior o qual pretendeu identificar, caracterizar e conhecer as instituições que ofereciam atividades aquáticas na cidade de Campo Grande - MS. A pesquisa, de modo geral, foi realizada pelos alunos do terceiro ano do curso de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no ano de 2003, como requisito da disciplina Natação I. O estudo teve caráter descritivo-exploratório (Thomas e Nelson, 2002), e foram utilizados como instrumentos de coleta de dados: roteiro de observação das condições físicas e estruturais das academias, escolas e clubes, questionário contendo 32 questões (abertas e fechadas) e entrevista semi-estruturada. Diante dos objetivos particulares deste trabalho foram selecionadas as questões pertinentes para a análise.
Os questionários foram entregues e recolhidos no próprio estabelecimento de ensino. Para a observação das condições físicas e estruturais das academias foram realizadas medições, utilizando para isso uma trena. Além das medições, o entrevistador pôde ainda verificar as condições de funcionamento da instituição, assistindo as atividades oferecidas, como também verificar os materiais utilizados como recursos pedagógicos durante as aulas. As entrevistas ocorreram no próprio local de trabalho dos professores e foram registradas manualmente.
RESULTADOS:
Após a coleta, os dados foram organizados em planilhas e gráficos, podendo verificar que: das 39 instituições de ensino que tinham algum tipo de atividade aquática em 27 delas havia aulas de hidroginástica.
Destes estabelecimentos que ofereciam hidroginástica, cinco responderam que a organização das turmas era feita segundo o critério de idade dos alunos, em dois estabelecimentos pelas habilidades e, na maioria deles (20) as turmas eram organizadas de acordo com a conveniência de horário do aluno.
Quanto ao número de alunos por turma a média foi de 15. Havia instituições que possuíam três alunos por turma e outras chegavam a ter 45 alunos. Independentemente do número de alunos, todas as instituições responderam ter somente um professor por turma.
Quanto a estrutura física verificou-se que o tamanho das piscinas variou entre 22,5 m2 até 350 m2 e a profundidade entre 90cm e 2 metros e 18 centímetros. A maioria (26) das piscinas era construída com azulejos.
Ao que se refere a organização pedagógica das aulas de hidroginástica verificou-se que 12 (doze) estabelecimentos realizavam reuniões didático-pedagógicas. Quanto ao planejamento, 23 dos entrevistados faziam planejamento, sejam eles mensal, semanal ou diário.
Dos 27 professores, 10 entrevistados disseram investir na própria formação continuada e 17 afirmaram que não realizavam mais investimentos. A formação continuada dos professores foi compreendida pela capacitação dos mesmos quando estes relataram participar de cursos e eventos científicos e terem realizado pós-graduação.
CONCLUSÕES:
Verificando os resultados obtidos nesta pesquisa pode-se concluir que havia poucas instituições oferecendo hidroginástica considerando a população de 700.000 de habitantes em Campo Grande-MS.
A organização das turmas seguia critérios para garantir a manutenção do aluno em atividade.
A relação professor-aluno de 1/15 pode-se considerar satisfatória para o processo de ensino, aprendizagem e atenção às particularidades físicas de cada aluno.
Observando os princípios da Fisiologia do Exercício sabe-se que as práticas de atividades físicas devem ser regulares e constantes, diferentemente da proposta das instituições que ofereciam duas aulas por semana.
As estruturas físicas dos estabelecimentos que ofereciam hidroginástica possuíam limitações quanto a adequação para a prática, pois o revestimento de azulejos provoca deslizamentos e possíveis cortes, e a profundidade acima de 1 metro e 20 centímetros dificultam a execução e correção dos exercícios.
Os estabelecimentos possuíam, em sua maioria, um coordenador pedagógico que poderia direcionar o trabalho desenvolvido pelos professores, uma vez que a maioria não se preocupava em aprimorar os conhecimentos por meio de cursos, eventos e pós-graduação.
Em suma, os estabelecimentos que oferecem hidroginástica na cidade de Campo Grande-MS ainda necessitam rever suas condições físicas, estruturais e principalmente, quanto a formação continuada dos profissionais que nelas trabalham para oferecer aos seus clientes uma melhora da forma física e conseqüentemente uma melhor qualidade de vida.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Hidroginástica; Organização; Qualidade de vida.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004