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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
OCORRÊNCIA DE VETORES DA FEBRE AMARELA SILVESTRE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA PEQUENA USINA HIDRELÉTRICA DO ALTO RIO JAURÚ, MUNICÍPIO DE ARAPUTANGA/MT.
Ana Lucia Maria Ribeiro 1   (autor)   anadarlingi@yahoo.com.br
Rosina Djunko Miyazaki 2   (colaborador)   miya@cpd.ufmt.br
Marta Gislaine Pignati 3   (colaborador)   
Wanderlei Antônio Pignatti 3   (colaborador)   
1. Divisão de Vigilância Epidemiológica e Ambiental FUNASA/CORE-MT
2. Instituto de Biociências, Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT
3. Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT
INTRODUÇÃO:
A febre amarela silvestre é considerada endêmica no Estado de Mato Grosso, ocorrendo de forma enzootica. No processo de desenvolvimento econômico do Estado e a ocupação dos espaços naturais onde há a circulação do vírus amarílico entre os vetores silvestres e animais vertebrados pode ocorrer o aumento do risco da doença em populações humanas não vacinadas. Acompanhado o processo de construção de pequenas hidroelétricas no Alto Jaurú-MT, realizou-se uma pesquisa entomológica para verificar a ocorrência destes mosquitos.
METODOLOGIA:
As coletas foram realizadas área de influencia da usina do Alto Jaurú, município de Araputanga/MT. As capturas dos vetores da febre amarela silvestre (Haemagogus sp. e Sabethes sp.), foram conduzidas semestralmente nos meses de julho e novembro de 2002 e maio e novembro de 2003, em cada campanha ocorreram em três dias consecutivos, no período de 10:00 as 12:00 horas e 13:30 as 15:30 horas em região de maior densidade vegetacional. Para tal utilizou-se tubos capturadores de sucção (Capturador de Castro). Os espécimes coletados foram montados em alfinetes entomológicos e conservados em caixa apropriada e posteriormente identificados através da chave dicotômica de Forattini (1960).
RESULTADOS:
O papel do mosquito na transmissão da febre amarela silvestre se restringe a quatro espécies: Haemagogus janthinomys, H. leucocelaenus, H. albimaculatus e Sabethes chloropterus. Estes mosquitos são encontrados em ambientes florestais na copa das arvores, as fêmeas são hematófagas, fazendo seu repasto sangüíneo no período diurno. Neste estudo foram capturadas somente duas espécies Haemagogus janthinomys com 20 exemplares e Sabethes chloropterus com apenas um. A maior ocorrência do H. janthinomys foi novembro de 2002 (12 indivíduos) e 2003 (08 indivíduos) e negativo nos meses de estiagem. O único exemplar de Sabethes chloropterus ocorreu no mês de junho de 2002 em pleno mês de seca.
CONCLUSÕES:
A vigilância entomo-epidemiológica é de suma importância para o controle de doença transmitida por vetor como é o caso da febre amarela silvestre em área de manejo ambiental.
Palavras-chave:  Vetores; Febre Amarela; Usina Alto Rio Jaurú.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004