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D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 3. Clínica Médica
PREVALÊNCIA DE TABAGISMO ENTRE OS PACIENTES DA LIGA DE HIPERTENSÃO DO HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA, SÃO LUIS, MA.
Francy Dázia Menêzes Ferreira 1   (autor)   
Melissa Guterres Gonçalves 1   (autor)   
Giselle Cristina dos Santos Almeida 1   (autor)   
Ramon Diego Lopes da Siva 1   (autor)   
Leudiana Martins Ferreira 1   (autor)   
Glaylton Régio Martins 1   (autor)   
Alcimar Nunes Pinheiro 1   (orientador)   
1. Depto. de Medicina I, Universidade Federal do Maranhão - UFMA
INTRODUÇÃO:
Existem hoje em torno de um bilhão e 260 milhões de fumantes em todo mundo, sendo que 47 % são homens e 12 % são mulheres. Em nosso país, atualmente existem 36 milhões e 500mil fumantes, significando 32,5% da população acima de 15 anos: 59,6 % são homens e 40,4% são mulheres. Segundo a OMS, o tabaco é fator de risco dede cerca de 56 doenças, onde podemos citar a hipertensão arterial, um importante problema de saúde publica mundial por causa da sua alta prevalência (25% da população geral e 15% a 20% da população brasileira) e sua associação com o maior risco de doenças cardiovasculares, em especial a doença coronariana. O tabagismo é o segundo maior fator de risco para doenças coronarianas. Desse modo, a finalidade dessa pesquisa é detectar a prevalência de tabagismo em um determinado grupo de hipertensos e disponibilizar esses dados para aos profissionais de saúde e para que esses, junto com os hipertensos, possam conhecer e combater os males da associação dessas duas condições e assim evitarem maior morbidade.
METODOLOGIA:
Foi feito um estudo transversal descritivo com 496 pacientes escolhidos aleatoriamente pelo computador entre 1742 prontuários do ambulatório da Liga de Hipertensão. Foram resgatados dados sobre sexo, idade, historia tabágica pregressa e atual e a medição da pressão arterial obtidos da primeira consulta e registrados em questionário próprio. Os pacientes foram divididos em três grupos: tabagistas atuais, ex-tabagistas e não tabagistas. Considerou-se ex-tabagistas aqueles com abstinência de mais de seis meses. Foram excluídas do estudo 20 pacientes que não possuíam dados sobre a história tabágica.A classificação da hipertensão utilizada foi a da IV Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial do ano de 2002. O dado numérico e as variáveis categóricas foram expressas como valores absolutos e proporções (%). As relações entre variáveis categóricas foram calculadas pelo teste de Qui-Quadrado, considerando p < 0,05. O programa utilizado foi o Epiinfo, 2002.
RESULTADOS:
A população amostral total foi de 476 pacientes foram divididas nos grupos de tabagista atuais (55), ex-tabagistas (85) e não tabagistas (336), respectivamente 11,6%, 17,9% e 70,6%. Nos primeiros, a idade variou de 22 a 86, sendo que o predomínio foi de adultos jovens e de homens (52,7%). Por sua vez, os ex-tabagistas tinham a idade variando de 32 a 96 e o predomínio de idosos e das mulheres (51,8%). No grupo de não tabagistas, a idade variou de 18 a 89 anos e os jovens e as mulheres foram os maiores representantes (69,9%). Comparando-se as pressões sistólica, os tabagistas atuais apresentam uma hipertensão grave, os ex-tabagistas, hipertensão moderada e os não tabagistas, apresentam-se normotensos. As mulheres tabagistas apresentaram hipertensão grave e as não tabagistas, hipertensão moderada. Os homens tabagistas também tinham hipertensão grave e os não tabagistas, hipertensão leve.
CONCLUSÕES:
A incidência de tabagismo na população estudada foi similar da literatura utilizada, assim com as incidências de sexo e a média de idades. Porém verificou-se que, em relação ao sexo, o predomínio de homens no grupo tabagistas foi pequeno. Houve uma relação significativa entre o hábito de fumar e o grau de hipertensão. Os tabagistas e ex-tabagistas tinham pressões mais elevadas em comparação aos não tabagistas. O fumo é um fator de risco para hipertensão, e por aumenta a pressão arterial alem de provocar outros efeitos nocivos, também se constituir um fator de risco importante para doenças coronarianas. Por tanto seria importante conscientizar os indivíduos sobre os aspectos nocivos do fumo e reforçar a idéia de que a melhor solução para uma vida longa e saudável realmente não combina com o hábito de fumar.
Palavras-chave:  Tabagismo; Hipertensão; Nicotina.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004