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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
EXPERIMENTAÇÃO: UMA SITUAÇÃO DE ESTUDO COMO FORMA ALTERNATIVA PARA O ENSINO DAS CIÊNCIAS
João Rufino de Freitas Filho 1, 2   (orientador)   joaoveronice@yahoo.com.br
Afonso Feitosa Reis Filho 1   (autor)   
Maria do Socorro Lopes Pina 1   (autor)   
Avany Martins de Arruda 1   (autor)   
Minancy Gomes de Oliveira 1   (autor)   
Marcus Venicius Juliano de Souza 1   (autor)   
Valter Assis Dantas 1   (autor)   
1. Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano- CEEGP
2. Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul-FAMASUL
INTRODUÇÃO:
O trabalho experimental nas aulas de Ciências tem longa história. Em 1882 o Departamento Educacional da Inglaterra declarou que a formação científica em ciências deveria ser ministrada principalmente através de experimentos. Em artigo publicado na revista School Science Review, Roger Lock registrou as transformações nas ênfases e interpretação relacionada ao trabalho experimental nos últimos 125 anos.Um dos agravantes para introdução do trabalho prático de ciências nas escolas públicas é o custo de materiais, instrumentos e também pelo fato de muito professores usarem de forma desarticula, sem contribuir para uma aprendizagem significativa. Logo, o presente trabalho tem como objetivo viabilizar o processo de construção de conceitos científicos através de aulas experimentais de ciências (Biologia, Física e Química), buscando superar o modelo transmissão-recepção de conhecimentos poucos significativos, possibilitando o envolvimento ativo dos alunos e promovendo uma articulação entre os diferentes componentes curriculares (Biologia, Física e Química). Os experimentos foram desenvolvidos numa perspectiva interdisciplinar e de acordo com a situação problema: Qual a água ideal para consumo urbano? Será que podemos citar como exemplo a água do rio Capibaribe?
METODOLOGIA:
O trabalho está sendo vivenciado e desenvolvido no Centro Experimental Ginásio Pernambucano- CEEGP, situado na Rua da Aurora, Boa Vista, em Recife-PE, no turno da manhã, com oito (8) turmas de alunos da 1a série do Ensino Médio, envolvendo os componentes curriculares (Biologia, Química, Física). Para sistematização dos trabalhos foram realizados: a)elaboração de entrevista semi-estruturada, b) encontros de estudo e planejamento coletivo das atividades experimentais; c) elaboração de um plano de trabalho; d) coleta e organização de materiais, e) montagem de experimentos e aparelhagens alternativas. Na montamos uma aparelhagem alternativa usando garrafa pet, bule de fazer café, mangueiras, lata de leite, ferro elétrico dentre outros.
RESULTADOS:
Freqüentemente as razões alegadas por professores e alunos para o não desenvolvimento de aulas experimentais são a falta de laboratório, equipamento e reagentes. Isto ficou evidente de acordo com as respostas obtidas da pergunta: É necessário um laboratório totalmente equipado para se realizar uma aula prática (experimental)? 75% dos professores acham que sim e 85% dos alunos responderam sim. Em nosso trabalho de pesquisa mostramos que e possível trabalhar a experimentação utilizando material alternativo de baixo custo e fácil aquisição. Os experimentos foram desenvolvidos de forma interdisciplinar trabalhando conceitos tais como: de propriedades dos materiais, processo de purificação, ecossistema, densidade e vazão.Após o termino de cada experimentos os alunos elaboraram relatórios, e estes foram utilizados para a avaliação da aprendizagem. Através de uma boa integração dos professores área de Ciências da Natureza conseguiu-se estabelecer algumas relações entre os conhecimentos das disciplinas (Física, Química e Biologia), bem como melhorar a produção escrita dos alunos. Nos experimentos determinou-se a velocidade de efusão de diferentes tipos de água (muito poluída, parcialmente poluída, potável, etc), o processo de destilação. Nesta etapa de trabalho trabalhamos conceitos como condensação, evaporação, ebulição, ponto de ebulição, misturas e separação etc.
CONCLUSÕES:
Durante o trabalho experimental foram construídos alguns conceitos de biologia, química e física, como transformação, densidade, vazão, velocidade, evaporação, ebulição, ambiente, fatores bióticos e abióticos, misturas e processos de separação, substâncias entre outros. Por outro lado, esta forma de situação de estudo permite avanços significativos, uma vez que existiu a troca de experiências professor-professor, professor-aluno, aluno-aluno. No trabalho foi usado material de baixo custo e do cotidiano do aluno.
Palavras-chave:  Situação de Estudo; Conceitos; Experimentação.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004