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E. Ciências Agrárias - 4. Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - 2. Engenharia de Pesca
APLICAÇÃO DE APPCC EM SARDINHAS EM CONSERVA COMERCIALIZADAS NA CIDADE DO RECIFE - PE
Elaine Cristina Batista dos Santos 1   (autor)   nanepesca@ig.com.br
José Miltom Barbosa 1   (orientador)   jmiltong@gmx.net
Debora Meneses de Queiroz 1   (colaborador)   debyq@bol.com.br
1. Depto. de Engenharia de Pesca, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
INTRODUÇÃO:
Observa-se um rápido desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos meios e métodos de detecção de agentes de natureza biológica, química e física causadores de moléstia nos seres humanos e animais, passíveis de veiculação pelo consumo de alimentos. Ao mesmo tempo, avolumam-se perdas de alimentos e matérias-primas em decorrência de processos de deterioração de origem microbiana, infestação por pragas e processamento industrial ineficaz, com sérios prejuízos financeiros para as indústrias de alimentos, à rede de distribuição e aos consumidores. Implantado desde 1991, em caráter experimental do Sistema de Prevenção e Controle, com base na Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle  APPCC, este sistema é uma abordagem científica e sistemática para o controle de processos, elaborado para prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que os controles são aplicados em determinadas etapas no sistema de produção do alimento, onde possam ocorrer perigos ou situações críticas. Este trabalho tem como objetivo analisar se ocorre aplicação de APPCC em algumas marcas de sardinha em conserva comercializadas na cidade do Recife.
METODOLOGIA:
Foram analisados seis tipos de sardinha em conserva de quatro fabricantes, dez amostras de cada (latas de 130/135g), totalizando sessenta latas, assim distribuídas: A - óleo de soja; B - óleo vegetal; C1- molho de tomate; C2 - óleo comestível; D1 - molho de tomate e D2 - óleo comestível. As latas foram pesadas; abertas; drenadas e analisadas quanto à presença de nadadeiras, vísceras e escamas; qualidade, consistência e sabor da carne; PL (peso líquido) e PD (peso drenado). Também foram observados: apresentação geral do produto, rótulo e condições da lata.
RESULTADOS:
A marca D1 foi a que mais apresentou problemas como presença de nadadeiras, resto de vísceras e tubo fecal, indicando uma falta de cuidado na evisceração e lavagem do produto. A marca A apresentou PD e PL inferiores ao declarado na lata. A marca C2 apresentou PD bem superior ao declarado, denotando o uso de pouco líquido de cobertura, essencial para a conservação do produto. Apresentou também ferrugem na parte externa da lata e não continha o número de lote. As marcas C1 e D2 não apresentaram problemas, o que não afasta a necessidade de aplicação de um plano de APPCC, devido à marca C1 ser do mesmo fabricante da C2 e D1 do mesmo fabricante da D2. A marca B está dentro dos padrões e normas de qualidade.
CONCLUSÕES:
De um modo geral, as sardinhas analisadas podem ser consideradas adequadas à legislação. Mas, às marcas A, C1 e D1 deveriam ser aplicados o programa de APPCC para melhoramento da qualidade do produto. Aos fabricantes das sardinhas utilizadas neste trabalho serão levadas, a título de conhecimento, as falhas encontradas.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  controle; sardinha; qualidade.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004