| | G. Ciências Humanas - 5. História - 8. História Regional do Brasil | | | IGREJA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO: VIVA LEMBRANÇA DE UM PASSADO COLONIAL DA CUIABÁ SETECENTISTA, 1730-1791. | | | Kleber Roberto Lopes Corbalan 1 (autor) kleber.corbalan@ig.com.br |
| | 1. Programa de Pós-graduação em História, Depto. de História, UFMT |
| | INTRODUÇÃO:
Trata-se de uma pesquisa que tem como objetivo analisar, historicamente, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Cuiabá. Com base em documentação manuscrita, impressa e iconográfica do período, estamos estudando este edifício colonial, procurando contextualizar a sua história como parte da vida da Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá no setecentos. A Igreja do Rosário é o templo mais antigo ainda em pé em Cuiabá, tendo indícios de sua origem desde a formação da Vila Real. | | METODOLOGIA:
A pesquisa é basicamente documental e bibliográfica. Todavia, como consideramos o edifício como monumento vivo que se ergue na cidade de Cuiabá, buscamos elementos que corroborem com o entendimento do seu conjunto colonial. Para realização da pesquisa trabalhamos com um conjunto de fontes que conjugam documentação escrita – manuscrita e publicada – e iconográfica como: mapas, planos, e vistas da Vila Real no século XVIII. Estes documentos se encontram em acervos de Cuiabá, onde consultamos os manuscritos guardados no Arquivo Público de Mato Grosso (APMT), no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e no Núcleo de Documentação e Informação Histórica e Regional (NDIHR). Quanto à documentação iconográfica tomamos como suporte os mapas, prospectos e vistas publicados por Souza Nunes e Adonias (1985), Reis (2000) e Garcia (2002). | | RESULTADOS:
A partir da análise da documentação escrita, iconográfica e material do período abordado, temos como resultados preliminares que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é um espaço social, colonial, identificado como local de resistência e conformação social. Tais reflexões têm base na interpretação de seus espaços internos que, no período colonial, era separado por gênero e por condição social. Da mesma maneira, entendemos que a Igreja do Rosário e de São Benedito poderia ser caracterizada dentro das manifestações artísticas denominadas barrocas, expressando singularidade e semelhanças em relação aos demais edifícios católicos coloniais do mesmo período. | | CONCLUSÕES:
A leitura, pelo olhar historiográfico, do espírito orientador desta época colonial presente na materialidade deste templo e na documentação, o torna ainda mais importante enquanto patrimônio histórico, religioso, artístico e cultural. A Igreja do Rosário é resultado de um esforço coletivo e individual da população de fiéis, mais especificamente da comunidade negra, que motivada pela fé, registrou a própria história através da arte e da arquitetura dentro das concepções estéticas e religiosas do período que entendemos ser, genericamente, barroca. | | | Instituição de fomento: CAPES | | | | | Palavras-chave: Igreja do Rosário; Barroco; Patrimônio Histórico. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |