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A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física
ANÁLISE DAS MICROBACIAS DO AFLUENTE DA MARGEM DIREITA DO ARROIO PESSEGUEIRO E DO LAGEADO SEM PEIXE
Valdemar Ferreira dos Passos 1   (autor)   geoplicenciatura@bol.com.br
Luis Carlos dos Santos Goulart 2   (colaborador)   texerageo@bol.com.br
Carlos Gilberto Konrad 3   (colaborador)   cgk@bol.com.br
Dalva Paulus 4   (colaborador)   dalvaufsm@bol.com.br
Eloi Paulus 5   (colaborador)   fbi13@zipmail.com.br
Mauro Kumpfer Werlang 6   (orientador)   mwerlang@base.ufsm.br
1. Departamento de Geociências / Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
2. Departamento de Geociências / Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
3. Departamento de Geociências / Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
4. Departamento de Fitotecnia / Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
5. Departamento de Engenharia Florestal / Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
6. Departamento de Geociências / Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
INTRODUÇÃO:
Este trabalho possui como interesse principal, o estudo de duas microbacias hidrográficas (MBH). Estas áreas de estudo, localizam-se no Município de Campina das Missões na Região Noroeste-RS. A primeira área analisada é drenada por um afluente sem nome, que deságua no Arroio Pessegueiro, com Coordenadas Geográficas 27°54’35” e 27°59’06”de Latitude Sul e, 54°48’01” e 54°50”09” de Longitude Oeste. A segunda área estudada é denominada de Lajeado Sem Peixe, entre as Coordenadas Geográficas 27°53’21” e 27°57’38”de Latitude Sul e 54°50’44” e 54°56’06”de Longitude Oeste. Trata-se de uma análise comparativa entre duas MBH, analisando-se impactos ambientais nas áreas em estudo, levando-se em consideração o uso das técnicas mais adequadas. Optou-se por analisá-las devido ao fato de serem duas unidades de relevância para o município no que tange a preservação das nascentes, de vertentes, da vegetação e do solo.
METODOLOGIA:
A pesquisa constituiu-se no levantamento dos dados, sua localização e execução de um mapa base, para posterior elaboração dos demais mapas como: Hipsométrico, Clinográfico, Hierarquia Fluvial, Orientação de Vertentes, Uso dos Solos, Energia de Relevo, Índice de Forma, Mapa de Perfis, Mapa dos Setores e Mapa do Modelado do Relevo. Na seqüência realizou-se uma revisão bibliográfica em relação aos métodos utilizados para elaboração dos mapas e sua posterior interpretação. As imagens de satélite auxiliaram significativamente a identificação de diferentes formas de ocupações do espaço. Os materiais utilizados foram, imagens de satélite, cartas topográficas, uma mesa digitalizadora de formato A1 D/G/COM, acoplada a um micro-computador Pentium II, para mensuração e quantificação dos dados, com uso de programas de computador como SITER 3.0 e COREL DRAW.
RESULTADOS:
Na análise comparativa dos mapas hipsométricos, as microbacias possuem características semelhantes tanto na sua composição estrutural quanto na sua geomorfologia. O mapa de energia de relevo mais representativo foi o de nível de base local. Os mapas com orientações das vertentes são um instrumento de fundamental importância para nosso estudo detalhado da topografia, pois quando se tem a representação das faces das vertentes pode-se inferir no processo de exposição solar das mesmas. Os mapas de declividades deram uma noção básica das condições de declives da região. Das duas técnicas utilizadas podemos verificar que a mais indicada foi o mapa elaborado com o ábaco, segundo MARTINELLI (1991). Os mapas de uso e ocupação do solo possuíram vital importância, tanto no planejamento ambiental, como no manejo de bacias hidrográficas. Percebe-se que há o predomínio de 47,03% da área em lavouras, na primeira MBH, sendo que na segunda predomina 57% de campos sujos. Na metodologia dos mapas de modelados obteve-se como base à ordenação dos fatos geomorfológicos, considerando a dissecação do relevo. Analisou-se que na primeira área a dissecação predominante foi considerada fraca, enquanto que na segunda, ocorreu uma dissecação muito fraca. No mapa de índice de forma considera-se que, quanto menor for o índice, mais próximo à figura respectiva estará no formato da bacia, portanto, ambas apresentaram o formato de triângulo.
CONCLUSÕES:
Como considerações finais sintetizou-se os resultados obtidos e avaliou-se os métodos e as técnicas empregadas. A MBH Afluente da Margem Direita da Microbacia do Arroio Pessegueiro encontra-se em uma área plana com baixas cotas de declividade possuindo uma densa rede de drenagem e uma cobertura florestal bastante significativa. O uso do solo apresenta-se por áreas de lavouras (47,03%) e em menor percentual pela atividade pecuária. As atividades de agricultura e de pecuária próximas a nascentes e áreas íngremes podem resultar em degradação à paisagem natural. A MBH do Lajeado Sem Peixe encontra-se, parte em áreas planas e também em áreas de declividades mais acentuadas, mesmo assim, é própria para práticas agrícolas. Devido ao predomínio da pequena propriedade, o cultivo de lavouras de subsistência é mais intensa, em relação à atividade pecuarista. A preservação das áreas naturais é de fundamental importância para o meio, possível através de planejamento, com técnicas e manejos mais adequadas, levando-se em consideração os aspectos e características físicas da área. Verificou-se que ambos os mapas tem sua importante contribuição, destacando-se, porém, o mapa de ocupação do solo, que embora estando na mesma região, possui usos diferenciados.
Palavras-chave:  Microbacias Hidrográficas; Uso da Terra; análise comparativa.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004