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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
ANÁLISE COMPARATIVA DA FORÇA DE REAÇÃO DE SOLO NA MARCHA HUMANA FORA E DENTRO DA ÁGUA EM DOIS NÍVEIS DE IMERSÃO: JOELHO E QUADRIL.
Helio Roesler 1   (orientador)   d2hr@udesc.br
Rômulo Nolasco de Brito 2   (autor)   
Patrícia Vieira de Souza 1   (autor)   patricia@posturall.com.br
Gustavo Ricardo Schütz 1   (autor)   gugaschutz@hotmail.com
Alessandro Haupenthal 1   (autor)   dedsnet@zipmail.com.br
1. Laboratório de Pesquisas em Biomecânica Aquática. CEFID/UDESC
2. Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNOESC
INTRODUÇÃO:
O objetivo deste estudo foi realizar a análise da força vertical de reação do solo dos valores temporais da marcha em ambiente aquático em dois níveis de imersão - quadril e joelho- quando comparada ao ambiente terrestre. É conhecido que quanto maior o nível de imersão, menor é a resultante das forças verticais que agem sobre as estruturas corporais, devido a força resultante ser atenuada pela ação do empuxo. O alívio de carga nas articulações torna a marcha subaquática ideal para a reabilitação, particularmente àqueles pacientes que possuem lesões do aparelho locomotor humano. Portanto, torna-se importante quantificar essa redução de peso corporal, a fim de que se montem protocolos de reabilitação mais precisos e efetivos.
METODOLOGIA:
Participaram do estudo 11 sujeitos (3 mulheres e 8 homens), com média de idade de 17,5 ± 3,51 anos e estatura média de 1,71 ± 0,09 metros. Duas plataformas de força subaquáticas foram colocadas em uma passarela para a aquisição das forças de reação do solo e pesagem dos sujeitos. Foram realizados registros de peso corporal nas três situações propostas pelo estudo nas duas plataformas de força.. A partir destes valores, foram obtidos os valores médios da resultante de força vertical de reação do solo fora da água, nível de imersão do joelho e nível de imersão do quadril. Cada indivíduo caminhou pela passarela contendo as plataformas nas três situações propostas pelo estudo. A partir daí obteve-se os valores de tempo do primeiro e segundo passo (tpp e tsp), tempo de duplo apoio(tda) e da passada (tpas).
RESULTADOS:
Os valores médios da resultante de força de reação do solo foram, respectivamente: 627N, 535N e 277N para fora da água, joelho e quadril. Baseando-se nestes dados, verifica-se que houve uma redução percentual média de 14,62% da magnitude da força vertical quando os sujeitos estavam imersos na altura do joelho e uma redução de 56,34% quando os sujeitos estavam imersos ao nível do quadril Em relação às variáveis temporais, foi observado que os valores de médias, desvios padrão e coeficientes de variação tendem a aumentar conforme se aumenta a profundidade, durante a execução da marcha. Observaram-se os seguintes aumentos percentuais médios:tempo de apoio simples - 40,2% (joelho) e 92,5% (quadril); e tempo de apoio duplo- 36,36% (joelho) e 81,81% (quadril), indicando que o indivíduo possui maior estabilidade na água.
CONCLUSÕES:
A partir deste estudo, pôde-se verificar a forma que as variáveis biomecânicas analisadas se comportam e variam consideravelmente conforme as diferentes profundidades. Uma vez quantificadas, são passíveis de aplicações para a prescrição de tratamento para um indivíduo que deva iniciar o seu processo de recuperação funcional terapêutica e que não possa suportar todo peso corporal, pois com a redução das forças verticais o indivíduo e o terapeuta terão maior precisão e segurança para realizar o treinamento da marcha
Palavras-chave:  Biomecânica; Marcha Humana; Fisioterapia aquática.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004