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G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 1. Ética
PESQUISA COM EMBRIÕES HUMANOS NUMA PERSPECTIVA CRISTÃ
Ronaldo Campos Diogo 2 e Mario Atonio Sanches 1
1 - Nucleo de Etica em Pesquisa, Pontificia Universidade Catolica do Paraná 2 - Pontificia Universidade Católica do Paraná, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUC-PR
PESQUISA COM EMBRIÕES HUMANOS NUMA PERSPECTIVA CRISTÃ Mario Antonio Sanches – Orientador Ronaldo Campos Diogo – Bolsista PIBIC - CNPq Bacharelado em Teologia – CTCH Introdução: A questão do status do embrião tem provocado um amplo debate ético e tem suscitado os mais calorosos pronunciamentos por parte da Igreja. Desde o final dos anos 70, cientistas têm reproduzido o ser humano de maneira não convencional. Por mais que essas técnicas tenham a tendência de se aperfeiçoarem, continuam sendo descartados inúmeros embriões humanos. A questão é: ao se descartar um embrião humano está-se ferindo a dignidade de um ser humano? Muitos bioeticistas têm se preocupado com esta questão e vêm tentando dialogar com cientistas e religiosos em busca de uma resposta que leve ao respeito pleno da dignidade humana. A questão da dignidade do embrião já estava sendo debatida no âmbito das tecnologias de reprodução assistida, mas foi a pesquisa com células-tronco, dos últimos cinco anos, que recolocou a temática com especial urgência e ênfase. Objetivo: apresentar a evolução da visão da Igreja Católica, em relação à pesquisa em embriões humanos, desde o Concílio Vaticano II, no ano de 1964, até os debates mais atuais sobre o assunto. Método: A pesquisa foi realizada a partir de livros, periódicos, documentos oficiais, documentários produzidos pela imprensa. Numa segunda etapa foi feito um levantamento e análise histórica do tema nos documentos das outras Igrejas Cristãs. Na terceira etapa foi feito o levantamento e análise do tema nas publicações na área da bioética mais recente. Resultados: Os documentos da Igreja insistem na defesa da dignidade do embrião humano desde o momento da fecundação. Alguns setores da bioética insistem que o embrião é um ser humano, mas não uma pessoa humana, e como só reconhecem a plena dignidade humana nas pessoas, relegam os embriões a um segundo plano. Algumas citações dos documentos da Igreja parece abrir uma brecha para esta dualidade, quando insistem que o embrião precisa ser tratado como uma pessoa. Conclusão: Quando a Igreja insiste em tratar o embrião como pessoa ela se torna confusa e pouco eficaz para a defesa da dignidade do embrião. Seria mais relevante abandonar o conceito de pessoa e insistir na dignidade do embrião como pertencente à espécie humana, fato inegável a partir do conhecimento científico.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  embriões humanos; perspectiva cristã

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005