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E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
VIABILIDADE DE UNIDADES DE DISPERÃO DE Tectona grandis COM CINCO ANOS DE ARMAZENAMENTO
Sidney Fernando Caldeira 1   (autor)   sidcal@terra.com.br
Sidnéa Aparecida Fiori Caldeira 2   (autor)   
Maria Cristina Ferreira e Albuquerque 3   (autor)   
Daniel Leandro Costa Oliveira 4   (autor)   dlcoflorestal@yahoo.com.br
1. Prof. Departamento. de Engenharia Florestal, UFMT, Cuiabá/MT.
2. Bióloga, Laboratório de Análise de Sementes, FAMEV, UFMT, Cuiabá/MT.
3. Profa. Departamento de Fitotecnia, FAMEV, UFMT, Cuiabá/MT
4. Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal, FENF, UFMT, Cuiabá/MT.
INTRODUÇÃO:
A espécie Tectona grandis L.F., também conhecida como teca, tem sido a mais utilizada nas atividades de reflorestamentos, com a finalidade de reposição florestal para a industria madeireira no estado de Mato Grosso. O alto potencial apresentado por esta espécie no estado, pode ser avaliado pelo aumento da área plantada que, no início da década de 80, era um pouco superior a 370 ha e, atualmente, esta área já superou 30.000 ha, com mais de 5.000 ha plantados em 2003. O aumento da área plantada tem aumentado a procura por unidades de dispersão da espécie, que são seus frutos e, com esta preocupação foram estabelecidas normas para registro de áreas de produção de sementes (APS) e para o credenciamento de produtores e comerciantes de sementes e mudas da espécie, no Estado. Considerando a produção sazonal de sementes das espécies florestais e que o armazenamento pode regular o mercado com a diminuição da oferta, foi realizado este trabalho com o objetivo de determinar a viabilidade de sementes de teca, acondicionas em diferentes embalagens e submetidas a diferentes condições de armazenamento.
METODOLOGIA:
Frutos de lote colhido em APS da empresa Cáceres Florestal SA, MT, foram beneficiados, secos e apresentaram as seguintes características: peso hectolitro 0,225kg/hl ± 0,005; peso de mil frutos 0,656kg ± 0,024; teor de água 9,76% ± 0,17; 1528 ± 56 frutos/kg e emergência média inicial de 58,3% em dezembro de 1998. Os frutos foram acondicionados em lata de 20 litros com tampa, sacos de plástico, de papel, e de ráfia sintética, todos com capacidade para 10 kg, que foram armazenados em ambiente natural de sala (temperatura média 28,0ºC e umidade relativa média (UR) de 61,7%) e em câmara refrigerada (19,1ºC e 67,7% UR), para verificar o efeito destes tratamentos na emergência das unidades de dispersão da espécie. Após 5 anos de armazenamento 200 frutos de cada tratamento, divididos em quatro subamostras, foram lavados em água corrente por 24 horas e submetidos à emergência no campo em canteiro com areia lavada. Aos 29 dias após a semeadura, foi registrada a porcentagem de emergência e os valores foram submetidos à análise de variância fatorial e as médias significativas comparadas pelo teste de Tukey.
RESULTADOS:
Houve diferença altamente significativa para o fator ambiente com emergência média de 39,5% para o ambiente controlado e 0,25% para o ambiente de sala. Constatou-se diferença significativa para o fator embalagem, com a maior emergência, 23,5% utilizando-se o saco de papelão, que diferiu apenas do saco de ráfia, 15,5%. Também houve diferença significativa para a interação dos fatores, sendo que no ambiente controlado a melhor embalagem foi o saco de papelão, 47,0% de emergência, que não diferiu da lata fechada, 45,5%, mas diferiu do saco plástico, 34,5% e do saco de ráfia, 31,0% de emergência.
CONCLUSÕES:
Recomenda-se o acondicionamento de unidades de dispersão de teca em latas com tampa ou sacos de papelão e o seu armazenamento em ambiente controlado para períodos de até 5 anos.
Instituição de fomento: CNPq, Fapemat, Cáceres Florestal SA.
Palavras-chave:  Teca; Armazenamento; Ambiente.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004