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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
NÍVEIS DE SENSIBILIDADE PLANTAR DE ATLETAS DAS MODALIDADES DE FUTEBOL DE SALÃO E VOLEIBOL FEMININOS.
ALINE FAQUIN 2   (autor)   ALINEFAQUIN@HOTMAIL.COM
JAQUELINE NAVA CITTADIN 1   (autor)   JACK_CITTA@YAHOO.COM.BR
ROBERTA PIRES 1   (autor)   ROBERTA.ZIMBAMAR@UOL.COM.BR
JANSEN ATIER ESTRÁZULAS 2   (autor)   JANSENEF@POP.COM.BR
SEBASTIÃO IBERES LOPES MELO 1, 2   (orientador)   D2SILM@UDESC.BR
1. CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DESPORTOS, UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARIAN - UDES
2. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO - SUB ÁREA BIOMECÂNICA, UDESC
INTRODUÇÃO:
Alguns estudos têm apresentado a importância da sensibilidade plantar em atividades de controle motor, como na marcha ou em condições que exijam equilíbrio. Sabendo que o corpo adapta-se aos estímulos externos do meio e tendo que os atletas devido ao treinamento específico encontram-se em condições diferenciadas de pessoas não atletas acredita-se que os mesmos possam modificar parâmetros de controle neuromotor como as respostas sensoriais. Frente a estas colocações e uma vez que atletas de voleibol e futsal se deparam constantemente com situações de equilíbrio e desequilíbrio, além de passarem um longo tempo entre treinamentos e competições utilizando calçado, é justificável investigar a sensibilidade plantar destes atletas, acreditando-se que estabelecer estes níveis se torna relevante para compreender se os estímulos específicos do esporte podem influenciar a sensibilidade da região plantar ou induzir modificações nas respostas sensoriais. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os níveis de sensibilidade plantar de regiões distintas do pé de atletas destas modalidades.
METODOLOGIA:
Participaram deste estudo descritivo exploratório 27 atletas do sexo feminino sendo 10 atletas de futebol de salão, média de idade 15 anos e 17 atletas de voleibol, média de idade 17 anos. Como instrumento de medida utilizou-se um conjunto de 20 monofilamentos North Coast®, constando de fios de nylon com diferentes diâmetros permitindo graduar a pressão exercida sobre a superfície da pele. No procedimento de coleta foram seguidas as etapas: a) orientação ao sujeito quanto ao estímulo aplicado na superfície plantar do pé e posicionamento em decúbito ventral com os olhos vendados; b) aplicação do filamento intermediário (4.17) sobre a região avaliada durante 1,5 s com intervalo de 1,5 s entre os testes, repetindo a aplicação 10 vezes com 2 falso positivas; c) seguindo a metodologia do algoritmo modificado 4, 2, 1 se o sujeito respondesse afirmativamente para 7 das cinco tentativas, então descia-se 4 níveis dos filamentos, em seguida mais dois e mais um. Caso a resposta fosse negativa para 7 tentativas, subia-se o nível. Este procedimento foi repetido para cinco regiões do pé (calcâneo, médio pé, primeiro e quinto metatarsos e hálux). O nível de sensibilidade foi determinado no último filamento sentido pelo sujeito, sendo estes classificados em 4 grupos de nível de sensibilidade: Nível 1 (normal), Nível 2 (diminuição leve), Nível 3 (diminuição moderada), Nível 4 (alteração). Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva.
RESULTADOS:
A moda encontrada nas atletas de futebol de salão foi 4.08 no calcâneo, quinto metatarso e 3.22 regiões de médio pé, primeiro metatarso e hálux. Nas atletas de voleibol a moda foi 4.31 calcâneo; 3.61 quinto, primeiro metatarso e hálux e 3.22 médio pé. Os resultados de calcâneo em ambos os grupos e quinto metatarso para atletas de futebol indicam, conforme a literatura diminuição da sensibilidade superficial. Em relação à distribuição de freqüência os resultados foram para região do calcâneo, das 10 atletas de futebol avaliadas 8 encontravam-se no nível 2, uma no nível 3 e uma no nível 1. Estes valores foram próximos aos encontrados para as atletas de voleibol onde das 17 avaliadas, 10 encontravam-se com diminuição leve (nível 2), 6 normais e 1 no nível 3. Para região do médio pé todas as atletas foram classificadas com nível de sensibilidade normal e apenas uma das atletas de futebol teve o nível de sensibilidade com diminuição leve. No primeiro metatarso, 11 atletas de voleibol obtiveram nível normal e 6 diminuição leve. Para o futebol 6 atletas estavam no nível normal e 4 com diminuição leve. Os níveis para o quinto metatarso foram normais para 12 atletas de voleibol e 4 de futebol, diminuição leve em 5 atletas para ambos os grupos, 1 nível de diminuição médio para o futebol. Na região do hálux 15 atletas de voleibol estavam com sensibilidade normal e 2 com diminuição leve e para as atletas de futebol 6 tiveram nível normal e 4 diminuição leve da sensibilidade.
CONCLUSÕES:
Frente aos resultados alcançados conclui-se que a sensibilidade plantar dos atletas de voleibol apresenta níveis diferenciados em relação aos atletas de futebol principalmente na região de metatarso e hálux, sendo maior a sensibilidade nas atletas de futebol. Na região do médio pé os níveis de sensibilidade foram equivalentes. Devido a seu caráter exploratório admite-se que diferentes modalidades com estímulos diferenciados de treinamento podem levar a modificações nos níveis de sensibilidade plantar dos atletas. Da mesma forma, os níveis de sensibilidade inferiores aos encontrados na literatura podem estar relacionados ao uso constante de calçados durante o treinamento e a prática da modalidade.
Instituição de fomento: CAPES/CNP-q
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  sensibilidade plantar; atletas; adaptação.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004