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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA PICRASINA E DEMAIS QUASSINÓIDES DA Picrasma crenata
Marcelo Shigueru Kamei 1   (autor)   mskamei@pop.com.br
Ricardo Ferreira Nunes 1   (autor)   nunesgoias@pop.com.br
Daiane Felin 2   (colaborador)   daifelin@bol.com.br
Mara Lane Carvalho Cardoso 3   (orientador)   mlccardoso@uem.br
Cláudio Roberto Novello 4   (co-orientador)   crnovello@uem.br
1. Estagiário/PIBIC lab. de Farmacognosia, Universidade Estadual de Maringá-UEM
2. Estagiário lab. de Farmacognosia, Universidade Estadual de Maringá-UEM
3. Profa. Dra. Depto Farmácia e Farmacologia, Universidade Estadual de Maringá-UEM
4. Msc. lab. de Farmacotécnica, Universidade Estadual de Maringá-UEM
INTRODUÇÃO:
Introdução:Picrasma crenata, pertencente a família Simaroubaceae, é popularmente conhecida como pau-tenente. É uma árvore ou arvoreta de 2 a 12 m de altura, cuja madeira possui cor levemente amarelada de gosto extremamente amargo, características principais para o seu reconhecimento. As simaroubáceas tornaram-se amplamente conhecidas pelas propriedades biológicas associadas aos seus constituintes amargos, os quassinóides. O interesse por esta planta é devido ao seu uso popular para o tratamento de várias doenças importantes como hipertensão, perturbações gástricas e diabetes. Acredita-se que os quassinóides presentes são os responsáveis pelos efeitos curativos da planta. Assim o objetivo deste trabalho baseia-se no isolamento e identificação de novos quassinóides na espécie Picrasma crenata.
METODOLOGIA:
Metodologia: O caule, coletado no município de Ortigueira, Paraná, na região do Poço Comprido, próximo ao Km 347 da rodovia BR 376, foi cortado, retirado as cascas e seco em estufa de ar circulante. Realizou-se moagem, turbólise utilizando-se etanol 96 ºGL com 10% de material vegetal e posterior liofilização. O liofilizado foi cromatografado em coluna de Sílicagel 60 e eluído em gradiente crescente de polaridade com hexano, diclorometano, diclorometano/acetato de etila, acetato de etila, acetato de etila/acetona, acetona, acetona/metanol, metanol, obtendo-se 18 frações. Estas foram aplicadas em CCD, reveladas com iodo, reagente de Dragendorff e vanilina sulfúrica, sendo reunidas por semelhança cromatográfica em 7 frações, nomeadas F-1, F-3, F-4, F-6, F-11, F-15 e F-18. Cada fração foi cromatografada em CLAE de fase reversa empregando mistura metanol/água (gradiente progressivo) para comparação dos perfis cromatográficos com padrões previamente isolados (Novello et al. 2003), direcionando os fracionamentos subsequentes. As frações de interesse foram refracionadas em coluna de Silicagel 60 até o isolamento e purificação dos quassinóides.
RESULTADOS:
Resultados: Foi isolado pela primeira vez nesta espécie o quassinóide picrasina e outros quassinóides já conhecidos: paraína, isoparaina, alfa e beta-dihidronorneoquassina, quassina, alfa e beta-neoquassina. A identificação das substâncias foi realizada com base em comparação cromatográfica de camada delgada com padrões de referência, RMN de 1H e 13C unidimensional e bidimensional, CLAE e comparação com dados da literatura.
CONCLUSÕES:
Conclusão: Todas as amostras apresentaram elevado grau de pureza( >95% ), podendo ser posteriormente utilizados como padrão de referência. Picrasina, apesar de ser um quassinóide já conhecido na família Simaroubaceae, ainda não foi referendado na espécie Picrasma crenata. As próximas etapas do trabalho incluem a realização de curva de calibração para validação do método e ensaios biológicos para comprovação das atividades biológicas.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Picrasma crenata; Picrasina; Simaroubaceae.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004