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G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana
A DESIGUALDADE SOCIAL TEM GERADO O CAOS SOCIAL
DIVANETE CRUZ ROCHA FARIAS 1   (autor)   divanetec2001@yahoo.com.br
JANILSON BARROS DO NASCIMENTO 2   (colaborador)   jbn.nascimento@ig.com.br
RICARDO BEZERRA DE ARRUDA 2   (colaborador)   rarruda@procomp.com.br
MARCELO MACIEL DA CUNHA 2   (colaborador)   
MARIA DO SOCORRO GOUVEIA 2   (colaborador)   
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
INTRODUÇÃO:
Sendo o Brasil um País de uma grande extensão territorial, constatamos em cada região elevados níveis de desigualdades sociais que descreveremos a seguir: Na Região Sudeste encontramos, Riquezas, Favelas, Urbanização, Drogas, Produtividade e Injustiça Social. Milhões de pessoas migram para esta região em busca de uma melhor qualidade de vida, entretanto, para a vasta maioria se transforma em desespero e miséria. A Região Nordeste é conhecida pela seca, fome e miséria, existindo um falso conceito de inferioridade que tem subsistido por muitas gerações. A Região Centro-Oeste tem influencia significativa o nosso País, o Distrito Federal, é sede do poder Político, mas, há injustiças sociais, prostituição, desemprego e miséria, contribuindo para que a vida fique destituída de valor.A Região Norte, é dotada de atrativos incomparáveis, com os Rios, que em suas margens habitam famílias ribeirinhas, no entanto, devido a dificuldade de acesso a esta região, crimes, tráfico, prostituição e a clandestinidade muitas vezes ficam impunes, deixando seus moradores na miséria. As riquezas que deveriam servir para prover as necessidades básicas dos habitantes são contrabandeadas, deixando a região empobrecida. A Região Sul, com as estações bem definidas favorecem a preferências dos imigrantes. O Amor pela terra, a dedicação e o esforço dos imigrantes tornam o Sul em celeiro do país apesar dessas qualidades, a onda separatista, o orgulho e o racismo estão presentes nesta região.
METODOLOGIA:
Foram realizadas várias pesquisas bibliográficas que nos deram subsídios para desenvolver este trabalho, e tomamos como base o texto Paixão da Terra Ensaio Críticos de Ecologia e Geografia de Walter Carlos Porto. 1985, nos dando uma visão geral em que condições sociais o nosso País está inserido.
RESULTADOS:
Devido o fluxo migratório, as diferenças sociais tornam-se presentes em várias regiões do Brasil. As garantias trabalhistas e benefícios sociais são o desejo do trabalhador que abandona as atividades primárias e secundárias, contudo com a falta de escolaridade e qualificação profissional, o trabalhador fica impossibilitado de ter acesso ao mercado de trabalho, recorrendo ao mercado informal, fazendo parte do grupo de desempregados. Constatamos que, a concentração de renda tem gerado um abismo entre ricos e pobres intensificando a violência principalmente nas periferias das grandes cidades. A desigualdade social tem gerado também a discriminação entre mulheres, crianças, velhos e negros. Verificamos que a mendicância tornou-se prática banalizada nos centros urbanos, as crianças são usadas para adquirir renda para suas famílias, criando-se um risco de excluir das pessoas práticas de sobrevivência convencionais, tornando-as sem coragem de trabalhar. Com a evasão escolar as crianças ficam ociosas, ingerindo drogas, prostituindo-se, tornando-se delinqüentes, e futuramente indivíduos marginalizados, formando uma nova classe social, conhecida como segundo Estado. Outro resultado negativo é o não acesso aos níveis básicos de calorias diárias recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), torna as pessoas vulneráveis a patologias já erradicadas, ressurgindo com um grau de destruição ainda maior como exemplo a Cólera, Dengue e a Tuberculose.
CONCLUSÕES:
Com a desigualdade social no País, o caos social torna-se inevitável, porém com vontade política e planejamento, os direitos básicos poderiam ser respeitados, como à saúde, educação, alimentação, habitação, transporte e redução do êxodo rural e das migrações. Para tanto seria necessário priorizar as aptidões intrínsecas dessa população, gerando emprego, por meio da comercialização de produtos em cooperativas, evitando-se a migração para os centros urbanos. Para o setor habitacional, o viável seria desenvolver políticas públicas para solucionar a deficiência na infra-estrutura urbana, investindo em elementos prioritários como: saneamento básico, água tratada, rede esgotos e eletricidade, evitando-se o cerco das favelas. Para o setor Educacional os investimentos devem ser para aumentar número de creches e escolas, pois com o ensino – aprendizagem transforma-se-á a maneira de pensar das pessoas, formulando-se novos conceitos e valores. Uma solução para a alimentação é subsidiar a agricultura familiar de subsistência, comercializado o excedente em Cooperativas. Com relação à Saúde, haveria a implantação do “Programa Saúde da Família”, beneficiando a população. O quadro seria revertido com no sistema educacional, pois o meio viável para melhorar a qualidade de vida. A partir daí, os outros segmentos da sociedade como habitação, saúde, emprego e alimentação iriam se estruturando, fazendo o País crescer economicamente até atingir qualidade de vida aceitável.
Palavras-chave:  CONCENTRAÇÃO DE RENDA; SOCIEDADE; VIOLÊNCIA..

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004