| | A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química | | | UTILIZAÇÃO DAS FLORES ONZE HORAS (Portulaca) COMO INDICADOR ÁCIDO-BASE NA EDUCAÇÃO | | | Edemar Benedetti Filho 1 (autor) edemar@uems.br | | Silvania Rizzi Brasil 1 (autor) rizzisb@yahoo.com.br | | Diane Cristina Araújo Domingos 1 (autor) dianeuems@yahoo.com.br | | Luzia Pires dos Santos Benedetti 1 (autor) luziauems@yahoo.com.br |
| | 1. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS |
| | INTRODUÇÃO:
Diante da literatura, contamos com diversos exemplos de utilização de flores e frutos como corantes e que servem como fonte enriquecedora de conhecimento na aplicação de diferentes aspectos da Química no ensino. As mudanças de coloração destes vegetais foram atribuídas à presença de antocianonas, os quais são pigmentos da classe dos flavonóides, os responsáveis pela coloração azul, vermelha e roxa dos tecidos vegetais específicos. Estas substâncias apresentam-se freqüentemente associadas a açúcares, ligados aos grupos OH2. Com estas observações sugerimos que este material pode ser aplicado ao conhecimento de indicadores ácido-base, para algumas espécies de flores que são comuns no Brasil e utilizar esta ferramenta de simples obtenção para acelerar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas de nível médio ou para cursos de química gerais e análises quantitativas. Podemos utilizar este procedimento com corantes em cursos de química no âmbito do ensino médio, nos quais se aprenda apresentar os fundamentos do equilíbrio químico em solução, os conceitos de ácido e base e princípios de análise quantitativa. Introduzindo este conhecimento prévio á respeito da Química, foi possível fixar pré-conceitos nos alunos, ou seja, a positividade deste método no aperfeiçoamento intelectual de cada um. Este projeto têm como objetivo a obtenção de extrato que possua capacidade como indicador ácido-base utilizando espécie proveniente da região sul do estado de Mato Grosso do Sul. | | METODOLOGIA:
A espécie utilizada foi a Portulaca (conhecida popularmente como onze horas), a qual foi colhida, armazenada em saco plástico e mantida no congelador doméstico. Coletou-se o extrato de “Onze Horas” a partir de cerca de 200g de pétalas de flores recém colhidas, maceradas e emersas em 50 ml de etanol comercial, durante um período de 1 dia, à temperatura ambiente. Depois se adicionou o extrato em frascos conta gotas. Para avaliar a adequação dos extratos como indicadores de pH, foram utilizadas soluções tampões, aos quais adicionou-se 1ml dos extratos brutos. A observação da coloração resultante era feita 30 segundos após a adição dos extratos. Foi feita a determinação do pH de alguns produtos de uso doméstico, utilizando os indicadores desenvolvidos em solução. | | RESULTADOS:
Desde 2002, vem se desenvolvendo no grupo de pesquisa em Educação em Química, um estudo sobre o papel da experimentação e o impacto da contextualização dos experimentos no ensino de Química em escolas do ensino médio e alunos da própria Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. O extrato da flor de “Onze Horas” (Portulaca) foi testado em soluções tampão com pH 1-14, isto serviu para construir uma escala de pH, que foi utilizada para verificação da acidez ou basicidade de substâncias de uso doméstico, como leite, vinagre, bicarbonato de sódio dentre outros. Observou-se a nítida mudança na coloração em pH próximo a 8,5, sendo interessante na utilização em titulações colorimétricas. Houve muito entusiasmo por parte dos estudantes com a possibilidade de poder preparar indicadores de pH com vegetais utilizados e consumidos no cotidiano. Os resultados apresentaram maior participação dos alunos e interesse na parte experimental verificando também correlações entre a vida cotidiana e experimentações de Química. | | CONCLUSÕES:
Observou-se a relevância das atividades experimentais no processo ensino-aprendizagem como fator fundamental da importância da infra-estrutura necessária para uma melhor adequação da metodologia de ensino. A contextualização deste experimento facilitou a interação aluno-professor bem como a aplicação de conceitos químicos tais como a utilização dos conceitos de média, a verificação do teor de acidez e/ou basicidade entre outros. É importante salientar o estudo ecológico e ambiental nas potencialidades das espécies vegetais presentes na região. | | | | | | | Palavras-chave: Indicador natural; Contextualização; Titulação ácido-base. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |